Ministério de Cura Interior e Libertação
“FAREI DOS MEUS SERVOS CHAMAS DE FOGO”
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- Jesus veio ao mundo para nos salvar de tudo, para nos curar de toda e qualquer enfermidade: "O Espírito de Deus está sobre mim porque ungiu para anunciar a boa nova aos pobres. Enviou-me para proclamar aos cativos a libertação e aos cegos a recuperação da vista, para restituir aos oprimidos a liberdade, e proclamar o ano da graça do Senhor" (Lc 4,17c-19).
Como discípulos de Jesus, devemos cultivar em nós algumas atitudes básicas, para o exercício do ministério de cura: 1- Experiência pessoal de Deus; 2- Acolhimento; 3- Abertura aos carismas; 4 - Vivência Carismática; 5- Comunhão com a Palavra de Deus e com a doutrina da Igreja; 6- Postura de fé e de autoridade em Jesus Cristo; 7- Vida de louvor; 8- Fidelidade a Deus e a seu povo; 9- Autêntica e verdadeira devoção a Nossa Senhora; 10- Iniciativa, dedicação, doação e despojamento; 11- Vida comunitária e grupo de oração; 12- Escuta e sigilo; 13- Ser amadurecido na fé.
Carismas no Ministério de Cura
"A grande graça que Deus concedeu à sua Igreja neste fim do segundo milênio foi a abundância do dom do Espírito Santo. A atualidade da presença operante do Espírito santo se manifesta no vigor exuberante da Renovação Carismática...É realmente uma autêntica renovação pessoal e social. O Novo Catecismo da Igreja Católica recorda várias vezes a redescoberta dos carismas e a renovação do Pentecostes na Igreja de hoje:
‘ O Espírito Santo é o Princípio de toda ação vital verdadeiramente salutar em cada uma das diversas partes do Corpo. Ele opera de múltiplas maneiras a edificação do Corpo inteiro na caridade: pela Palavra de Deus(...) pelas virtudes que fazem agir segundo o bem, enfim pelas múltiplas graças especiais (chamadas carismas), através das quais torna os fiéis aptos e prontos a tomarem sobre si os vários trabalhos e ofícios, que contribuem para a renovação e maior incremento da Igreja’ (Novo Catecismo, parágrafo 798).
‘ Eles são uma maravilhosa riqueza da graça para a vitalidade apostólica e para a santidade de todo o Corpo de Cristo...(NC, parágrafo 800).
"Os carismas, além de serem dons que o Espírito Santo nos concede para nos associar à sua obra, para nos tornar capazes de colaborar com a salvação dos outros e com o crescimento do Corpo de Cristo, a Igreja, manifestam também a força da graça do Cristo ressuscitado " (NC, parágrafo 2003 e 1508).
Os carismas são diversos. São Paulo faz uma lista de vários. Porém, não significa dizer que todos os carismas possíveis já teriam sido enumerados no Novo Testamento e que o Espírito Santo deveria limitar-se hoje a distribuir os dons que já teriam sido concedidos nos tempos apostólicos. Ora, o Espírito que é a vida da igreja, cada dia, procede do Pai e do /filho para dar novos dons que permitam fazer face, em cada época, às novas necessidades da Igreja, com a liberdade soberana da qual ela dispõe." (D. João Evangelista Martins Terra, SJ - " Os Carismas em São Paulo" - Ed. Loyola - pg 12).
- O ministro de cura, necessita dos carismas para exercer sua missão. Eles são como que as ferramentas através das quais, Deus realiza sua obra salvífica no meio do seu povo. Os carismas manifestam a presença de Jesus ressuscitado entre nós, salvando, curando e libertando os homens (Lc 4,18 ss).
" O carisma, é portanto, uma ação manifesta da pessoa do Espírito Santo. É uma operação do Espírito...Não é uma coisa, que quando dada, torna-se ‘propriedade privada’ de quem o recebe, e da qual ele pode fazer uso como queira, quando queira, sem mais qualquer vínculo ou relação com o Doador. A manifestação da presença e da força do carisma depende, sempre, da manifestação imediata do próprio Espírito", que age como quer e quando quer.
(Pe. Alírio Pedrini SCJ - "Carismas para o nosso tempo".
Sabemos, porem, que Deus quer se manifestar ao seu povo, pois é Ele que procura o homem para salva-lo. O próprio Jesus nos diz no evangelho que o Pai dará o Espírito Santo aos que lho pedirem.
É necessário e essencial pedir ao Senhor a força e o poder do Espírito Santo para exercermos o nosso ministério na Igreja, seja ele qual for. Deus quer dar seus dons aos seus filhos, mas precisamos pedir incessantemente, como nos ordenou Jesus: "pedí e dar-se-vos-á".
"Seja feito segundo a tua fé", nos disse Jesus. Por isso, é fundamental cultivarmos essa postura de fé incondicional, na certeza e confiança de que Deus responde aos que lhe invocam e realiza neles e através deles os seus desígnios de amor.
" Os carismas não são um sinal de santidade daquele que os recebeu. Seria um erro formar uma convicção de que aquele que é portador de carisma é santo e tenha recebido os carismas por recompensa por sua santidade pessoal. Outro erro é imaginar que só pessoas mais adiantadas na vida espiritual possam receber ou recebem de fato os carismas. Sendo capacitações sobrenaturais para o serviço apostólico, o Espírito dá-los , efetivamente, também a fiéis que , embora imperfeitos, carregando a cruz da fraqueza, da miséria humana, de defeitos e pecados, se dispõem a servir com boa vontade aos irmãos, na comunidade.
Esta tem sido, aliás, a comprovação prática nos grupos de renovação carismática." (Pe. Alírio Pedrini - "Carismas para o nosso tempo" - pg.22).
Por isso, é fundamental, termos em mente, o que nos diz S. Paulo, sobre a excelência da caridade, em função da qual todos os outros carismas ganham sentido e, sem ela, poderíamos dizer, são vazios e se acabarão. Assim, quanto mais abrirmos o nosso coração à caridade fraterna e buscarmos concretiza-la no serviço ao outro, tanto mais o Espírito Santo nos usará com os seus dons para a construção do Reino.
É muito importante que os ministros de cura tenham um conhecimento básico sobre os carismas e o exercício dos mesmos no seu ministério, pois o conhecimento abre fronteiras e, com certeza, nos tornará mais dóceis à ação do Espírito Santo. Para isso, sugerimos a leitura e o estudo de livros que tratem mais especificamente deste assunto, como os citados na bibliografia desta apostila.
Enfim, transcrevemos as palavras do santo padre o Papa Paulo VI, que nos anima a buscarmos a "força" e o "poder do alto" para o nosso apostolado:
"A Igreja tem necessidade de um perene Pentecostes; necessita do fogo no coração, da palavra nos lábios, de profecia no olhar. A Igreja necessita ser templo do Espírito Santo, isto é, de total limpeza e de vida interior; necessita voltar a sentir dentro de si, em nosso mundo vazio, de homens modernos, totalmente extrovertidos pelo encantamento de vida exterior, sedutora, fascinante, que corrompe com lisonjas de falsa felicidade, necessita voltar a sentir, repetimos, como que elevar-se do profundo de sua personalidade íntima um pranto, uma poesia, uma prece, um hino, isto é, a voz orante do Espírito que, como ensina S. Paulo, ocupa o nosso lugar e ora em nós e por nós com ‘gemidos inenarráveis’ e interpreta as palavras que nós sozinhos não saberíamos dirigir a Deus.
Homens de hoje, jovens, almas consagradas, irmãos no sacerdócio! Vós nos escutais!? A Igreja tem necessidade disto. Tem necessidade do Espírito Santo. Do Espírito Santo em nós, em cada um de nós, em todos nós juntos, em nós Igreja. (RCC - "Carismas" - Ed. Santuário - pg.87).
fonte: Comunidade Shalom
A Oração de Cura Interior
Vamos falar de uma das áreas mais sensíveis da cura interior. Primeiro, tomemos um belo exemplo da cura interior em Atos 26,11. Esse texto se refere a um terrorista religioso, um homem terrível. Matava as pessoas em nome da religião, era cruel com as mulheres. Ouçamos o que esse homem disse: "Percorrendo todas as sinagogas, eu multiplicava as minhas maldades contra eles para os forçar a blasfemar e, no auge do meu furor, eu os perseguia até mesmo nas cidades estrangeiras". Esse homem era terrível, mas depois ele disse: "A graça de Deus em mim não foi em vão".
Os anos se passaram, a graça de Deus trabalhou nele a ponto desse terrorista religioso tornar-se um dos homens mais capazes de amar. Ele escreveu o poema mais belo sobre o amor (1Cor 13,1-13). Lembrem que quem está falando é um terrorista que foi curado pela graça de Deus e recebeu profunda cura interior: "O amor tem paciência, o amor é serviçal, não é ciumento, não se pavoneia, não se incha de orgulho, nada faz de inconveniente, não procura o próprio interesse, não se irrita, não guarda rancor, não se regozija com a injustiça, mas encontra sua alegria na verdade. O amor tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta" (1Cor 13,4-7). Então, você pode ver que a graça de Deus não trabalhou em vão. Nós, na Teologia, dizemos: "A conversão dos piores os torna os melhores", porque eles têm uma força de vontade muito forte, tanto para o bem quanto para o mal. E é por isso que precisamos trabalhar e rezar pelas pessoas que pensamos que jamais se converterão. Porque, em geral, quanto mais pecadores eles são, mais santos serão quando se converterem.
Então, a área mais sensível da cura interior é no ventre da mãe. Nos Estados Unidos, muito trabalho científico no campo da Psicologia está sendo feito para descobrir o quanto a criança ainda no ventre recebe da mãe. Eles descobriram, por exemplo, que, ainda no ventre, a criança pode reconhecer as vozes da mãe e do pai. E, se a mãe rezar pela criança no seu ventre e impuser a mão sobre ele, a criança vai fazer um movimento em direção às mãos da mãe, porque pode sentir o amor e a energia que vêm daquelas mãos.
- Eles aprenderam que a criança recebe da mãe não apenas o alimento que a mantém viva, mas também as emoções pelas quais a mãe passa, especialmente no momento da descoberta da gravidez. A criança percebe a alegria da mãe ao descobrir que está grávida, ou a raiva e o ressentimento. Os psicólogos têm chamado isso de "a ferida da mãe". E a maioria afirma que muitos de nós precisamos de cura profunda da negatividade que sentimos no ventre de nossa mãe: conflitos entre a mãe e o pai, conflitos com parentes, problemas financeiros, medo, se por acaso ela perdeu outras crianças... Psicólogos têm descoberto que a criança já nasce cheia de emoções.
E uma das primeiras coisas que queremos dizer é que, se como mãe, você não quis ficar grávida e sentiu emoções negativas com relação à criança no seu ventre, uma das melhores coisas que você deve fazer é chamar a criança e dizer a ela a verdade, dizer que você não a queria e pedir que perdoe você. Isso, é o principal. Em 100% dos casos a criança vai perdoar e muito do bloqueio entre a mãe e o filho indesejado vai ser curado com esse perdão. Porque a criança pode sentir os sentimentos da mãe, e isso é lógico, pois se a criança recebe tudo físico da mãe, por que não receberia também o lado psicológico e até mesmo o lado espiritual? Muitos dos santos canonizados tinham pais e mães santos. Receberam o amor do Senhor através dos pais. Santa Teresa de Lisieux tem uma mãe santa e um pai santo. Ela recebeu essa herança espiritual de santidade dos seus pais.
Uma psicóloga disse que ficou grávida enquanto estudava para o doutorado e ficou com raiva por estar grávida e, anos mais tarde, quando sua filha já era adolescente, ela chamou-a e disse-lhe a verdade e pediu que a perdoasse, e a filha disse para ela: "Eu sempre senti que era uma carga para você" e foi exatamente isso que a mãe sentiu. E a filha dela tinha uma vida de adolescente muito má, colocando para fora a raiva que sentia da mãe. Então, para aquelas que não queriam engravidar, digam a seu filho e peçam perdão para que haja um novo relacionamento entre vocês.
O que vamos fazer agora é voltar à nossa própria concepção e imaginar-nos no seio da mãe, mas cheios da luz do Espírito Santo. Algumas pessoas preferem imaginar-se no seio da Virgem Maria, crescendo com Jesus, pedindo a Maria que dê a você o mesmo amor que deu a Jesus. Então, você pode escolher. E vamos caminhar pelas 40 semanas no ventre da mãe, pedindo a Deus que cure a negatividade que recebemos. Nos meus retiros de Sacerdotes, a maioria aprecia muito essa meditação e quando fazem a avaliação, eles sempre citam essa parte como uma das melhores do retiro. Se alguém começar a chorar, não se perturbe, a pessoa apenas chegou a um momento difícil da sua gestação e está lidando com aquele momento. E, creia, nessa oração, todos nós recebemos cura, quer sintamos ou não. Você não tem como ficar numa sala com ar condicionado e não sentir o seu frio; não tem como estar num quarto aquecido e não ficar quente. Da mesma maneira, você não tem como estar num ambiente em que o Espírito Santo está agindo sem ser por Ele atingido. Então, cada um de nós vai receber uma graça. Mesmo se você dormir o Espírito Santo vai estar agindo no seu subconsciente.
Então, por favor, feche os olhos. Imagine-se no ventre de sua mãe ou no ventre da Virgem Maria, cheio do Espírito Santo e simplesmente relaxe, respire fundo, inspire o Espírito Santo e espire o medo. Inspire o Espírito Santo e espire a culpa. Inspire o Espírito Santo e espire a ansiedade. Inspire o Espírito Santo e espire a confusão.
"Senhor Jesus, nós selamos este ambiente com o teu precioso sangue, selamos cada pessoa aqui com o Espírito Santo e reduzimos toda atividade maligna espiritual ao silêncio, em nome de Jesus.
Senhor, nós voltamos ao momento da concepção e, se houve alguma coisa negativa na nossa mãe ou no nosso pai, nesse momento, como bebida, violência, ódio, ressentimento... nós te pedimos que purifiques e limpes o nosso espírito pelo poder do Espírito Santo. Nós te agradecemos, Senhor, porque tu estás lá no momento da nossa concepção, permitindo que sejamos penetrados pelo Espírito Santo. E, Senhor Jesus, à medida que caminhamos pelas 40 semanas que passamos no ventre da nossa mãe, faz com que o Espírito Santo nos cure. Na primeira semana no ventre da nossa mãe, Senhor, se houve alguma culpa na nossa mãe que foi comunicada a nós, cura-nos, Senhor. E agora na segunda semana Senhor, cura toda dor e toda ferida, especialmente o medo; cura-nos Senhor, pelo poder do Espírito Santo. E passamos à terceira semana, à medida que crescemos, Senhor, e talvez tenhamos absorvido raiva e ressentimentos da nossa mãe, toca-nos hoje, Senhor, liberta-nos. Nós caminhamos, Senhor para a quarta semana no ventre. Talvez nossa mãe estivesse só e alienada e nós captamos esse sentimento dela e isso ainda nos prende, cura-nos hoje, Senhor.
Senhor, caminho agora para a quinta semana; talvez por essa época minha mãe saiba ou suspeite que está grávida. E se houve grande negatividade, grande ansiedade, e nós absorvemos isso dela, cura-nos. Senhor, leva-nos até a sexta semana. Talvez nossa mãe tenha ficado frustrada ou qualquer negatividade que possa ter acontecido, Senhor, cura-nos. Podemos ver o Espírito Santo enchendo o ventre da nossa mãe ou o ventre de Nossa Senhora. Senhor, faz com que teu Espírito toque todo ódio que nossa mãe possa ter sentido. Qualquer coisa que tenhamos absorvido dela, cura hoje. Nós te agradecemos, Senhor, quando caminhamos para a oitava semana. Talvez agora ela já saiba que está grávida e, por alguma razão, encheu-se de raiva de si mesma e nós absorvemos essa experiência no seu ventre. Senhor, nós sabemos que você pode e vai curar isso hoje.
Agora vamos para a nona semana. Talvez minha mãe tenha se sentido rejeitada pelo Senhor, desamada pelo seu Pai do céu. Só tu, Senhor, és o Salvador, só tu podes nos salvar, só tu podes nos curar. Liberta-nos, enche-nos com teu Espírito Santo. E nós te agradecemos, Senhor, quando tu nos levas agora para a décima semana. Talvez nossa mãe tenha sentido falta de amor da parte do nosso pai ou de sua família ou qualquer que tenha sido a negatividade, Senhor, nós te pedimos cura-nos hoje e liberta-nos. Nós te agradecemos, Senhor, pela cura dessas dez primeiras semanas no ventre, que o Espírito Santo flua através de nós, desde o topo da nossa cabeça até a planta dos nossos pés, purifica-nos com o teu amor.
Nós te agradecemos, Senhor, quando você entra nessa décima primeira semana de gestação. Talvez nossa mãe tenha-se sentido com falta de atenção e de afeto da parte do nosso pai que teve de distanciar-se, trabalhar em uma outra cidade, ou talvez até a tenha deixado. Nós te pedimos, Senhor, cura as dores e feridas dessa semana com o Espírito Santo, purifica-nos, liberta-nos. E agora, passamos à décima segunda semana. Algumas vezes houve mortes na família, na vizinhança e isso perturba muito as pessoas. Se a nossa mãe foi perturbada por causa da morte de alguém que ela amava, ou por algum tipo de dor e ferida, nós estamos confiando em ti, Senhor, para que tu nos cures hoje. Nós confiamos em ti, Senhor Jesus.
Entramos na décima terceira semana. Às vezes, Senhor, a doença atinge uma senhora grávida e isso perturba muito a criança que ela traz em si. Nós te pedimos, Senhor, que faças com que ela fique curada, refaz-nos por qualquer dor ou ferida nessa semana. Obrigado, Senhor, por nos purificares. Nós te pedimos, Senhor, que caminhes para a décima quarta semana. Pedimos, Senhor, que, se nossa mãe sofreu uma queda ou acidente, que trouxe para ela medo ou perturbações mentais, físicas ou emocionais, e se nós percebemos isso, liberta-nos, pelo poder do Espírito Santo. Caminhamos para a décima quinta semana. Talvez nossa mãe tenha estado muito preocupada ou muito perturbada por algum problema, talvez financeiro, relacional, de saúde e nós sentimos isso no nosso espírito. Senhor, cura-nos hoje, liberta-nos, enche-nos com teu amor curador.
Senhor, caminha para a décima sexta semana do nosso tempo de gestação. Talvez nossa mãe tenha se sentido cansada, tomando conta das outras crianças, do nosso pai, com todo trabalho que tinha de fazer. Ela estava física ou emocionalmente cansada. Cura-nos de toda negatividade que recebemos dela, purifica-nos, Senhor. E, cuidadosamente, Senhor, entra na décima sétima semana. Talvez aqui tenha acontecido uma separação de nossos pais e ele deixou, de propósito, a casa, ou se ele a deixou sem querer e minha mãe sentiu a dor dessa separação, nós te pedimos, Senhor, que nos cures, toques, que nos faças novamente sadios, liberta-nos, Senhor Jesus Cristo. E na décima oitava semana, se minha mãe foi acusada de qualquer forma pela sua família, pelos parentes, pela comunidade, por um amigo, qualquer pessoa que a acusou e condenou por qualquer razão, talvez até por estar grávida, e ela sentiu-se rejeitada e nós absorvemos isso, nós te pedimos, Senhor, que cures isso e liberte-nos.
Agora a décima nona semana. Senhor, qualquer que tenha sido o trauma, físico, emocional ou espiritual, o que quer que tenha sido perturbador, cura-nos agora, purifica-nos, e nós te agradecemos, Senhor, pelo que tu estás fazendo. Agora a vigésima semana. Toca-nos profundamente nessa semana. Talvez, Senhor, tenha havido algum desastre, um desastre nacional ou local que perturbou a nossa mãe e isso foi transferido para nós, cura-nos, Senhor Jesus, liberta-nos. Você veio para libertar os prisioneiros e nós somos prisioneiros das nossas feridas e dores. Liberta-nos, Senhor, como Lázaro estava atado e mesmo quando você o ressuscitou ele teve de ser desatado, desata-nos hoje e, Senhor, obrigado pela cura dessas vinte semanas. Que o teu Espírito Santo nos purifique muito profundamente hoje.
Senhor, nós te pedimos agora para caminhares conosco na vigésima primeira semana no ventre. Talvez nós tenhamos sofrido de falta de oxigênio ou de alimento, o que quer que tenha sido, Senhor, isso nos feriu nessa semana. Purifica-nos, toca-nos com o teu amor curador. Nós te agradecemos, Senhor. Caminha conosco para a vigésima segunda semana. Talvez nossa mãe tenha ficado de cama, com doença, e foi isolada da família, com angústia, e nós sentimos isso dentro de nós. Purifica-nos, Senhor Jesus, liberta-nos, enche-nos com teu Espírito Santo curador. Agora passamos à vigésima terceira semana e pode ter havido uma separação entre nossa mãe e sua família, por causa da necessidade de mudar-se ela foi separada dos amigos. Por qualquer trauma nessa semana, toca-nos hoje e cura-nos. E caminha conosco para a vigésima quarta semana e toca qualquer coisa negativa nessa semana. Talvez nossa mãe trabalhasse e tivesse que dividir seu tempo entre o trabalho e a casa e isso produziu muito estresse para ela e isso afetou a criança no seu ventre. Cura-nos, Senhor, liberta-nos.
Na vigésima quinta semana, Senhor, pode ter acontecido alguma dor física porque ela já estava perto do parto. Por qualquer coisa que a tenha entristecido e que foi comunicado a nós, cura-nos, liberta-nos. Senhor, caminhamos para a vigésima sexta semana e algumas vezes as mães chegam ao desespero e à depressão por causa da preocupação e da ansiedade, cura-nos de qualquer coisa que tenha-nos traumatizado, faz-nos livres. Agora, a vigésima sétima semana. Muitas vezes um grande medo vem sobre a mulher quando está perto de ter a criança, nós te pedimos agora que tu toques qualquer medo que tenhamos absorvido, qualquer terror ou qualquer negatividade, enche-nos com paz, alegria.
Na vigésima oitava semana, como o tempo está se aproximando, pode ter havido preocupações sobre assuntos financeiros ou médicos, cura-nos, Senhor, de qualquer negatividade nessa semana. E caminha conosco para a vigésima nona semana. Se percebemos discussões ou desamor entre nossos pais, o que quer que tenha sido traumatizante nessa semana, cura-nos, liberta-nos. Com todo carinho, leva-nos, Senhor, à trigésima semana de gestação. Tu podes ver o nosso espírito, tu sabes o que nos aflige. Pedimos que tu nos toques e cure-nos. Dá-nos o teu Espírito e obrigado pela cura nessas 30 semanas de gestação.
Senhor, agora nós caminhamos na trigésima primeira semana de gestação e talvez aqui nossa mãe possa ter sido atacada pela culpa ou outra emoção forte. Cura-nos, Senhor. E na trigésima segunda semana, nossa mãe pode ter-se tornado muito insegura. Ela é incapaz de trabalhar como fazia antes, não pode mais cuidar da família como antes e sofreu muito estresse e insegurança, cura-nos hoje, Senhor Jesus. Na trigésima terceira semana, Senhor, o trauma pode vir de mil fontes, então caminha conosco e toca qualquer coisa que tenha sido negativa, que tenha sido falta de amor, que não tenha vindo do teu Reino. Purifica-nos.
E passamos à trigésima quarta semana. Talvez nesse tempo a nossa mãe tenha tido de fazer uma cesariana ou qualquer outro procedimento médico que a feriu. Nós te pedimos que nos cures, liberta-nos, enche-nos com teu Espírito, dá-nos aquela paz que o mundo não pode dar, diga somente uma palavra e seremos curados. "A quem iremos, Senhor, só tu tens palavras de vida eterna". Na trigésima quinta semana, algumas vezes, Senhor, essa semana significa puro terror, especialmente se uma mãe perdeu crianças antes ou se é o primeiro parto, por qualquer que seja a causa de tristeza, cura-nos, Senhor, purifica-nos, liberta-nos e te pedimos que nos toques na trigésima sexta semana, especialmente se houve dor, porque o trabalho de parto já começou ou houve algum problema físico, o que quer que nos tenha afetado, nós te pedimos, cura-nos, liberta-nos.
Na trigésima sétima semana, muito freqüentemente existe medo, Senhor, mas tu podes lançar fora esse medo que absorvemos de nossa mãe. Só tu és "o Caminho, a Verdade, a Vida". E agora, na trigésima oitava semana, pedimos que tu toques qualquer sentimento de abandono que nossa mãe possa ter sentido porque nosso pai esteve ausente, porque sua família esteve ausente ou amigo especial. Cura, Senhor, todo sentimento de abandono dentro de nós. Obrigado, Senhor, por nos tocares nessa semana. E, carinhosamente, caminhamos para a trigésima nona semana e te pedimos, Senhor, cura-nos do medo nesse nascimento que se aproxima ou seja qual for a causa. Alcança, Senhor, profundamente o que nos perturba o espírito e cura qualquer coisa que tenhamos absorvido da nossa mãe. E nós te pedimos, Senhor, caminha conosco para a quadragésima semana, e se foi um nascimento difícil, cura-nos, toca-nos.
Podemos ir bem profundo na cura interior porque todos vocês, através da liderança, caminham no Espírito Santo, mas eu creio que ainda seja bom você ter uma oportunidade de uma cura ainda mais profunda. Se vocês prestaram atenção, o choro das pessoas era um choro de criança, a dor da criancinha estava sendo tocada e curada. Alguns de vocês dormiram em uma ou outra semana, essa é a anestesia do Espírito Santo. Se é muito doloroso, o Espírito Santo faz você dormir e a oração cura o seu espírito e quando ela acaba você acorda e se sente livre. Lembrem-se do que eu disse a vocês: é impossível estar num ambiente em que o Espírito Santo age e não ser curado. Aquele que sente que ainda tem uma dor, uma ferida interior, deve imaginar que é Jesus que dá a você a Eucaristia, para sua cura, e, ao voltar para o seu lugar, imagine que Jesus segura você como um bebê com a Virgem Maria e peça ao Senhor que complete a cura. Porque a Eucaristia é o momento mais poderoso para a cura.
Você deve rezar pelos seus filhos, um a um, rezando pelas 40 semanas de gestação. Você pode anotar alguns acontecimentos da gestação, se aconteceu, por exemplo durante a décima quinta semana, ore por aquele trauma. Especialmente se o seu filho está na droga ou no álcool, reze assim por ele, é um método muito poderoso. E você pode usar esse método para qualquer pessoa.
Veja aqui uma oração completa de Cura Interior
fonte: cancaonova.com.br
A cura dos relacionamentos
- 1º Tema: Você pode viver sozinho?
- 2º Tema: Porque é tão difícil Relacionar-se?
- 3º Tema: Quebrando os Muros: Eu preciso de Você
- 4º Tema: Todos precisamos ser curados
- 5º Tema: É preciso recomeçar
1º Tema: Você pode viver sozinho?
" Deus disse: não é bom que o homem esteja só,
vou dar-lhe uma ajuda que lhe seja adequada." (Gn 2,18)
vou dar-lhe uma ajuda que lhe seja adequada." (Gn 2,18)
Introdução:
Você seria capaz de viver completamente sozinho, sem a ajuda de ninguém, sem precisar de outra pessoa? Pode ser que muitos de vocês tenham respondido que sim, entretanto, a verdade é bem diferente. Nós, homens, não fomos criados para vivermos sozinhos. Não nos bastamos. Nossa aula hoje é um questionamento acerca disto. Juntos vamos descobrir a verdade que está em Deus, e apagarmos as mentiras que a sociedade incutiu em nós.
1-Você pode viver sozinho?
" A pessoa humana tem necessidade de vida social, ou seja de se relacionar, isto é uma exigência de sua natureza." ( Cat. 1879)
- Todos nós fomos chamados para um único fim que é Deus. Há uma certa semelhança entre a união da Trindade e a fraternidade que nós, homens devemos estabelecer entre nós, na verdade e no amor. Não há como separarmos o amor a Deus do amor ao próximo. Se caso pudéssemos fazer isto, estaríamos indo completamente contra o que está na Palavra de Deus. Quando dialogamos com os irmãos, desenvolvemos as virtudes em nós, são desenvolvidas. Fomos criados por Deus para nos relacionarmos. " O eu jamais saberá quem é sem a presença de um tu. Você sabia que somente podemos nos descobrir como únicos, porque existem os outros?
- Vivemos convivendo, ou seja, nos relacionando com os outros. É exatamente aqui que se encontra todo segredo de sermos felizes ou infelizes. De nos realizarmos como pessoa, ou não.
- O nosso maior desafio hoje, como cristãos, é construirmos vínculos que sejam resistentes e duradouros. Você sabe porquê? Infelizmente o amor não encontra condições para desenvolver-se. Por isso, afastamo-nos uns dos outros, não permitindo de forma alguma que as pessoas entrem em nossa vida. Não damos a menor possibilidade de aproximação. Criamos entre nós e os outros um imenso abismo e não estamos nem um pouco interessados em construirmos uma ponte. Permitimos que a palavra ódio faça parte do nosso vocabulário. Todos os dias milhares de pessoas morrem por causa do ódio, aqui podemos listar uma série de coisas: violência, guerra, fome...
- A sociedade em que vivemos é extremamente competitiva e negociante, o outro é uma grande ameaça . Tornamo-nos escravos do medo, da solidão, da desconfiança, do ódio, da ganância, enfim, transformamo-nos numa ilha. Não entramos na vida de ninguém e conseqüentemente ninguém entra na minha. Pare um pouco e responda, você é capaz de viver sozinho?
- Necessitamos construir uma ponte, pois não somos uma ilha. Precisamos reencontrar o que nos faz felizes. É nosso dever resgatar o outro como imagem e semelhança de Deus, como pessoa digna. Resgatar o amor, valorizando a diversidade que somos.
- 2. Encontrar-se com os outros
- A nossa vida não é um monólogo no qual vamos vivê-lo sozinhos. Tampouco um trabalho solitário, mas é uma caminhada em equipe de irmãos unidos ao redor de Cristo. Valorizar o meu próximo é indispensável.
- É preciso que cada um de nós façamos o devido esforço de conhecermos o trabalho do doutro, enfim sua vida, pois através deste conhecimento poderemos apreciarmos mutuamente.
- Você é uma pessoa atenciosa? Vamos conhecer uma mulher muito atenciosa:
- " Três dias depois, celebravam-se bodas em Caná da Galiléia, e achava-se ali a mãe de Jesus. Também foram convidados Jesus e seus discípulos. Como viesse a faltar vinho, a mãe de Jesus disse-lhe: Eles já não tem mais vinho." ( Jo 2,1-3)
- Não precisamos continuar a leitura porque você com certeza conhece o final. Entretanto, preste atenção num pequeno detalhe e responda: Quem disse a Maria que já não tinha vinho? Ninguém! Ela foi extremamente atenciosa ao ponto de perceber a necessidade daqueles noivos. Como está a sua atenção para com os que o rodeiam? Devemos ser atenciosos com todos. Não há diferença. Todos devem ser tratados com a mesma atenção, seja o diretor da empresa onde você trabalha, ou a lavadeira que é sua funcionária.
- Deus em sua infinita bondade quis que nos relacionássemos não somente com Ele, mas com a toda a sua criação e com nossos semelhantes. Pois viu que sozinhos somos incompletos, que precisamos de outro para nos completar.
- As três Pessoas da Santíssima Trindade, se doam, se amam e juntas formam uma comunidade de amor, de doação e serviço, na caridade e fraternidade. Ao contemplarmos isso na Trindade, deve brotar em nós um grande desejo de sermos um reflexo dela. Quando conhecemos somente nos realizamos a medida que nos doamos aos outros e isso faz-nos aproximar mais de Deus.
- Vamos tomar nossa Bíblias e conhecer uma linda história de amizade que muito tem a nos falar. Rute 1, 16-17.
- Como me sinto diante deste texto? O que mais me tocou? Por quê? Faça um breve momento de oração e descubra porque você não é uma ilha.
- 2º Tema: Porque é tão difícil relacionar-se?
- " Todo homem é para o outro um sinal de Deus Absoluto."
Introdução
- Cada um de nós é único e diferente, os outros nos arrancam do egoísmo, da solidão, enfim de nós mesmos e tendem a nos empurrar para Deus. O que mais nos leva a encontrar a Deus? Não podemos dizer que encontramos a Deus ignorando os outros, tampouco que um animal ou uma flor nos leva mais a Deus que os nossos semelhantes. Quando saímos de nós para amar o outro, agradamos muito ao coração de Deus.
- A vontade de Deus é que desenvolvamos o amor fraterno entre nós, mas como? Cultivando relacionamentos de amor e fraternidade.
- Vamos ver alguns exemplos bíblicos de amor humano. Para isso, você pode fazer uso da sua Bíblia.
- - Abraão e Isaac (pai e filho) Gn 21, 1-14; Gn 22, 1- 18
- - Jacó e Raquel (marido e mulher) Gn 29, 1-30
- - Ruth e Noemi (nora e sogra) Rut 1,16-18
- - Jesus e a família de Lázaro (união e amizade de amor) ( Jo 11, 1-44)
- - Jesus e João (o discípulo amado) Jo 13,22-23
- - Jesus e Pedro (o discípulo que mais amou Jesus) Jo 21,15-19
- As consequências do pecado em nosso relacionamento
- Deus nos criou para uma união íntima com Ele, que nos levasse a relacionarmos conosco e com os outros. Entretanto, o pecado a comunhão que outrora tínhamos com o Senhor e como grave consequência disto, desordenou-nos em todos os nossos relacionamentos. Vamos ler Gn 3,7-20 e meditarmos um pouco a esse respeito. O pecado cavou em Adão e Eva um grande abismo; já não conseguiam mais se comunicar um ao outro. Pois acusavam-se reciprocamente e se falavam cada vez menos. Muito ao contrário do que acontecia quando habitavam no Jardim do Éden. O relacionamento que possuíam no Paraíso era a imagem de Deus.
- O pecado nos tornou cegos e egoístas. Mas como cegos? Ele nos tirou a visão interior a respeito de Deus, conosco e com os outros. Egoístas, pois buscamos a nós mesmos de maneira exclusivista, querendo sempre a nossa própria satisfação que gera a "independência" de Deus. O egoísmo é uma doença que nos leva ao desamor dos outros, a querer ser servido, a nunca abaixar-se para servir, aos ressentimentos, ` as mágoas... Entretanto, contra essa maldita enfermidade Deus nos concede sua Graça Divina.
- O pecado deixou várias seqüelas em nós. O individualismo é um grande mal gerado pelo pecado. Vivemos hoje numa cultura extremamente individualista, onde a lei é cada um por si e Deus por todos. Aprendemos desde o berço que quem pode mais chora muito menos. O individualismo nos leva a uma recusa do relacionamento com Deus, e sem o qual somos incapazes de nos relacionarmos com os outros. " Se não amo ao irmão, a quem vejo, como poderei amar a Deus? " ( I Jo 2,10)
- Você conhece a história de Caim e Abel? Nela vemos o reflexo daquilo que o pecado fez ao coração do homem. Vamos ler atenciosamente Gn 4, 1-25.
- O primogênito, Caim, tornou-se como seu pai Adão, agricultor e lavrador. Ao contrário, Abel, escolheu ser pastor e cuidar de ovelhas. Este ofício oferecia-lhe tempo para rezar, para escutar a Palavra de Deus e servi-lo. O que Abel significa para nós? É a pessoa cuja vida está em caminho para atingir a vida eterna. Não possui um lugar fixo, mas está sempre a caminho. Não esforça-se para acumular propriedades, e dá a Deus o que há de melhor.
- E Caim? É o protótipo do homem preso às coisas deste mundo, que investe o melhor do seu tempo e dos seus talentos para realizar exclusivamente a si mesmo através do sucesso material. Porém, todo seu sucesso se transformou num insucesso e derrota. Tornou-se um errante, sem parada, e não encontrou nenhuma satisfação verdadeira, nem sequer nesta vida, onde tudo é passageiro.
- O coração de Caim era tomado pela competição e pelo individualismo. Ele não trabalhava para Deus, mas para si, e não suportava de forma alguma ver a predileção de Deus por Abel. Por isso, tomado pela inveja eliminou aquele cuja vida era voltada para Deus, provocando assim o primeiro assassinato na história do homem. Tudo isso que vimos levou-nos a uma isenção da responsabilidade para com o outro. Um exemplo claríssimo que podemos tomar está em Mt 27, 24. Pilatos para não assumir seu posicionamento em relação a Jesus, o qual acreditava ser inocente preferiu lavar as mãos. Quantas vezes você não lavou sua mão para não assumir qualquer responsabilidade com o teu próximo? Vamos rezar um pouco sobre isso.
Podemos nos unir senão em Deus?
- Quem não conhece aquela célebre frase: " A união faz a força!!!" ou ainda, "Juntos chegaremos lá!!!" Estar junto buscando um mesmo ideal não significa unidade, tampouco exprime o tipo de relacionamento que agrada a Deus. Unimo-nos para juntos conseguirmos êxito em nossos objetivos. Não é a isso que somos chamados. Movido pelo orgulho, o homem construiu a Torre de Babel. Entretanto, ao excluir Deus findou-se a unidade, pois Ele é o grande Outro que une os homens entre si.
- A unidade é um grande dom de Deus, porém quando fazemos mau uso dela, pode tornar-se nociva. Então, a compreensão mútua já não existe. Todo dom de Deus se usado para o egoísmo humano, torna-se um mal para nós mesmos.
- A falta de comunhão com o outro nos leva ao abismo do fechamento
- Quando nos recusamos a nos relacionarmos criamos entre nós e os outros um imenso abismo. Ao nos fecharmos em nós mesmos, nos tornamos egocêntricos. Começamos a agir mesmo que inconscientemente com um pé na infância, daí surgem o ciúmes, a inveja, as competições, o desejo ardente de eliminar os outros da nossa vida, quando não o fazemos utilizando a indiferença. Tudo isso impede que nossa personalidade seja amadurecida, e corremos o grande risco de nos tornarmos pessoas angustiadas, solitárias e inseguras.
- Cada um de nós é um ser único que foi criado por Deus. Tudo o que somos nunca existiu e jamais existirá igual. As nossas qualidades e talentos são experiências vividas nos constituem de uma maneira muito singular, tanto quanto nossas impressões digitais. Somente você pode partilhar com o outro o que você é. Quando nos recusamos, privamos os que estão a nossa volta do dom que somos para eles.
- " O caminho da justiça é o amor. Nem sempre é fácil permanecer à imagem das emoções, que nos envolvem diariamente na vida em sua continuidade. Tentar avaliar as nossas posições e palavras à luz da justiça que procuramos, à luz da Palavra do Senhor. Permanecer alerta para que as pequenas dificuldades sejam superadas no seu nascer. Erva daninha não arrancada logo, vira mato. Desentendimento não esclarecido, com facilidade torna-se barreira que prejudica todo um caminho de construção de um futuro melhor." ( Frei Patrício)
- 3ºTema: Quebrando os muros: Eu preciso de você
- " Quem encontrou um amigo, encontrou um tesouro"
Introdução
- Não há como falarmos de cura de relacionamentos, se não fizermos menção do grande tesouro que é a amizade. Todos nós, sejamos do tipo "durão" ou sensível, sem exceção de ninguém, precisamos nos relacionar, necessitamos de alguém com quem podemos contar a todo instante, que nos fale a verdade e que nos conheça mais a fundo. Até mesmo Jesus, que era Deus e também era homem, teve amigos. Porque nós seríamos diferentes?
- Vivemos numa sociedade em que somos educados para não precisarmos de ninguém, para bastarmos a nós mesmos. Porém, Deus vem nos mostrar através de sua Palavra que não foi para isso que fomos criados. Por isso, hoje Ele nos chama a rompermos os muros que nos cercam e que nos impedem de nos aproximarmos uns dos outros e dizermos que precisamos dele. Todos nós somos carentes e necessitados dos outros.
A amizade é cura e sinal do amor de Deus
- Deus é um grande mistério, principalmente para nós que vivemos na sombra da nossa condição humana que é limitada. Sabemos que existe, mas não sabemos como é. Aliás, de Deus sabemos mais o que não é, que o que é. Deus em sua infinita bondade então, revelou-se a nós, mostrou um pouco como é. E qual é a revelação do mistério de Deus? Jesus Cristo. Ele é Deus acessível a nós; em sua humanidade e ensinamentos mostra-nos como é Deus.
- Jesus nos revelou que Deus é amor. Isto é decisivo para que o amemos e imitemos. O amor é o mais real de Deus, em si mesmo e em seu relacionamento conosco. O próprio amor de Deus é misterioso, uma vez que nem sempre sabemos decifrá-lo no percurso da vida. Por isto Deus revelou seu amor em Jesus de tal maneira que não duvidemos dele. Compartilhou conosco as misérias da vida ao encarnar-se, e assumir em tudo menos no pecado a nossa condição humana. Deus revelou de si mesmo utilizando-se de coisas e experiências humanas. Por isso, quando passamos um por uma intensa felicidade podemos prever a felicidade na vida eterna. Podemos compreender o mistério do amor de Deus através do amor humano. Não é que o amor de Deus seja como o amor humano. Ele vai muito além do imaginável, mesmo na forma mais profunda e intensa de amor entre dois seres. O amor que Deus sente por nós é um grande mistério, embora torna-se acessível a nós através da experiência humana de amor. O amor vem de Deus, portanto, sempre haverá o amor de Deus no amor humano autêntico. Jesus veio nos fazer entender o amor de Deus por nós.
- Jesus na sua prática do amor privilegia o amor de amizade. Este para Ele era o "maior amor" . A experiência humana nos ensina que a amizade é um componente necessário para todas as outras formas de amor, a fim de que perdurem.
- Cada amizade é um grande mistério. Quem nunca se perguntou; porque aconteceu com esta pessoa e não com outra? Ou ainda; porque não tenho amigos? Cada homem precisa da amizade do outro. Isto implica em acolher o outro com todo o seu universo, sem esperar encontrar alguém semelhante a mim, mas exatamente diferente. Essa diferença é um imenso tesouro que precisamos descobrir. Na verdadeira amizade não há rivalidade ou ciúmes. O relacionamento que com um amigo é enriquecedor e libertador. A ajuda ou o sacrificio pelo amigo deve ser totalmente gratuito sem esperarmos recompensas. Devemos "gastar tempo" com nossos amigos e não termos a menor vergonha de nos mostrarmos necessitados de seu auxílio. Não tenha medo de quebrar os muros que o cercam e dizer eu preciso de você!
- Este texto é para você ler e trazer para sua vida. Após a leitura faça um momento de oração e não perca tempo em amar.
Eu tenho tempo
- Hoje, ao atender o telefone que insistentemente exigia atenção, o meu mundo desabou. Entre soluços e lamentos, a voz do outro lado da linha me dizia que o meu melhor amigo, meu companheiro de jornada, meu ombro camarada, havia sofrido um grave acidente, vindo a falecer quase que instantemente. Lembro-me de ter desligado o telefone e caminhado a passos lentos para meu quarto, meu refúgio particular. As imagens de minha juventude vieram quase que instantaneamente à mente. A faculdade, as bebedeiras, as conversas em volta da lareira até altas horas da noite, os amores não correspondidos, as confidências ao pé do ouvido, as colas, a cumplicidade, os sorrisos... Ah, os sorrisos... Como eram fáceis de surgir naquela época!
- Lembrei-me da formatura, de um novo horizonte surgindo, das lágrimas e despedidas e, principalmente, das promessas de novos encontros. Lembro-me perfeitamente de cada feição do melhor amigo que já tive em toda vida: em seus olhos a promessa de que eu nunca seria esquecido. E realmente não fui. Perdi a conta das vezes em que carinhosamente me ligava quando eu estava no fundo do poço. Ou das mensagens que nunca respondi - que ele constantemente me enviava, enchendo minha caixa postal eletrônica de esperanças e promessas de um futuro melhor.
- Lembro que foi o seu rosto preocupado que vi quando acordei de minha cirurgia para retirada do apêndice. Lembro que foi em seu ombro que chorei a perda de meu amado pai. Foi em seu ouvido que derramei as lamentações do noivado desfeito.
- Apesar do esforço para vasculhar minha mente, não consegui me lembrar de uma só vez em que tenha pego o telefone para ligar e dizer a ele o quanto era importante para mim contar com sua amizade. Afinal, eu era um homem muito ocupado. Eu não tinha tempo.
- Não me lembro de uma só vez em que me preocupei de procurar um texto edificante e enviar para ele, ou para qualquer outro amigo, com o intuito de tornar o seu dia melhor. Eu não tinha tempo. Não me lembro de ter feito qualquer tipo de surpresa, como aparecer de repente com uma garrafa de vinho e um coração aberto disposto a ouvir. Eu não tinha tempo. Não me lembro de qualquer dia em estive disposto a ouvir os seus problemas. Eu não tinha tempo. Acho que eu nunca sequer imaginei que ele tinha problemas.
- Não me dignei a reparar que constantemente meu amigo passava da conta na bebida. Achava divertido o seu jeito bêbado de ser. Afinal, bêbado ou não, ele era uma ótima companhia para mim.
- Só agora vejo com clareza o meu egoísmo. Talvez - e esse talvez vai me acompanhar eternamente - se eu tivesse saído de meu pedestal egocêntrico e prestado um pouco de atenção e despendido um pouquinho do meu sagrado tempo, meu grande amigo não teria bebido até não aguentar mais e não teria jogado sua vida fora ao perder o controle de um carro que, com certeza, não tinha a mínima condição de dirigir.
- Talvez, ele, que sempre inundou o meu mundo com sua iluminada presença, estivesse se sentindo sozinho. Até mesmo as mensagens engraçadas que ele constantemente deixava em minha secretária eletrônica poderiam ser seu jeito de pedir ajuda. Aquelas mesmas mensagens que simplesmente apaguei da secretária eletrônica jamais se apagarão da minha consciência.
- Essas indagações que inundam agora o meu ser nunca mais terão resposta. A minha falta de tempo me impediu de responde-las. Agora, lentamente, escolho uma roupa preta - digna do meu estado de espírito - e pego o telefone. Aviso o meu chefe de que não irei trabalhar hoje e, quem sabe nem amanhã, nem depois… pois irei tirar o dia para homenagear com meu pranto a uma das pessoas que mais amei nesta vida.
- Ao desligar o telefone, com surpresa eu vejo, entre lágrimas e remorsos, que para isto, para acompanhar durante um dia inteiro o seu corpo sem vida, eu tive tempo!
- P.S.: Já faz muitos anos que escrevi este desabafo no diário da minha vida. Em parte para aliviar a dor que açoitava minha alma. Hoje, estou casado, tenho dois filhos e todo tempo do mundo. Descobri que se você não toma as rédeas da tua vida, o tempo te engole e te escraviza. Trabalho com o mesmo afinco de antes, mas somente sou "o profissional" durante o expediente normal. Fora dele, sou um ser humano. Nunca mais uma mensagem da minha secretária eletrônica ficou sem pelo menos um "oi" de retorno. Procuro constantemente encher a caixa eletrônica dos meus amigos com mensagens de amizade e dias melhores. Escrevo cartões de aniversário e de natal, sempre lembrando às pessoas de como elas são importantes para mim.
- Abraço constantemente meus irmãos e minha família, pois os laços que nos unem são eternos. Acompanhei cada dentinho que nasceu na boca dos meus filhos, o primeiro passo, o primeiro sorriso, a primeira palavra. São momentos inesquecíveis. Procuro sempre "fugir" com minha esposa e voltar aos tempos em que éramos namorados e prometíamos desbravar o mundo. Esses momentos costumam desaparecer com o tempo, e todo cuidado é pouco.
- É preciso cultivar o relacionamento como uma frágil flor que requer cuidados constantes, mas que te brinda com sua beleza inenarrável. Nunca mais deixei um amigo sem uma palavra de conforto; ou inimigo sem oração…
- 4º Tema: Todos precisamos ser curados
- Você costuma ir periodicamente ao médico? E ao dentista? Tem tratado dos dentes? Como está sua saúde? Estamos na "geração saúde". Buscamos cada vez mais levarmos uma vida saudável. Aprendemos desde cedo que não devemos somente ir ao médico quando ficamos doente, mas precisamos ter um certo acompanhamento. E acima de tudo é extremamente necessário estarmos muito atentos ao menor sinal que mostre algo diferente acontecendo conosco. Por favor, não responda rápido, pense antes de falar qualquer coisa. Como você tem cuidado da saúde espiritual? Ou melhor dizendo, como tem cuidado de sua alma? Você está sempre atento aos sinais de que as coisas não vão muito bem, ou pensa que está tudo ótimo. Porém, sua alma está desenvolvendo um grande câncer, que você até agora não percebeu, porque ela não é tão importante assim...
- O meu interior precisa ser curado
- Você já parou para pensar que seu interior neste momento possa estar sofrendo um grande câncer? Todos nós necessitamos ser curados interiormente. Quem nunca sofreu de mágoa, ressentimento, traumas psicológicos, rejeições, etc… Todas essas lembranças podem nos influenciar de um modo muito negativo, de maneira a nos impedir de vivermos uma vida emocional equilibrada e termos relacionamentos sadios. E impede-nos principalmente de crescermos na santidade, uma vez que esta lembranças dolorosas, mágoas e carências afetivas são grandiosas barreiras.
- Podemos comparar nossa mente a um imenso iceberg, uma grande montanha de gelo que parece flutuar nas gélidas águas do oceano. Todavia, o que vemos é apenas uma parte, a que está exposta que corresponde a dois terços do seu tamanho. Com nossa mente acontece algo muito semelhante; existe uma parte a qual chamamos de consciente, que é a qual temos conhecimento, e uma outra parte inconsciente que corresponde a 90% do seu total. Então, como pôde perceber recordamos apenas 10% do que acontece conosco, o restante fica arquivado em nossa inconsciente. Mas o que tudo isso tem a ver?
- Constantemente como um mecanismo de defesa, "empurramos" para as áreas mais profundas do nosso ser, todos os acontecimentos da nossa vida, que nos traumatizaram, aqueles cujo não sabemos lidar com eles. Porém, do nosso inconsciente eles podem nos influenciar, mesmo que muitas vezes não tenhamos conhecimento deles. Como assim? Através da nossas atitudes, das nossas idéias, dos nossos relacionamentos ( com Deus, conosco, com os outros e com o mundo).
- Vivemos presos ao passado, pois nos transformamos em nossos medos e traumas. Quando isso acontece, ficamos confusos, bloqueados, dificilmente acreditamos nas pessoas e tampouco nos lançamos em Deus e aceitamos seu amor incondicional por nós, uma vez que nós mesmos passamos a impor condições para amá-lo.
- Fomos criados por Deus e para Deus, necessitamos incondicionalmente Dele para alcançarmos nosso fim último que é Ele . Entretanto, colocamos nossas expectativas nos outros, e em nós; esperamos sempre dos outros e de nós, quando deveríamos esperar em Deus. Amamo-nos de forma completamente desordenada e exigimos que nos amem. Esquecemos que o outro é tão limitado e imperfeito quanto cada um de nós e por isso acabamos nos sentindo completamente vazios, rejeitados, desamados, inseguros, magoados, sozinhos. Este processo acontece sempre de maneira muito sutil, nem percebemos, mas nossos corações ficam escuros e frios, causando uma grande desordem em nossos relacionamentos e gerando sentimentos de posse, egoísmo, inveja, ciúmes…
- É necessário que nos deixemos guiar por Deus e não por nossas mágoas e traumas, pois não somos eles. Somos o que Deus pensa de nós!
- Vamos ler Gn 12,1-3. Deus dá uma ordem à Abraão, mandando que saia de sua terra e parta para onde Ele indicar. A partir deste momento Abraão deixou todo o seu modo antigo de se relacionar com os outros e com o mundo. Ampliou sua tenda, alargando as fronteiras da sua doação de si . A comunhão perfeita de tudo isso iniciou-se na cruz com o sangue de Cristo, ultrapassando o plano natural.
Jesus é o médico das nossas almas
- Vamos ler juntos Mc 12,28-31. Jesus nos dá uma ordem muito clara, precisamos amar os outros, e, isto implica em amar a Deus e amarmos a nós mesmos. Ele ainda nos mostra que as nossas feridas interiores são consequências dos nossos pecados e acabam afetando o nosso relacionamento com Deus, com o próximo e conosco.
- Ao lermos o Evangelho podemos ver a freqüência Jesus perdoava os pecados antes ou depois de uma cura física. Ele bem sabia que a mágoa, o ressentimento, o ódio, a inveja, a discórdia, e outros sentimentos destrutivos aprisionam as pessoas, deixando-as paralizadas, gerando em seus corações um grande distanciamento de Deus.
- Podemos ver muito bem descrita a missão de Jesus em Is 61. Ele veio para curar e libertar os cativos. " Não vim para os que estão sãos, mas para os enfermos." E quem são estes enfermos? Somos todos nós, que pela graça do Batismo nos tornamos filhos de Deus e pelos méritos da Paixão de Jesus fomos remidos por um preço altíssimo.
- Nós precisamos constantemente de cura interior. É uma viagem que percorremos através das nossas lembranças. Nela, a pessoa mais importante é Jesus, pois Ele curará as nossas mágoas, solidão, nossos relacionamentos, dando um grande e novo sentido a eles. O maior desejo de Jesus é a nossa libertação, por isso sua ação redentora age em todo nosso ser seja ele físico, espiritual ou mental.
- A maior necessidade que nós seres humanos temos é de sermos amados. Se por um acaso, esse amor nos é privado, seja em qualquer época da nossa vida: quando ainda estamos no ventre de nossa mãe, quando criança ou ainda em qualquer outra fase da vida, tudo isto tem o poder nos roubar a paz, a nossa aptidão de amar e a nossa capacidade de manter um relacionamento de confiança com Deus e com os outros, com quem somos chamados a nos relacionarmos. A grande maioria dos problemas psicológicos que hoje enfrentamos tem sua origem nos relacionamentos afetivos, que geram rejeição, menosprezo, indiferença, mágoas e ressentimentos.
- É preciso que saibamos que da mesma forma que fomos criados de uma maneira única e particular, também assim, Deus deseja nos curar. Por isso, estejamos totalmente abertos para acolhermos esta grande graça. Vamos rezar?
- 5º Tema: É preciso recomeçar
- Ao longo do nosso curso vimos porque precisamos nos relacionar e mais ainda, que Deus deseja nos curar de todos os traumas, de tudo aquilo que nos impede de sermos livres. Deus nesta aula nos mostrará que antes de qualquer coisa que façamos é preciso recomeçar.
-
- Recomeçar
- Deus nos convida a recomeçarmos sempre com a grande certeza de que Ele mesmo nos renova a cada momento dando-nos vida nova. O Senhor Deus não se cansa de criar. Você sabe porquê? É muito simples, pelo fato de que Ele é amor. João da Cruz afirmava: " O amor não cansa e nem se cansa." Para vivermos bem a nossa vida e consequentemente os nossos relacionamentos, a fim de que sejamos verdadeiros sinais de alegria para os outros que estão a nossa volta é preciso que sejamos verdadeiros, autênticos. É necessário que olhemos para o amanhã, sabendo que sem o auxílio da graça nada somos e nada podemos, e que a nós cabe tentarmos. Deus não está interessado em saber se conseguimos ou não amarmos, está interessado em saber se tentamos, se fizemos tudo aquilo que estava ao nosso alcance e permitimos que Ele fizesse o restante.
- Não vale a pena ficarmos presos ao nosso passado, querendo viver de lembrança e o que é pior, assumindo os traumas e feridas como algo intrínseco que faz parte de nós. Hoje Deus nos convida a contemplarmos no pôr - do - sol, o novo dia que será gerado no mistério da noite. Sem a qual não haveria a alegria do surgir a madrugada. Sem o inverno não seria possível experimentar a beleza da primavera; sem o lamento da sexta-feira santa não ouviríamos o cântico do " Exultet" pascal. O mundo perdeu completamente o sentido do belo, mas nós como cristãos somos chamados a reavê-lo. Você sabe o que significa beleza? Beleza significa o lugar onde Deus se manifesta. Tem uma raiz sagrada, porque onde Deus se manifesta é um local sagrado. A beleza é uma comunidade de verdade.
- O relacionamento básico que temos que ter com Deus, se dá através da sua bondade e misericórdia. Este, reflete-se para o bem dos nossos irmãos, naquilo que eles mais necessitam. Relacionamo-nos de uma maneira profunda, verdadeira. É aí que se manifesta a beleza, um lugar onde Deus escolheu para vir habitar. Precisamos entrar em nós, e descobrirmos a beleza que há no âmago do nosso ser. Por isso reservamos para este último dia de curso um bom momento de oração. Vamos rezar e suplicar que Deus intervenha sobre nossa vida, curando-nos e abrindo-nos aos outros. Imploremos a cura dos nossos traumas, das nossas feridas, dos nossos relacionamentos.
- fonte: Comunidade Shalom
Suporte Doutrinário para o Aconselhamento no Ministério de Cura
1. Luxúria:
"A luxúria é um desejo desordenado ou um gozo desregrado do prazer venéreo. O prazer sexual é moralmente desordenado quando é buscado por si mesmo, isolado das finalidades de procriação e de união" (CAT. Nº 2351).
2 . Masturbação:
"Por masturbação se deve entender a excitação voluntária dos órgãos genitais a fim de conseguir um prazer venéreo. É um ato intrínseca e gravemente desordenado. Qualquer que seja o motivo, o uso deliberado da faculdade sexual fora das relações conjugais normais contradiz sua finalidade" (CAT. Nº 2352).
3. Fornicação:
- "A fornicação é a união carnal fora do casamento entre um homem e uma mulher livres. É gravemente contrária à dignidade das pessoas e da sexualidade humana, naturalmente ordenada para o bem dos esposos, bem como para a geração e a educação dos filhos. Além disso é um escândalo grave quando há corrupção dos jovens" (CAT. Nº 2353).
- 4. Prostituição:
"A prostituição vai contra a dignidade da pessoa que se prostitui, reduzida assim ao prazer venéreo que dela se obtém. Aquele que paga, peca gravemente contra si mesmo; viola a castidade à qual se comprometeu no seu batismo e mancha seu corpo, templo do Espírito Santo. É sempre gravemente pecaminoso entregar-se à prostituição" (CAT. Nº 2355).
- 5. Estrupro:
"O estupro designa a penetração à força, com violência, na intimidade sexual de uma pessoa. Fere a justiça e a caridade. O estupro lesa profundamente o direito de cada um ao respeito, à liberdade, à integridade física e moral. Provoca um dano grave que pode marcar a vítima por toda a vida. É sempre um ato intrinsecamente mau. Mais grave ainda é o estupro cometido pelos pais (cf. incesto) ou educadores contra as crianças que lhes são confiadas" (CAT. Nº 2356).
6. Homossexualidade:
"A homossexualidade designa as relações entre homens e mulheres que sentem atração sexual, exclusiva ou predominante, por pessoas do mesmo sexo. A homossexualidade se reveste de formas muito variáveis ao longo dos séculos e das culturas. A sua gênese psíquica continua amplamente inexplicada. Apoiando-se na Sagrada Escritura, que os apresenta como depravações graves, a tradição sempre declarou que "os atos de homossexualidade são intrinsecamente desordenados. São contrários à lei natural. Fecham o ato sexual ao dom da vida. Não procedem de uma complementariedade afetiva e sexual verdadeira. Em caso algum podem ser aprovados... Devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á para com eles todo sinal de discriminação injusta. Estas pessoas são chamadas a realizar a vontade de Deus na sua vida e, se forem cristãs, a unir ao sacrifício da cruz do Senhor as dificuldades que podem encontrar por causa da sua condição" (CAT. Nº 2357 3 2358).
7. Métodos de Regulação da Natalidade:
"A continência periódica, os métodos de regulação da natalidade baseados na auto-observação e no recurso aos períodos infecundos estão de acordo com os critérios objetivos da moralidade. Estes métodos respeitam o corpo dos esposos, animam a ternura entre eles e favorecem a educação de uma liberdade autêntica. Em compensação, é intrinsecamente má ‘toda ação que, ou em previsão do ato conjugal, ou durante a sua realização, ou também durante o desenvolvimento de suas conseqüências naturais, se proponha, como fim ou como meio, tornar impossível a procriação" ( CAT. Nº 2370).
"O Evangelho mostra que a esterilidade física não é um mal absoluto. Os esposos que, depois de terem esgotado os recursos legítimos da medicina, sofrerem de infertilidade, unir-se-ão à Cruz do Senhor, fonte de toda fecundidade espiritual. Podem mostrar a sua generosidade adotando crianças desamparadas ou prestando relevantes serviços em favor do próximo" (CAT. Nº 2379).
8. Adultério:
Esta palavra designa a infidelidade conjugal. Quando dois parceiros, dos quais ao menos um é casado, estabelecem entre si uma relação sexual, mesmo efêmera, cometem adultério. Cristo condena o adultério mesmo de simples desejo... O adultério é uma injustiça. Quem o comete falta com seus compromissos. Fere o sinal da Aliança que é o vínculo matrimonial, lesa o direito do outro cônjuge e prejudica a instituição do casamento, violando o contrato que o fundamenta. Compromete o bem da geração humana e dos filhos que tem necessidade da união estável dos pais" ( CAT. Nº 2380 e 2381).
9. Divórcio:
"O Senhor Jesus insistiu na intenção original do Criador que queria um casamento indissolúvel... Entre batizados católicos, ‘o matrimônio ratificado e consumado não pode ser dissolvido por nenhum poder humano nem por nenhuma causa, exceto morte... O divórcio é uma ofensa grave à lei natural. Pretende romper o contrato livremente consentido pelos esposos de viver um com o outro até à morte. O divórcio lesa a Aliança de salvação da qual o matrimônio sacramental é o sinal. O fato de contrair nova união, mesmo que reconhecida pela lei civil, aumenta a gravidade da ruptura; o cônjuge que se casa novamente passa a encontrar-se em situação de adultério...
O caráter imoral do divórcio deriva também da desordem que introduz na célula familiar e na sociedade. Esta desordem acarreta graves danos: para o cônjuge que fica abandonado; para os filhos, traumatizados pela separação dos pais, e muitas vezes em desavença entre si e pelo seu efeito de contágio, que faz dele uma verdadeira praga social" ( CAT. Nº 2382; 2384; 2385).
10. Mentira:
"A mentira consiste em dizer o que é falso com a intenção de enganar. O Senhor denuncia na mentira uma obra diabólica: ‘Vós sois do diabo, vosso pai,...nele não há verdade: quando ele mente, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira’ (Jo 8,44)...
A gravidade da mentira se mede segundo a natureza da verdade que ela deforma, de acordo com as circunstâncias, as intenções daquele que a comete, os prejuízos sofridos por aqueles que são suas vítimas. Embora a mentira, em si, não constitua senão um pecado venial, torna-se mortal quando fere gravemente as virtudes da justiça e da caridade...
A mentira é uma verdadeira violência feita ao outro porque o fere na sua capacidade de conhecer, que é a condição de todo juízo e de toda decisão. Contém em germe a divisão dos espíritos e todos os males que ela suscita. A mentira é funesta para toda a sociedade; mina aconfiança entre os homens e rompe o tecido das relações sociais...
Toda falta cometida contra a justiça e a verdade impõe o dever de reparação, mesmo que o seu autor tenha sido perdoado. Quando se torna impossível reparar um erro publicamente, deve-se fazê-lo secretamente; se aquele que sofreu o prejuízo não pode ser diretamente indenizado, deve-se dar-lhe satisfação moralmente em nome da caridade. Esse dever de reparação se refere também às faltas cometidas contra a reputação de alguém. Essa reparação, moral e às vezes material, será avaliada na proporção do dano causado e obriga em consciência" (CAT. Nº 2482; 2484; 2486; 2487).
11. Aborto:
"A vida humana deve ser respeitada e protegida de maneira absoluta a partir do momento da concepção. Desde o primeiro momento de sua existência, o ser humano deve ver reconhecidos os seus direitos de pessoa, entre os quais o direito inviolável de todo ser inocente à vida" (cf. Jr 1,5; Sl 139,15)...
A cooperação formal para um aborto constitui uma falta grave. A Igreja sanciona com pena canônica de excomunhão este delito contra a vida humana. ‘Quem provoca aborto, seguindo-se o efeito, incorre em excomunhão latae sententiae’ pelo próprio fato de cometer o delito e nas condições previstas pelo Direito. Com isso a Igreja não quer restringir o campo da misericórdia. Manifesta, sim, a gravidade do crime cometido, o prejuízo irreparável causado ao inocente morto,a seus pais e a toda sociedade" (CAT. Nº 2270; 2272).
12. Eutanásia:
Aqueles cuja vida está diminuída ou enfraquecida necessitam de um respeito especial. As pessoas doentes ou deficientes devem ser amparadas para levarem uma vida tão normal quanto possível...
Sejam quais forem os motivos e os meios, a eutanásia direta consiste em pôr fim à vida de pessoas deficientes, doentes ou moribundas. É moralmente inadmissível...
A interrupção de procedimentos médicos onerosos, perigosos, extraordinários ou desproporcionais aos resultados esperado pode ser legítima. É a rejeição da obstinação terapêutica. Não se quer dessa maneira provocar a morte; aceita-se não poder impedi-la. As decisões devem ser tomadas pelo paciente, se tiver a competência e a capacidade para isso; caso contrário, pelos que tem direitos legais, respeitando sempre a vontade razoável e os interesses legítimos do paciente" ( CAT. Nº 2276; 2277; 2278).
13. Suicídio:
Cada um é responsável por sua vida diante de Deus que lha deu e que dela é sempre o único e soberano Senhor. Devemos receber a vida com reconhecimento e preservá-la para sua honra e a salvação de nossas almas. Somos os administradores e não proprietários da vida que Deus nos confiou. Não podemos dispor dela...
O suicídio contradiz a inclinação natural do ser humano a conservar e perpetuar a própria vida. É gravemente contrário ao justo amor de si mesmo. Ofende igualmente o amor do próximo porque rompe injustamente os vínculos
OBS.: TEMAS RETIRADO INTEGRALMENTE COMO ESTÁ ESCRITO NO CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA
Cura, o ministério do amor!
Jesus veio ao mundo para nos salvar de tudo, para nos curar de toda e qualquer enfermidade: "O Espírito de Deus está sobre mim porque ungiu para anunciar a boa nova aos pobres. Enviou-me para proclamar aos cativos a libertação e aos cegos a recuperação da vista, para restituir aos oprimidos a liberdade, e proclamar o ano da graça do Senhor" (Lc 4,17c-19).
Tipos de cura
"Levando em conta que o homem tem três dimensões: corpo, alma e espírito (cf. 1Ts 5,23), compreendemos que existem os males físicos, os da alma ou interiores e os espirituais. Se somos atingidos em qualquer área interior, necessitamos de uma cura interior; se somos atingidos em nosso espírito, contaminando-nos com falsas doutrinas e apartando-nos da sã doutrina da salvação, precisamos de uma cura espiritual ou libertação; se somos atingidos no corpo com alguma enfermidade, necessitamos de uma cura física." (Perdigão, 2002).
No Manual do Ministério de Cura e Aconselhamento da Comunidade Shalom, as autoras afirmam que "todo ser humano, uns mais outros menos, tem necessidade de cura interior; isto porque todos temos feridas internas, muitas vezes ocultas, imperceptíveis, mas que podem influenciar de modo muito negativo nosso caráter, nosso comportamento, as nossas vidas, impedindo-nos de alcançar a integridade emocional, ou seja, de viver uma vida emocional equilibrada e relacionamentos sadios, e de crescer em santidade." (Mohana e Perdigão, 2000, p. 31).
Perfil do ministro de cura
Somente quem experimenta o Amor pode transbordá-lo. Só quem vivenciou a dor pode penetrar no mistério da dor dos irmãos. "O sofrimento, tão presente no nosso mundo, sob tantas formas, também está presente para desencadear no homem o amor, o dom de si mesmo em favor dos que sofrem. O mundo do sofrimento humano anseia, sem cessar, um outro mundo diverso: o mundo do amor humano. A pessoa que sofre é capaz de compadecer-se do outro que sofre igualmente. E provavelmente deve esta compaixão e doação de si ao seu próprio sofrimento, ou seja, realiza com mais verdade o 'colocar-se no lugar do outro que sofre'" (Mohana e Perdigão, 2000, p. 94).
Por isso, este é um ministério muito especial, e o ministro necessita de amadurecimento humano, de uma vida de profunda intimidade com Deus - através da oração pessoal e estudo da Palavra diários, da freqüência aos sacramentos, sobretudo Eucaristia e Confissão, e amizade com Maria - e de uma grande dedicação. O nosso olhar precisa sempre ser purificado pelo Espírito Santo, nossas palavras devem ter a suavidade mariana e todo o nosso ser precisa estar voltado para Cristo Jesus, nosso único Salvador, e centrado nele.
Isso nos faz focalizar os acontecimentos da vida de cada irmão ou irmã na ótica de Deus e não na nossa limitada visão humana. Na vida do que crê, nada é em vão nem por acaso; cada acontecimento é permissão de Deus, por isso, deve ser transformado em um grande louvor, mesmo aquilo que consideramos mau! "Tudo concorre para o bem dos que amam a Deus" (Rm 8,28).
Porque nossa missão é tão importante, são pedidas algumas coisas para que alguém ingresse no ministério: ter participado do curso de engajamento geral da Obra; fazer parte de um grupo de oração da Obra Shalom e discernir com o coordenador, núcleo e/ou formador que esse é o seu ministério; ter feito ou estar fazendo o curso de Formação Básica; participar do curso específico para o ministério.
Depois do ingresso, é pedido que o ministro: participe, semanalmente, das reuniões de formação do ministério; atenda em pelo menos um turno por semana em uma das casas da Obra; atenda nos eventos e em domicílio ou no hospital, conforme envio e orientação da coordenação do ministério.
Cada vez que servimos neste ministério, saímos mais fortificados, pois alimenta a nossa fé ver que irmãos totalmente derrotados pelos acontecimentos da vida são reerguidos pela mão poderosa do nosso Deus. Vidas que ali chegam sem sentido saem renascidas, recriadas. É maravilhoso nos tornar "intermediários" entre Deus e o homem, ver passar pelas nossas mãos a graça de Deus para dar um rumo, um caminho à vida de muitos!
fonte: Comunidade Shalom
Cura, o ministério do amor!
Jesus veio ao mundo para nos salvar de tudo, para nos curar de toda e qualquer enfermidade: "O Espírito de Deus está sobre mim porque ungiu para anunciar a boa nova aos pobres. Enviou-me para proclamar aos cativos a libertação e aos cegos a recuperação da vista, para restituir aos oprimidos a liberdade, e proclamar o ano da graça do Senhor" (Lc 4,17c-19).
Tipos de cura
"Levando em conta que o homem tem três dimensões: corpo, alma e espírito (cf. 1Ts 5,23), compreendemos que existem os males físicos, os da alma ou interiores e os espirituais. Se somos atingidos em qualquer área interior, necessitamos de uma cura interior; se somos atingidos em nosso espírito, contaminando-nos com falsas doutrinas e apartando-nos da sã doutrina da salvação, precisamos de uma cura espiritual ou libertação; se somos atingidos no corpo com alguma enfermidade, necessitamos de uma cura física." (Perdigão, 2002).
No Manual do Ministério de Cura e Aconselhamento da Comunidade Shalom, as autoras afirmam que "todo ser humano, uns mais outros menos, tem necessidade de cura interior; isto porque todos temos feridas internas, muitas vezes ocultas, imperceptíveis, mas que podem influenciar de modo muito negativo nosso caráter, nosso comportamento, as nossas vidas, impedindo-nos de alcançar a integridade emocional, ou seja, de viver uma vida emocional equilibrada e relacionamentos sadios, e de crescer em santidade." (Mohana e Perdigão, 2000, p. 31).
Perfil do ministro de cura
Somente quem experimenta o Amor pode transbordá-lo. Só quem vivenciou a dor pode penetrar no mistério da dor dos irmãos. "O sofrimento, tão presente no nosso mundo, sob tantas formas, também está presente para desencadear no homem o amor, o dom de si mesmo em favor dos que sofrem. O mundo do sofrimento humano anseia, sem cessar, um outro mundo diverso: o mundo do amor humano. A pessoa que sofre é capaz de compadecer-se do outro que sofre igualmente. E provavelmente deve esta compaixão e doação de si ao seu próprio sofrimento, ou seja, realiza com mais verdade o 'colocar-se no lugar do outro que sofre'" (Mohana e Perdigão, 2000, p. 94).
Por isso, este é um ministério muito especial, e o ministro necessita de amadurecimento humano, de uma vida de profunda intimidade com Deus - através da oração pessoal e estudo da Palavra diários, da freqüência aos sacramentos, sobretudo Eucaristia e Confissão, e amizade com Maria - e de uma grande dedicação. O nosso olhar precisa sempre ser purificado pelo Espírito Santo, nossas palavras devem ter a suavidade mariana e todo o nosso ser precisa estar voltado para Cristo Jesus, nosso único Salvador, e centrado nele.
Isso nos faz focalizar os acontecimentos da vida de cada irmão ou irmã na ótica de Deus e não na nossa limitada visão humana. Na vida do que crê, nada é em vão nem por acaso; cada acontecimento é permissão de Deus, por isso, deve ser transformado em um grande louvor, mesmo aquilo que consideramos mau! "Tudo concorre para o bem dos que amam a Deus" (Rm 8,28).
Porque nossa missão é tão importante, são pedidas algumas coisas para que alguém ingresse no ministério: ter participado do curso de engajamento geral da Obra; fazer parte de um grupo de oração da Obra Shalom e discernir com o coordenador, núcleo e/ou formador que esse é o seu ministério; ter feito ou estar fazendo o curso de Formação Básica; participar do curso específico para o ministério.
Depois do ingresso, é pedido que o ministro: participe, semanalmente, das reuniões de formação do ministério; atenda em pelo menos um turno por semana em uma das casas da Obra; atenda nos eventos e em domicílio ou no hospital, conforme envio e orientação da coordenação do ministério.
Cada vez que servimos neste ministério, saímos mais fortificados, pois alimenta a nossa fé ver que irmãos totalmente derrotados pelos acontecimentos da vida são reerguidos pela mão poderosa do nosso Deus. Vidas que ali chegam sem sentido saem renascidas, recriadas. É maravilhoso nos tornar "intermediários" entre Deus e o homem, ver passar pelas nossas mãos a graça de Deus para dar um rumo, um caminho à vida de muitos!
fonte: Comunidade Shalom
O Perfil e a Espiritualidade do Ministro de Cura
Ao lermos os evangelhos, contemplamos Jesus, Filho de Deus, sempre a nos ensinar como devemos agir. No seu nascimento mostrou-nos a humildade; aos 12 anos vemos a sua familiaridade com a Palavra, quando pregava aos Doutores da Lei; até os seus 30 anos viveu oculto fazendo a vontade do Pai.
Podemos imagina-lo estudando a Palavra e orando sem cessar, se preparando para se revelar aos homens. Após seu batismo, foi para o deserto para orar e se preparar para exercer seu Ministério, e durante 3 anos de sua vida pública, nos deu exemplos de vida de oração, de pregação ao levar a Boa Nova, de amor e compaixão ao curar os doentes, ao libertar os cativos, ao perdoar os pecados. Ao ficar a sós com os discípulos Jesus os instruía e os enviava em missão. ( Lc 4,31-37; 5,12-15; 56,17-23; 10,1-8).
Jesus é o nosso mestre, é o modelo de vida que devemos seguir. Ele é a razão e o centro do nosso serviço no ministério de cura. À Êle devemos submeter toda a nossa vida, para a glória dÊle devemos servir e com Êle, consumir nossas vidas na construção do Seu Reino.
Como discípulos de Jesus, devemos cultivar em nós algumas atitudes básicas, para o exercício do ministério de cura: 1- Experiência pessoal de Deus; 2- Acolhimento; 3- Abertura aos carismas; 4 - Vivência Carismática; 5- Comunhão com a Palavra de Deus e com a doutrina da Igreja; 6- Postura de fé e de autoridade em Jesus Cristo; 7- Vida de louvor; 8- Fidelidade a Deus e a seu povo; 9- Autêntica e verdadeira devoção a Nossa Senhora; 10- Iniciativa, dedicação, doação e despojamento; 11- Vida comunitária e grupo de oração; 12- Escuta e sigilo; 13- Ser amadurecido na fé .
1- Experiência Pessoal de Deus:
O ministro de cura necessita da experiência pessoal de Deus, que se renova e se sustenta por uma vida de oração constante e diária, pelo estudo orante diário da Palavra de Deus, pela vida sacramental traduzida na participação freqüente, se possível, diária da santa missa e comunhão, e no sacramento da confissão mensal e sempre que sentir necessidade.
2- Acolhimento
O ministro de cura deve acolher o irmão como o próprio Jesus acolheria. Como servo de Jesus, deve ser ministro e discípulo da paz, anunciando, ministrando e transbordando em suas atitudes o Shalom do Pai.
Shalom, para o homem bíblico, significa uma harmonia plena de todo o ser do homem: espiritual, psicológica, física e material. E esse equilíbrio total só pode ser alcançado em Deus . Só nÊle se pode receber o Shalom, se pode obter a paz. A saudação significa todas as bênçãos que alguém pode alcançar. Na verdade, o homem bíblico, ao saudar o outro com este termo, estava desejando para o outro a salvação de Deus. Jesus é o Shalom do Pai, Jesus é a verdadeira paz. É Ele o centro do nosso ministério, é a Ele que devemos levar aqueles que anseiam pela paz. É a Ele, na verdade, que as pessoas estão buscando através de nós, através do nosso ministério. Para sermos ministros e discípulos da paz, precisamos buscar o Príncipe da Paz, alimentarmo-nos dÊle, vivermos nÊle e Êle em nós. Só assim, transbordaremos a Paz que o mundo tanto necessita e seremos instrumentos de reconciliação e pacificação, como São Francisco: " Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz, onde houver ódio..."
É indispensável cultivar em si, uma postura misericordiosa para com o irmão que procura ajuda. Ele vem ferido pelos seus pecados, pelos pecados do mundo, trazendo em si, cegueiras espirituais, ignorância na fé, entendimento, às vêzes, limitado das realidades humanas, revoltas, etc...Nesse contexto, é preciso fazer como Jesus, que primeiramente acolhia e no amor, ia curando as feridas, trazendo para a luz o que estava em trevas, ministrando o perdão e a reconciliação com o Pai, com os irmãos e consigo mesmo, DELICADAMENTE, TERNAMENTE.
3. Abertura aos Carismas
Se somos seguidores de Cristo e se queremos servir nesse ministério, devemos estar abertos à ação do Espírito Santo e deixar que os dons fluam em nós, pois o mesmo Espírito que esteve em Maria é o que esteve em Pentecostes, o mesmo que esteve no Batismo de Jesus, e no exercício de toda a Sua missão.
Quando recebemos a graça do Batismo, recebemos graças inerentes à graça fundamental. É a Trindade que se introduz nas nossas vidas e nos tornamos participantes na vida de Deus. Recebemos também os dons infusos, as virtudes e os carismas. Sobre estes últimos, dedicaremos um capítulo especial nesta apostila.
O ministro de cura deve ser dócil à ação da graça para amar e ser instrumento do poder de Deus para o irmão. Para isso, é necessário que tenha recebido a efusão do Espírito Santo.
4. Vivência Carismática:
É no poder do Espírito Santo que buscamos ser pacificados e podemos ser instrumentos de paz. A Renovação Carismática é desígnio de Deus para os nossos tempos; por isso, precisamos viver radicalmente essa dimensão, servindo à Igreja. Porque precisamos da libertação, da cura, da ciência, da sabedoria e dos milagres de Deus, é que clamamos o poder do Espírito Santo, em meio a um mundo secularizado, marcado pelo materialismo, pelo ateísmo cientificista, pelo hedonismo...mundo onde proliferam inúmeras seitas que desviam o homem do sentido e da experiência da Salvação.
5. Comunhão com a Palavra de Deus e a Doutrina da Igreja
É indispensável ao ministro de cura que direcione o aconselhamento em comunhão plena com a Palavra de Deus e a doutrina da Igreja Católica Apostólica Romana. As fontes seguras para fundamentar o aconselhamento são os documentos da Igreja e o Novo Catecismo. Sugerimos alguns conteúdos, entre vários outros que são importantes para o exercício do aconselhamento, em um capítulo especial nesta apostila.
É necessário uma postura de responsabilidade e seriedade junto às pessoas que se assiste, no compromisso que temos com Deus e com a Sua Igreja.
6. Postura de Fé e Autoridade em Jesus Cristo:
O ministro de cura deve cultivar a fé e a confiança no amor e no poder de Deus, que sempre derrama suas graças, porque ama e quer salvar e santificar seus filhos. Ter plena convicção de que traz em si o próprio Espírito Santo e Seus carismas, recebidos no Batismo e liberados pela efusão do Espírito Santo.
A autoridade é exercida por uma constante comunhão com o Senhor e em Seu nome: "Ao nome de Jesus se dobre todo joelho no céu, na terra e nos infernos" (Fl 2,10).
Essa comunhão com o Senhor é conquistada, como já falamos, por uma vida de oração, pela fuga ao pecado( buscar viver em estado de graça) e o desejo de sempre fazer a vontade de Deus. Sabemos ainda que a penitência e o jejum são auxílios eficazes para o ministro de cura exercer sua missão. O próprio Jesus referiu que alguns demônios só são expulsos pela oração e o jejum (Mc 9,14-29).
A penitência nos ajuda a melhor aproveitar das graças de Deus em nossa vida, pois, por ela, exercitamos o domínio sobre nossos impulsos e paixões. É preciso pedir que o Senhor nos ajude a levar uma vida santa. É Êle que nos dá a graça de querermos e agirmos, segundo o Seu Espírito (Fil 2,13).
A penitência nos ajuda a melhor aproveitar das graças de Deus em nossa vida, pois, por ela, exercitamos o domínio sobre nossos impulsos e paixões. É preciso pedir que o Senhor nos ajude a levar uma vida santa. É Êle que nos dá a graça de querermos e agirmos, segundo o Seu Espírito (Fil 2,13).
7. Vida de Louvor:
A exemplo da Trindade, na qual o pai se doa totalmente e nesta doação gera o Filho, e o Filho que devolve tudo ao Pai em louvor e ação de graças, gerando dessa doação mútua de amor, o Espírito Santo, devemos nos abrir a esse movimento contínuo de louvor e amor que liberta e transforma nossas vidas, fortalecendo-nos no combate contra o mal, pois sabemos que vivemos numa contínua batalha espiritual (Ef 6,10-20). Porém, sabemos também, antecipadamente , que a vitória é de Deus. O louvor nos fortalece no combate e na certeza da vitória. A murmuração, a tristeza, o desânimo arrefecem a nossa fé e nos fazem vacilar e até cair, muitas vezes (Josué 6,l-20; Ex l5; l6 ).
8. Fidelidade a Deus e a seu Povo:
Todo batizado deve caminhar em contínua busca de conversão para que reine em sua vida o homem novo, cheio do Espírito Santo, capaz para toda boa obra, que Deus reservou para nós, seus filhos, criados à Sua imagem e semelhança. Onde existe a luz, as trevas são dissipadas. Que reine a luz de Cristo em nossos corações. Só assim seremos instrumentos dóceis nas mãos de Deus, na construção do Seu reino, a serviço dos irmãos.
É necessário deixar o Espírito Santo formar em nós uma nova mentalidade, a mentalidade cristã. Precisamos aprender a discernir dentre as coisas que o mundo oferece, aquilo que é bom e cristão: no lazer, nas leituras, nos meios de comunicação, etc...se quero ser discípulo de Jesus, devo alimentar minha inteligência, meu coração e minha alma com um " bom alimento" , ou seja, de forma coerente com a minha fé e os valores cristãos, pois "a boca fala daquilo que o coração está cheio" (Lc 6,45).
A fidelidade a Deus vai transparecer na vida do ministro de cura pela santidade que ele busca. Por isso, ele deve ter um empenho dobrado em buscar a santidade (Lc 1,74-75).
A nossa defesa e a nossa guarda é a nossa santidade. E a nossa eficácia é a santidade de Cristo que exala em nós.
fonte: Comunidade Shalom
A arte de fazer amigos
Ao Dr. Philippe Madre
Philippe Madre é médico psiquiatra. Mora na França onde, há 25 anos, faz parte da Comunidade das Beatitudes (bem-aventuranças), uma comunidade católica que acolhe todos os estados de vida que se consagram no seguimento de Cristo; é uma comunidade que cresceu muito depressa, possui 1800 membros espalhados em muitas residências em todos os continentes do mundo. É também responsável pela obra Mãe da Misericórdia, que tem como meta auxiliar às jovens que cogitam sobre o aborto, para ajudá-las a escolher a vida; também oferece ajuda, em muitos países do mundo, às crianças que são maltratadas e às jovens que se submetem à prostituição.
Esteve em Fortaleza no mês de março, para pregar no Congresso de Cura e Aconselhamento, e aproveitamos a ocasião para entrevistá-lo.
Esteve em Fortaleza no mês de março, para pregar no Congresso de Cura e Aconselhamento, e aproveitamos a ocasião para entrevistá-lo.
Como o senhor vê o ministério de cura?
Philippe Madre: Pessoalmente, eu viajo muito pelo mundo num ministério de ensino e pregação da misericórdia de Deus e é verdade que o Senhor dá muitos frutos a este ensino, a esta pregação, por sinais de cura, muitas vezes surpreendentes, cura do coração, da alma, curas físicas, curas milagrosas porque o Espírito Santo age também hoje, tão fortemente quanto há dois mil anos.
A cura do corpo e da alma é algo de muito importante para o mundo de hoje e já era importante para Jesus. Há dois mil anos, anuncia-se a boa nova operando sinais e prodígios. Nós vivemos numa época muito atormentada. O homem está bem doente, seja em seu psiquismo, seja em seu coração, seja em sua própria vida - ele não encontra mais sentido para a vida.
Alguns, por causa dessa doença em sua vida e existência, procuram muitas formas de cura, de sentido para a vida que são mais ídolos que propriamente a Verdade. É por isso que para a Igreja Católica hoje a Evangelização é tão importante. E ela se acompanha sempre de curas físicas, psicológicas ou espirituais, porque estas curas primeiramente confirmam a verdade daquilo que é anunciado, a verdade de Jesus que morreu, ressuscitou e está vivo hoje, para cada um de nós.
O que a cura produz?
Philippe Madre: A cura transforma o coração. Pode-se dizer que as curas não servem apenas para funcionar como sinal, como agentes do espetáculo cristão, mas elas têm em si mesmas um poder de transformação do coração do homem, da vida do homem e elas lhe ensinam que ele é chamado à felicidade, não à tristeza, à angústia, à infelicidade. Eis por que não se pode hesitar em invocar o Espírito de Cristo ressuscitado, porque, a cada vez que se ensina a verdade cristã, Ele lá está e se produzem normalmente sinais de cura, de libertação dos corações.
Qual o papel da cura na Igreja?
Philippe Madre: Eu creio que é preciso destacar a importância da cura na Igreja de hoje para a Evangelização. Especialmente para fazer compreender a todos os homens e mulheres de nosso tempo que nosso Deus é um Deus de misericórdia. Jesus veio nos revelar que Deus não é um ser impessoal, mas é um Pai. É um Pai que toma conta de seus filhos. É verdade que Jesus não veio curar todo mundo. Ele veio para encontrar cada homem, tanto há dois mil anos como hoje. Jesus ama muito providenciar curas entre os cristãos e mesmo entre não cristãos. Para Ele, é uma maneira de nos mostrar que temos todos um Pai de misericórdia, mesmo os maiores pecadores, mesmo os mais distantes de Deus. Todos têm um Pai que quer doar-lhes a vida.
Eu me lembro bem de uma pessoa que foi curada diante dos meus olhos. Ela tinha uma paralisia de corpo inteiro, a partir do pescoço até os pés, fazia já catorze anos. Ela foi curada miraculosamente por uma prece de cura em nome de Jesus. Em menos de um minuto ela podia andar, podia dançar. Depois ela testemunhou que o mais importante para ela não foi a cura física, mas a descoberta de que Deus a amava como uma filha. Esta descoberta transformou sua vida em alegria.
Quem, realmente, necessita de cura?
Philippe Madre: A cura que Jesus traz a alguém nos lembra que todos temos necessidade de cura. Não necessariamente cura do corpo ou da alma, porque pode ser que tenhamos saúde, mas há uma cura de que todos temos necessidade, que é aquela de poder encontrar Jesus vivo! Atualmente, há muitos doentes neste mundo. Eles estão doentes porque não conhecem Jesus ou porque alguém lhes propõe falsas imagens de Jesus. Elas são como ídolos a quem se dá o nome de Jesus, mas que não são Jesus. Então, essa cura que todos precisam pedir é a de poder encontrar o verdadeiro Jesus, aquele que nos mostra que temos um Pai que nos ama e que nos dá a cada instante a vida em nossa existência.
Nosso coração é ferido. Nosso coração não conhece suficientemente a Deus. É verdade que temos o desejo de crer. Mas o desejo de crer em Jesus nem sempre é bastante. É preciso desejar crer em Jesus, mas é preciso aprender a conhecê-lo. E Jesus é a ressurreição e a vida, como diz o apóstolo João. Não sabemos sempre escolher a vida. Muitas vezes, escolhemos a morte sem saber. Mesmo se continuamos a viver normalmente nossa vida de cristão, às vezes, escolhemos a morte. Isso acontece sempre que nós escolhemos não abrir as portas do nosso coração a Jesus. E por que nós escolhemos fechar as portas do coração a Jesus? Porque há uma grande ferida em nosso coração. Esta ferida é a ferida do medo de Deus. Freqüentemente temos medo de Deus no mais profundo do nosso coração. E Deus entende isso. É por isso que Ele nos presenteia sua misericórdia. A misericórdia de Deus é o coração de Deus que toma nossas misérias para colocá-las dentro dele, dentro de seu coração. E é esta misericórdia que nos cura de nosso medo de Deus. Muitas vezes temos medo de Deus porque em nossa consciência, memória, temos eventos de nossa vida que nos fizeram mal, temos remorso, vivemos coisas que não queremos trazer para a luz, vivemos coisas que não nos deixam em paz. Temos em nosso coração revolta, amarguras e tudo isso faz com que, profundamente, tenhamos medo de Deus. Mas Deus, que é nosso Pai, é um Deus de misericórdia e Ele supera todas as misérias que estão sobre nós para vir habitar em nós, por nos amar. Você abre sua ferida profunda à presença de Deus, ao amor de Deus? A este amor que é misericórdia? Se você abre esta ferida, se você a dá para Deus, você saboreará esta misericórdia, e você escolherá a vida, viverá mais e mais no amor de teu Deus e você será feliz e perdoado.
fonte: Comunidade Shalom
Anamnese
Anamnese é o termo psicológico que representa a conversa que o médico deve ter com o paciente durante a consulta. E é o mesmo termo utilizado no Ministério de Cura para identificar tudo o que a pessoa nos fala no primeiro momento do atendimento. Na realidade é mais um monólogo, pois o ministro de cura deve saber escutar, muito mais do que falar. Para esse momento, deve-se criar um clima de profunda sinceridade, mas lembrar que a anamnese não é uma confissão.
O ministro de cura deve, com muita sabedoria, provocar a anamnese, e deve dirigi-la com precisão e paciência, tocando nos pontos fundamentais de maneira objetiva. Vários elementos são descobertos na anamnese, mas não dão a certeza dos fatos. Toda pessoa é um universo de coisas, de problemas de hereditariedade, de espiritualidade, est. E uma simples dedução intelectual não é suficiente para detectar a causa do problema ( Evitar as "achologias"). Por isso, é necessário em todo o processo está em constante união com o Espírito Santo e com os seus dons, principalmente a "Palavra de Sabedoria" e a "Palavra de Ciência", o dom das línguas, profecia, fé e discernimento dos espíritos.
- Direcionamento da Anamnese:
- 1 Práticas ocultas ( Pessoal e Familiar)
- 2 Experiências com alienação do psiquismo ( drogas, alcoolismo, fortes medicações, superdoses)
- 3 Depravações sexuais de qualquer espécie ( homossexualismo, masturbação, lesbianismo, etc.)
- 4 Problemas afetivos - família, namoro, matrimônio, com autoridades, carências afetivas em geral, etc.
O Ministério de Jesus e os Ministros de Cura
Nós sabemos que Jesus, o Filho único de Deus, veio ao mundo para a Salvação de toda a humanidade (Lc. 4,14-2l) e (Is 6l, l4-l5).
Jesus passou 30 anos de sua vida oculto. Quando estava no tempo propício, Ele apareceu no rio Jordão para ser batizado (Lc. 3,2l), naquele momento Ele recebeu a unção do Espírito Santo. Após o batismo, cheio da força do Espírito Santo, voltou para a Galiléia (Lc 4,14), nesse mesmo capítulo v.l8 e v. 19, vemos Jesus lendo a profecia de Isaías, que fala de sua missão.
Jesus veio ao mundo para curar o homem das mais diversas enfermidades: veio sarar os contritos de coração, ou seja, curar emocional e espiritualmente, "anunciar aos cativos a libertação".
Este é o ministério de Jesus. Esta é a missão de Jesus: salvar o homem todo, curando-o espiritual, física e emocionalmente, capacita-lo para amar os irmãos: "Amai-vos uns aos outros..." e conduzir a todos de volta ao Pai.
"Assim como o Pai me Enviou, eu vos envio" (Jo 17,17-19):
Olhando para nós os batizados, devemos ter certeza que recebemos o mesmo Batismo de Jesus e com Ele, a graça da eleição, da missão e da consagração, pois recebemos a unção do Espírito Santo , e por Ele, somos inseridos no Ministério de Jesus.
João Paulo II, na Encíclica: "Vocação e Missão dos Leigos na Igreja e no Mundo", refere as palavras do Concílio Vaticano II, sobre a importância da missão do leigo, exaltando a dignidade sacerdotal , profética e real de todo o povo de Deus, e afirmando: "Aquele que nasceu da Virgem Maria, o Filho do carpinteiro - como o julgavam - , o Filho
do Deus vivo, como confessou Pedro, veio para fazer de todos nós, ‘um reino de sacerdotes’ . O Concílio Vaticano II recordou-nos o mistério deste poder e o fato de que a missão de Cristo - Sacerdote, Profeta-Mestre, Rei - continua na Igreja. Todos, todo o povo de Deus participa dessa tríplice missão".
"Os fiéis leigos participam do múnus sacerdotal, pelo qual Jesus se ofereceu a si mesmo sobre a Cruz e continuamente se oferece na celebração da Eucaristia para glória do Pai e para a salvação da humanidade. Incorporados em Cristo Jesus, os batizados unem-se a ele e ao Seu sacrifício, na oferta de si mesmos e de todas as suas atividades...E deste modo, os leigos, agindo em toda a parte santamente, como adoradores, consagram a Deus o próprio mundo".
"A participação do múnus profético de Cristo, que pelo testemunho da vida e pela força da Palavra, proclamou o Reino do Pai, habilita e empenha os fiéis leigos a aceitar, na fé, o Evangelho e a anuncia-lo com a palavra e com as obras, sem medo de denunciar corajosamente o mal. Unidos a Cristo, o grande profeta e constituídos no Espírito testemunhas de Cristo Ressuscitado".
"Ao pertencerem a Cristo Senhor e Rei do universo, os fiéis leigos participam do seu múnus real e por ele são chamados para o serviço do Reino de Deus e para a sua difusão na história. Vivem a realeza cristã, sobretudo no combate espiritual para vencerem dentro de si o reino do pecado , e , depois, mediante o dom de si, para servirem, na caridade e na justiça, o próprio Jesus presente em todos os seus irmãos, sobretudo nos mais pequeninos".
"Assim, os fiéis leigos são chamados de forma particular a restituir à criação todo o seu valor originário. Ao ordenar as coisas criadas para o verdadeiro bem do homem, com uma ação animada pela vida da graça, os fiéis leigos participam do exercício do poder com que Jesus Ressuscitado atrai a si todas as coisas e as submete, com ele mesmo, ao Pai, de forma que Deus seja tudo em todos".
"A participação dos fiéis leigos do tríplice múnus de Cristo Sacerdote, Profeta e Rei encontra a sua raiz primeira na unção do Batismo, o seu desenvolvimento na Confirmação e a sua perfeição e sustento dinâmico na Eucaristia. É uma participação que se oferece a cada um dos fiéis leigos, mas enquanto formam o único Corpo do Senhor. Com efeito, é a Igreja que Jesus enriquece com os seus dons, qual seu Corpo e sua Esposa. Dessa forma, os indivíduos participam do tríplice múnus de Cristo enquanto membros da Igreja, como claramente ensina o apóstolo Pedro, que define os batizados como raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo que Deus adquiriu. (1 Pd 2,9). Precisamente, por derivar da comunhão eclesial, a participação dos fiéis leigos do tríplice múnus de Cristo exige ser vivida e atuada na comunhão e para o crescimento da mesma comunhão" (Exortação Apostólica de João Paulo II: "Christifideles Laici"- pgs. 30 a 33 - Edições Paulinas).
Portanto, o ministério de cura é um serviço que os leigos prestam à comunidade eclesial. É a continuação do ministério de Jesus. Quando um ministro de cura ora por uma pessoa, ele deve ter a convicção clara de que é um instrumento do qual Jesus se utiliza para curar (Ato 3,1-8). Ele usa nossos lábios, nossas mãos, nosso testemunho de fé. Ele usa de compaixão, olhando para a dor e para o sofrimento (físico, psicológico e espiritual) do homem. O ministério de cura é o ministério do amor e o poder de Deus se manifesta no amor. É fundamental que deixemos Deus colocar em nós o Seu amor, para sermos canais de Sua graça para os irmãos. (I Cor l2 e l3).
O batizado traz em si o Espírito Santo e com Ele, os Seus dons para que os coloque a serviço do irmão para a glória de Deus. Para exercermos este ministério, precisamos ter recebido a efusão do Espírito Santo e estarmos preparados pelo Seu Poder. As curas, os milagres, as libertações são os sinais que acompanham o anúncio da pessoa de Jesus como Senhor e Salvador da humanidade. (Mc l6, 17-20). A evangelização é indispensável no exercício do ministério de cura, através do qual Jesus quer estender a Sua Salvação a todos os que dÊle necessitam. Os doentes, os feridos, os aflitos precisam ser mergulhados na salvação de Jesus, por uma experiência pessoal do Seu amor. O ministro de cura é um veículo para que esta graça aconteça na vida de muitos irmãos.
"Na Renovação Carismática, o traço mais característico da oração pelos doentes é uma fé viva no poder de Deus para curar todos os nossos males, físicos e espirituais, quer sejam julgados curáveis , quer incuráveis. Esta fé é fruto da experiência: tanto de uma experiência pessoal, porque alguém foi curado, ou foi testemunha pessoal da cura de um outro.
A experiência repetida de ver produzirem-se curas extraordinárias nas pessoas pelas quais se rezou levou muitas pessoas engajadas na Renovação Carismática a compreender que Deus as chamava especialmente a um ministério ao serviço dos doentes. Essas pessoas são aquelas que, na terminologia de São Paulo, têm carismas de curas (1 Cor l2,30). Essas curas, realizadas de modo regular através do ministério de certas pessoas, mostram que se trata, em seu caso, de um dom e de uma vocação particular que lhes vêm de Deus. Mas o ministério do dom de curas não confere ao carismático o poder habitual de curar; é Deus quem cura, quando e do modo que escolhe, para manifestar seu poder através do ministério dessa pessoa.
(D. João Evangelista Martins Terra, SJ - "Os Carismas em São Paulo" - pgs.35 e 36 - Ed.Loyola)
Sem Acolhida, a cura é mais difícil
A acolhida é um passo fundamental no processo da cura, pois sem acolhida a pessoa encontra mais difiuldades para se abrir a ação curadora de Jesus. Muitas vezes a enfermidade da pessoa se origina por causa de um "fechamento", seja para Deus ou para o próximo. Quem se fecha para Deus, se fecha também para o próximo, sua vida começa a ficar vazia e sem um sentido para sua vida, então começam a surgir as enfermidades, sejam elas emocionais, psicológicas ou espirituais.
Por isso é fundamental acolher a pessoa, como Jesus a acolhe em seu coração de amor, desejoso por curá-la. Uma acolhida verdadeira, sincera, alegre e cheia de amor, quebra todas as barreiras iniciais que poderiam impedir a cura e o encontro, retiro ou grupo de oração começará diferente se houver esta acolhida, que se faz com servos bem preparados e com vida de oração. Ao contrário do que se pensa, na acolhida não pode estar qualquer um, para essa função também é preciso ter carisma.
A simples função de saudar aquele que chega com a paz de Jesus, abraçá-la e dizer que ela é bem vinda, não pode ser feito de qualquer jeito é preciso desenvolver essa função com unção, no mover do espírito. O servo que desenvolve esse verdadeiro ministério deve ser íntimo de Deus, pois somente assim ele poderá sentir o quanto deus espera por cada uma daquelas pessoas que estão chegando para o encontro de oração.
Se esse ministério for bem desenvolvido, o grupo poderá ter um nível muito melhor e encontrar menos dificuldades para se desenvolver, pois as pessoas já receberam uma motivação inicial, antes mesmo da reunião começar. E estaram mais abertas a cura que Jesus deseja operar.
Artigo de Alexandre Borges, acadêmico de Filosofia na UCDB de Campo Grande
Vícios e Tentações do Ministro de Aconselhamento e Oração
A dinâmica do atendimento no Ministério de Cura pode nos levar a cometer muitos deslizes, que comumente chamamos de vícios, os quais uma vez alertos poderemos evitá-los. Alguns vícios:
a) Interrupções desnecessárias;
b) Sermões;
c) Pregações;
d) Suspiros;
e) Demonstrar preocupação com o tempo, ou inquietação;
f) Falar da própria vida;
g) Sentar-se com posturas mal educadas;
h) Envolver-se emocionalmente com o problema do outro de forma exagerada, tomando-o para si;
i) Assumir ar de superioridade;
j) Menosprezar ou supervalorizar o problema;
Conscientes destas fraquezas, precisamos estar vigilantes nestas vivências de acolhida ao irmão, pois estas atitudes não propiciarão abertura do irmão ao acolher Jesus como seu Salvador.
b) Sermões;
c) Pregações;
d) Suspiros;
e) Demonstrar preocupação com o tempo, ou inquietação;
f) Falar da própria vida;
g) Sentar-se com posturas mal educadas;
h) Envolver-se emocionalmente com o problema do outro de forma exagerada, tomando-o para si;
i) Assumir ar de superioridade;
j) Menosprezar ou supervalorizar o problema;
Conscientes destas fraquezas, precisamos estar vigilantes nestas vivências de acolhida ao irmão, pois estas atitudes não propiciarão abertura do irmão ao acolher Jesus como seu Salvador.
A caminhada do Ministro de Cura requer freqüentes revisões de sua maneira de se portar, em face das tentações a que estar exposto. Daí, porque o atendimento jamais deveria ser feito por um único Ministro; não só pelo fato de viver a palavra, que nos garante que " quando dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, Eu estarei no meio deles", portanto certos da presença de Jesus, como ainda para confirmação da oração carismática e também para ficarmos sob o olhar fraterno do irmão, que também pode identificar nossas falhas.
Tentações mais freqüentes de um Ministro:
- Dar receitas;
- Utilizar experiências passadas, simplesmente fazendo comparações descabidas, já que cada pessoa é única e tem uma maneira própria de reagir às situações;
- Dar diagnósticos;
- Usar da sabedoria humana;
- Desânimo, preguiça, desleixo (pouco caso); desobediência ao coordenador;
- Se fazer necessário - coloca o acompanhado numa posição de submissão e dependência, em que ele requer acompanhamento permanente;
- Iluminismo;
- Envolvimento emocional;
- Acomodação na vida espiritual (ascese, oração pessoal e vida sacramental), gerando arrefecimento no ardor apostólico, e na fé.
- Utilizar experiências passadas, simplesmente fazendo comparações descabidas, já que cada pessoa é única e tem uma maneira própria de reagir às situações;
- Dar diagnósticos;
- Usar da sabedoria humana;
- Desânimo, preguiça, desleixo (pouco caso); desobediência ao coordenador;
- Se fazer necessário - coloca o acompanhado numa posição de submissão e dependência, em que ele requer acompanhamento permanente;
- Iluminismo;
- Envolvimento emocional;
- Acomodação na vida espiritual (ascese, oração pessoal e vida sacramental), gerando arrefecimento no ardor apostólico, e na fé.
fonte: Comunidade Shalom
-
- PONTIFÍCIO CONSELHO PARA A PROMOÇÃO DA UNIDADE DOS CRISTÃOS
-
- CONFERÊNCIA DE JUAN USMA GÓMEZ
A cura para pentecostais e católicos
O lema da Semana de Oração pela Unidade de 2007: "Faz ouvir os surdos e falar os mudos" (Mc 7, 31-37), reapresenta-nos um dos argumentos aparentemente mais controversos na relação entre católicos e pentecostais: a cura. Com efeito, ao lado do falar em línguas, a insistência densa de expectativas postas nas curas milagrosas constitui um dos "modos pentecostais" que provocam surpresa e perplexidade acerca da sua legitimidade e do seu sentido propriamente cristão.
Em quase todo o mundo, a promessa de cura tornou-se um leitmotiv com o qual as comunidades pentecostais e carismáticas atraem novos membros (1). Não obstante, ao admitir que essa visão é redutiva, devemos reconhecer que a promessa ou o anúncio de curas realizadas constituem um dos elementos mais "eficazes" de atracção nos nossos dias. Ser curado ou ser testemunha de uma cura realizada na comunidade de pertença torna-se cada vez mais importante.
Se tomarmos a Sagrada Escritura, vemos imediatamente que os Evangelhos trazem muitas narrações de curas. Sem dúvida, a compaixão de Cristo para com os doentes e as suas numerosas curas de enfermos de qualquer tipo são um claro sinal do facto que "Deus visitou o seu povo" (Lc 7, 16) e que o Reino de Deus está próximo (cf. Mt 10, 7; Lc 10, 9). Certamente, o ministério de Jesus realizava-se por intermédio de palavras de autoridade e obras poderosas. As curas por ele realizadas não são simples obras taumatúrgicas, mas, sem excepção, estão relacionadas com a fé do doente e tornam-se experiência messiânica (cf. Mt 8, 6-10; 9, 21-22, 27-30; Mc 2, 4-5; 10, 50-52; Lc 17, 17-22; Jo 9, 1), embora nem sempre reconhecida na sua bondade por aqueles que estão ao lado dos doentes (cf. Mc 2, 4-9; Jo 9, 13-40).
- Nas narrações neotestamentárias, contudo, Jesus não é o único curador. Ele próprio doa aos apóstolos o poder de curar. Os apóstolos e outros, no cumprimento da sua missão e como parte dela, realizaram curas em nome de Jesus; nunca como manifestação do próprio poder ou para os próprios fins (cf. Act 8, 13; 9, 36-43; 14, 8-11). Além disso, Paulo, na sua Carta aos Coríntios, refere-se a um carisma especial de cura que o Espírito Santo doa a alguns crentes a fim de que se manifeste a força da graça que provém do Ressuscitado (cf. 1 Cor 12, 9.28.30).
Até aqui tudo parece claro. Pedir a saúde do corpo e da alma é prática conhecida desde sempre na Igreja. Aliás, folheando as páginas do Catecismo da Igreja Católica lemos que: "O Senhor Jesus Cristo, médico das nossas almas e dos nossos corpos, que perdoou os pecados ao paralítico e lhe restituiu a saúde do corpo, quis que a Igreja continuasse, com a força do Espírito Santo, a sua obra de cura e de salvação, mesmo junto dos seus próprios membros" (2). Esta afirmação é plenamente partilhada pelos pentecostais; contudo, deve-se notar que no Catecismo ela introduz o capítulo dedicado aos "sacramentos de cura", isto é, os sacramentos da penitência e da reconciliação e a unção dos enfermos.
Para um católico, pedir a cura é legítimo. De facto, a Igreja em diversos momentos e com diferentes ritos, recita orações litúrgicas por essa intenção. São muito conhecidos os santos taumaturgos e os vários lugares de oração onde se dão inúmeros testemunhos de curas milagrosas. Pedir a graça da cura não é portanto estranho à prática católica. Todavia, isto não deve fazer esquecer ao cristão que nenhum mal é mais grave do que o pecado e nada tem piores consequências para os próprios pecadores, para a Igreja e para todo o mundo (3). A recuperação da saúde é importante se beneficiar a salvação espiritual (cf. Mt 9, 5-8). A cura é uma graça, mas a doença não é necessariamente a ausência dela: a união do doente à paixão de Cristo é fundamental para o seu bem e para o bem da Igreja (cf. Cl 1, 24).
Da parte dos evangélicos e pentecostais a abordagem é diferente. Às vezes, fala-se de diversas teologias da cura que, em geral, vinculam a cura à expiação de Cristo. E, se de qualquer modo a expectativa de cura é encorajada e o ministério de cura é considerado como um elemento legítimo do evangelismo, não raramente se ouvem vários líderes pentecostais que advertem os fiéis e/ou protestam contra certas práticas ilegítimas que, escondendo-se atrás de promessas de cura, apontam para projectos pessoais muito distantes do Evangelho. "A maior ameaça para o movimento pentecostal/carismático nos últimos vinte anos deste [XX] século serão o sucesso e a ruína dos "reinos pessoais", pois quando eles desabarem, como é inevitável que aconteça, a fé daqueles que não tiverem o olhar centrado em Cristo desabará com eles" (4).
O surgimento daqueles que exercem o carisma da cura, homens e mulheres, cuja "performance" se tornou ainda mais visível através dos mass media e dos grandes congressos, suscitou questões doutrinais e pastorais muito urgentes para todos os cristãos.
Reconhecidos como pertencentes sobretudo à terceira onda do pentecostalismo (third wavers), as pessoas que hoje se apresentam com o carisma da cura fazem referência a diversas tradições cristãs. Mas alguns desses "televangelistas" agem mais como televendedores de produtos religiosos, com uma consequente vantagem económica, e não raro, nas suas promessas de cura, percebem-se o engano e a intenção de explorar a boa fé das pessoas carentes. Nesta lógica, o risco de uma moderna "simonia" é altíssimo (cf. Act 8, 18-25).
Suscitam perplexidades o uso a bel-prazer do suposto "carisma de cura" e as revelações pessoais que frequentemente indicam a cura realizada ou a dificuldade apresentada por alguns dos presentes que impede a actuação da libertação do maligno. Ao referir-se aos textos neotestamentários, aqueles que exercem o carisma da cura se definem com frequência exorcistas; por conseguinte, a cura mais do que restabelecimento da saúde é antes libertação do maligno.
Embora admitindo a boa intenção das pessoas que neles depositam confiança, podem surgir dúvidas sobre a gratuidade e a consistência da fé de tais pessoas que parece depender não tanto de Jesus Cristo mas dos milagres, curas e performance dos líderes. O Evangelho então passa para o segundo plano.
Também na Igreja Católica, por influência do movimento carismático, as orações de cura expressas em grupo são muito comuns. A Congregação para a Doutrina da Fé publicou no ano 2000 a Instrução acerca das orações para obter de Deus a cura, destinada aos bispos com a finalidade de guiar os fiéis nesta matéria; a instrução quer favorecer o que há de bom na oração e corrigir o que deve ser evitado. A apresentação inclui uma parte doutrinal sobre as graças de cura e as orações para as obter e apresenta no final relativas disposições disciplinares (5).
Sobre a cura na Igreja, o Diálogo Internacional Católico-Pentecostal, na sua segunda fase, expressou algumas reflexões que até hoje são válidas, embora o assunto exija um ulterior aprofundamento comum a fim de evitar julgamentos injustos. No que diz respeito à cura, católicos e pentecostais concordam (6) sobre a necessidade da cruz (a busca da cura não é uma simples procura de bem-estar); a cura é um sinal do Reino; ela envolve a pessoa na sua totalidade; a expectativa confiante de receber a graça de uma cura não é contrária à vida cristã; nós cremos que somente Cristo tem o poder de curar. Todavia, não há acordo nem convergência acerca do aspecto sacramental e, por conseguinte, sobre a importância do ministro ordenado no que se refere aos sacramentos de cura, e em particular ao sacramento dos doentes.
Também hoje Cristo faz ouvir os surdos e falar os mudos. Também hoje o carisma da cura é doado a alguns crentes. Mas, embora reconhecendo a possibilidade da cura, pois estamos convictos de que a Deus nada é impossível, não podemos compreender os milagres de cura como condição necessária para a nossa fé cristã: não se deve necessariamente ver para crer (cf.Jo20, 24-29).
Portanto, o discernimento espiritual é ainda mais necessário para identificar um ministério autêntico. "Em razão da fragilidade humana, da pressão de grupo e de outros factores, é possível que o crente seja induzido em erro na sua consciência por aquelas que são a intenção e a influência do Espírito sobre as suas acções. Por este motivo, é essencial estabelecer os critérios para confirmar e convalidar a operação genuína do "Espírito de verdade" (cf. 1 Jo 4, 1-6)" (7).
Actualmente, os carismas e os dons do Espírito Santo adquirem uma crescente visibilidade, em alguns casos podemos dizer excessiva. Esta situação requer uma orientação a fim de que os carismas sejam identificados adequadamente e encontrem seu "espaço", para que sejam exercidos para o bem de toda a Igreja (cf. 1 Cor 12-14). Fornecer elementos de discernimento espiritual deveria contribuir para individualizar a autenticidade de uma experiência espiritual e a sua conformidade com a doutrina da Igreja, evitando desse modo desvios e iluminando as "experiências espirituais" dos crentes.
Concluo esta reflexão convidando a ler, discutir e avaliar o relatório final da quinta fase do Diálogo católico-pentecostal, que será publicado proximamente. O texto oferecerá a possibilidade de percorrer, com base nas fontes bíblicas e patrísticas, o caminho da fé, conversão, discipulado, experiência comunitária e percepção da acção do Espírito Santo (em particular em relação ao baptismo no Espírito). Os membros do diálogo apresentam reflexões comuns acerca de cada aspecto na situação actual, procurando evidenciar não somente a beleza da vida cristã, mas também a sua dinamicidade desde as origens. O documento articula-se em três pontos: como se tornar cristão segundo a Bíblia; o que acontece durante o período patrístico; quais são as abordagens pastorais actuais de ambas as comunidades.
Notas
1. Este facto foi constatado também durante os quatro seminários sobre o ecumenismo organizados pelo Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos no Brasil, Quénia, Senegal e Coreia.
2. Catecismo da Igreja Católica, 1421.
3. Cf. Catecismo da Igreja Católica, 1488.
4. W. MacDonald, The Cross versus Personal Kingdom, Pneuma 3/2, Fall 1982, em: W. Hollenweger, Pentecostalism: Origins and Developments Worldwide, Peabody 1997, p. 230.
5. Cf. Congregação para a Doutrina da Fé, Instrução acerca das orações para obter de Deus a cura, Vaticano, 14 de Setembro de 2000.
6. Diálogo Internacional Católico-Pentecostal, Relatório final 1977-1982, par. 31-40, original em: Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, Information Service [IS] 55 (1984/II-III).
- Diálogo Internacional Católico-Pentecostal, Relatório final (1972-1976), par. 40, original em: IS 32 (1976/III).
- INSTRUÇÃO SOBRE AS ORAÇÕES PARA ALCANÇAR DE DEUS A CURA
Introdução
O anseio de felicidade, profundamente radicado no coração humano, esteve sempre associado ao desejo de se libertar da doença e de compreender o seu sentido, quando se a experimenta. Trata-se de um fenómeno humano que, interessando de uma maneira ou de outra todas as pessoas, encontra na Igreja particular ressonância. Esta, de facto, vê a doença como meio de união com Cristo e de purificação espiritual e, para os que lidam com a pessoa doente, como uma ocasião de praticar a caridade.
Não é só isso porém; como os demais sofrimentos humanos, a doença constitui um momento privilegiado de oração, seja para pedir a graça de a receber com espírito de fé e de aceitação da vontade de Deus, seja também para implorar a cura.
A oração que implora o restabelecimento da saúde é, pois, uma experiência presente em todas as épocas da Igreja e naturalmente nos dias de hoje. Mas o que constitui um fenómeno sob certos aspectos novo é o multiplicar-se de reuniões de oração, por vezes associadas a celebrações litúrgicas, com o fim de alcançar de Deus a cura. Em certos casos, que não são poucos, apregoa-se a existência de curas alcançadas, criando assim a expectativa que o fenómeno se repita noutras reuniões do género. Em tal contexto, faz-se por vezes apelo a um suposto carisma de cura.
Essas reuniões de oração feitas para alcançar curas põem também o problema do seu justo discernimento sob o ponto de vista litúrgico, nomeadamente por parte da autoridade eclesiástica, a quem compete vigiar e dar as directivas oportunas em ordem ao correcto desenrolar das celebrações litúrgicas.
Achou-se, portanto, conveniente publicar uma Instrução, de acordo com o can. 34 do Código de Direito Canónico, que servisse sobretudo de ajuda aos Ordinários do lugar para melhor poderem orientar os fiéis neste campo, favorecendo o que nele haja de bom e corrigindo o que deva ser evitado. Era porém necessário que as disposições disciplinares tivessem como ponto de referência um fundado enquadramento doutrinal que garantisse a sua justa aplicação e esclarecesse a razão normativa. A tal fim, fez-se preceder a parte disciplinar com uma parte doutrinal sobre as graças de cura e as orações para alcançá-las.
I. ASPECTOS DOUTRINAIS
1. Doença e cura: seu significado e valor na economia da salvação
«O homem é destinado à alegria, mas todos os dias experimenta variadíssimas formas de sofrimento e de dor».(1) Por isso, o Senhor, nas suas promessas de redenção, anuncia a alegria do coração ligada à libertação dos sofrimentos (cfr. Is 30,29; 35,19; Bar 4,29). Ele é, de facto, «aquele que liberta de todos os males» (Sab 16,8). Entre os sofrimentos, os provocados pela doença são uma realidade constantemente presente na história humana, tornando-se, ao mesmo tempo, objecto do profundo desejo do homem de se libertar de todo o mal.
No Antigo Testamento, «Israel tem a experiência de que a doença está misteriosamente ligada ao pecado e ao mal».(2) Entre os castigos com que Deus ameaça o povo pela sua infidelidade, as doenças ocupam espaço de relevo (cfr. Dt 28,21-22.27-29.35). O doente que pede a Deus a cura reconhece que é justamente castigado pelos seus pecados (cfr. Sal 37; 40; 106,17-21).
A doença porém atinge também os justos e o homem interroga- se sobre o porquê. No livro de Job, essa interrogação está presente em muitas das suas páginas. «Se é verdade que o sofrimento tem um sentido de castigo, quando ligado à culpa, já não é verdade que todo o sofrimento seja consequência da culpa e tenha um carácter de punição. A figura do justo Job é uma especial prova disso no Antigo Testamento. (...) Se o Senhor permite que Job seja provado com o sofrimento, fá-lo para demostrar a sua justiça. O sofrimento tem carácter de prova».(3)
A doença, embora possa ter uma conotação positiva, como demonstração da fidelidade do justo e meio de reparar a justiça violada pelo pecado, e também como forma de levar o pecador a arrepender- se, enveredando pelo caminho da conversão, continua todavia a ser um mal. Por isso, o profeta anuncia os tempos futuros em que não haverá mais desgraças nem invalidez, e o decurso da vida nunca mais será interrompido com doenças mortais (cfr. Is 35,5-6; 65,19-20).
É todavia no Novo Testamento que encontra plena resposta a interrogação porque a doença atinge também os justos. Na actividade pública de Jesus, as suas relações com os doentes não são casuais, mas constantes. Cura a muitos deles de forma prodigiosa, tanto que essas curas milagrosas tornam-se uma característica da sua actividade: «Jesus percorria todas as cidades e aldeias, ensinando nas suas sinagogas, pregando o Evangelho do reino e curando todas as doenças e enfermidades» (Mt 9,35; cfr. 4,23). As curas são sinais da sua missão messiânica (cfr. Lc 7,20-23). Manifestam a vitória do reino de Deus sobre todas as espécies de mal e tornam-se símbolo do saneamento integral do homem, corpo e alma. Servem, de facto, para mostrar que Jesus tem o poder de perdoar os pecados (cfr. Mc 2,1- 12); são sinais dos bens salvíficos, como a cura do paralítico de Betsaida (cfr. Jo 5,2-9.19-21) e do cego de nascença (cfr. Jo 9).
Também a primeira evangelização, segundo as indicações do Novo Testamento, era acompanhada de numerosas curas prodigiosas que corroboravam o poder do anúncio evangélico. Aliás, tinha sido essa a promessa de Jesus ressuscitado, e as primeiras comunidades cristãs viam nelas que a promessa se cumpria entre eles: «Eis os milagres que acompanharão os que acreditarem: (...) quando impuserem as mãos sobre os doentes, ficarão curados» (Mc 16,17-18). A pregação de Filipe na Samaria foi acompanhada de curas milagrosas: «Filipe desceu a uma cidade da Samaria e começou a pregar o Messias àquela gente. As multidões aderiam unanimemente às palavras de Filipe, ao ouvi-las e ao ver os milagres que fazia. De muitos possessos saíam espíritos impuros, soltando enormes gritos, e numerosos paralíticos e coxos foram curados» (Actos 8,5-7). São Paulo apresenta o seu anúncio do Evangelho como sendo caracterizado por sinais e prodígios realizados com o poder do Espírito: «não ousaria falar senão do que Cristo realizou por meu intermédio, para levar os gentios à obediência da fé, pela palavra e pela acção, pelo poder dos sinais e prodígios, pelo poder do Espírito» (Rom 15,18-19; cfr. 1 Tes 1,5; 1 Cor 2,4-5). Não é por nada arbitrário supor que muitos desses sinais e prodígios, manifestação do poder divino que acompanhava a pregação, fossem curas prodigiosas. Eram prodígios que não estavam ligados exclusivamente à pessoa do Apóstolo, mas que se manifestavam também através dos fiéis: «Aquele que vos dá o Espírito e realiza milagres entre vós procede assim por cumprirdes as obras da Lei ou porque ouvistes a mensagem da fé?» (Gal 3,5).
A vitória messiânica sobre a doença, aliás como sobre outros sofrimentos humanos, não se realiza apenas eliminando-a com curas prodigiosas, mas também com o sofrimento voluntário e inocente de Cristo na sua paixão, e dando a cada homem a possibilidade de se associar à mesma. De facto, «o próprio Cristo, embora fosse sem pecado, sofreu na sua paixão penas e tormentos de toda a espécie e fez seus os sofrimentos de todos os homens: cumpria assim quanto d'Ele havia escrito o profeta Isaías (cfr. Is 53,4-5)».(4) Mais, «Na cruz de Cristo não só se realizou a Redenção através do sofrimento, mas também o próprio sofrimento humano foi redimido. (...) Realizando a Redenção mediante o sofrimento, Cristo elevou ao mesmo tempo o sofrimento humano ao nível de Redenção. Por isso, todos os homens, com o seu sofrimento, se podem tornar também participantes do sofrimento redentor de Cristo».(5)
A Igreja acolhe os doentes, não apenas como objecto da sua solicitude amorosa, mas também reconhecendo neles a chamada «a viver a sua vocação humana e cristã e a participar no crescimento do Reino de Deus com novas modalidades e mesmo mais preciosas. As palavras do apóstolo Paulo hão-de tornar-se programa e, ainda mais, a luz que faz brilhar aos seus olhos o significado de graça da sua própria situação: "Completo na minha carne o que falta à paixão de Cristo, em benefício do seu corpo que é a Igreja" (Col 1,24). Precisamente ao fazer tal descoberta, encontrou o apóstolo a alegria: "Por isso, alegro- me com os sofrimentos que suporto por vossa causa" (Col 1,24)».(6) Trata-se da alegria pascal, que é fruto do Espírito Santo. Como São Paulo, também «muitos doentes podem tornar-se veículo da "alegria do Espírito Santo em muitas tribulações" (1 Tes 1,6) e ser testemunhas da ressurreição de Jesus».(7)
2. O desejo da cura e a oração para alcançá-la
Salva a aceitação da vontade de Deus, o desejo que o doente sente de ser curado é bom e profundamente humano, sobretudo quando se traduz em oração confiante dirigida a Deus. O Ben-Sirá exorta a fazê-lo: «Filho, não desanimes na doença, mas reza ao Senhor e Ele curar-te-á» (Sir 38,9). Vários salmos são uma espécie de súplica de cura (cfr. Sal 6; 37; 40; 87).
Durante a actividade pública de Jesus, muitos doentes a Ele se dirigem, ou directamente ou através de seus amigos e parentes, implorando a recuperação da saúde. O Senhor acolhe esses pedidos, não se encontrando nos Evangelhos o mínimo aceno de reprovação dos mesmos. A única queixa do Senhor refere-se à eventual falta de fé: «Se posso? Tudo é possível a quem acredita» (Mc 9,23; cfr. Mc 6,5-6; Jo 4,48).
Não só é louvável a oração de todo o fiel que pede a cura, sua ou alheia, mas a própria Igreja na sua liturgia pede ao Senhor pela saúde dos enfermos. Antes de mais, tem um sacramento «destinado de modo especial a confortar os que sofrem com a doença: a Unção dos enfermos».(8) «Nele, por meio da unção e da oração dos presbíteros, a Igreja recomenda os doentes ao Senhor padecente e glorificado para que os alivie e salve».(9) Pouco antes, na bênção da óleo, a Igreja reza: «derramai a vossa santa bênção para que [o óleo] sirva a quantos forem com ele ungidos de auxílio do corpo, da alma e do espírito, para alívio de todas as dores, fraquezas e doenças»;(10) e, a seguir, nos dois primeiros formulários da oração após a Unção, pede-se mesmo a cura do enfermo.(11) A cura, uma vez que o sacramento é penhor e promessa do reino futuro, é também anúncio da ressurreição, quando «não haverá mais morte nem luto, nem gemidos nem dor, porque o mundo antigo desapareceu» (Ap 21,4). Por sua vez, o Missale Romanum contém uma Missa pro infirmis, onde, além de graças espirituais, se pede a saúde dos doentes.(12)
No De benedictionibus do Rituale Romanum existe um Ordo benedictionis infirmorum que contém diversos textos eucológicos para implorar a cura: no segundo formulário das Preces,(13) nas quatro Orationes benedictionis pro adultis,(14) nas duas Orationes benedictionis pro pueris,(15) na oração do Ritus brevior.(16)
É óbvio que o recurso à oração não exclui, antes encoraja, o emprego dos meios naturais úteis a conservar e a recuperar a saúde e, por outro lado, estimula os filhos da Igreja a cuidar dos doentes e a aliviá-los no corpo e no espírito, procurando vencer a doença. Com efeito, «reentra no próprio plano de Deus e da sua Providência que o homem lute com todas as forças contra a doença em todas as suas formas e se esforce, de todas as maneiras, por manter-se em saúde».(17)
3. O carisma da cura no Novo Testamento
Não só as curas prodigiosas confirmavam o poder do anúncio evangélico nos tempos apostólicos; o próprio Novo Testamento fala de uma verdadeira e própria concessão aos Apóstolos e aos outros primeiros evangelizadores de um poder de curar as enfermidades em nome de Jesus. Assim, ao enviar os Doze para a sua primeira missão, o Senhor, segundo a narração de Mateus e de Lucas, concede-lhes «o poder de expulsar os espíritos impuros e de curar todas as doenças e enfermidades» (Mt 10,1; cfr. Lc 9,1) e dá-lhes a ordem: «Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, sarai os leprosos, expulsai os demónios» (Mt 10,8). Também na primeira missão dos setenta e dois, a ordem do Senhor é: «curai os enfermos que aí houver» (Lc 10,9). O poder, portanto, é concedido dentro de um contexto missionário, não para exaltar as pessoas enviadas, mas para confirmar a sua missão.
Os Actos dos Apóstolos referem de modo genérico prodígios operados por estes: «inúmeros prodígios e milagres realizados pelos Apóstolos» (Actos 2,43; cfr. 5,12). Eram prodígios e sinais e, portanto, obras portentosas que manifestavam a verdade e a força da sua missão. Mas, além destas breves indicações genéricas, os Actos referem sobretudo curas milagrosas, realizadas pelos evangelizadores individualmente: Estêvão (cfr. Actos 6,8), Filipe (cfr. Actos 8,6-7) e sobretudo Pedro (cfr. Actos 3,1-10; 5,15; 9,33-34.40-41) e Paulo (cfr. Actos 14,3.8-10; 15,12; 19,11-12; 20,9-10; 28,8-9).
Quer a parte final do Evangelho de Marcos quer a Carta aos Gálatas, como antes se viu, alargam a perspectiva e não circunscrevem as curas prodigiosas à actividade dos Apóstolos e de alguns evangelizadores que tiveram papel de relevo na primeira missão. Neste particular contexto, são de extrema importância as referências aos «carisma de cura» (1 Cor 12,9.28.30). O significado de carisma é, por si, muito amplo: o de «dom generoso»; no caso em questão, trata-se de «dons de curas obtidas». Estas graças, no plural, são atribuídas a um único sujeito (cfr. 1 Cor 12,9) e, portanto, não se devem entender em sentido distributivo, como curas que cada um dos curados recebe para si mesmo; devem, invés, entender-se como dom concedido a uma determinada pessoa de obter graças de curas em favor de outros. É dado in uno Spiritu, sem contudo se especificar o modo como essa pessoa obtém as curas. Não seria descabido subentender que o seja através da oração, talvez acompanhada de algum gesto simbólico.
Na Carta de São Tiago, faz-se aceno a uma intervenção da Igreja, através dos presbíteros, em favor da salvação, mesmo em sentido físico, dos doentes. Não se dá, porém, a entender se se trata de curas prodigiosas: estamos num contexto diferente do dos «carismas de curas» da 1 Cor 12,9. «Algum de vós está doente? Chame os presbíteros da Igreja para que orem sobre ele, ungindo-o com o óleo em nome do Senhor. A oração da fé salvará o doente e o Senhor o confortará e, se tiver pecados, ser-lhe-ão perdoados» (Tg 5,14-15). Trata-se de um acto sacramental: unção do doente com óleo e oração sobre ele, não simplesmente «por ele», como se fosse apenas uma oração de intercessão ou de súplica. Mais propriamente, trata-se de uma acção eficaz sobre o enfermo.(18) Os verbos «salvará» e «confortará» não exprimem uma acção que tenha em vista, exclusivamente ou sobretudo, a cura física, mas de certo modo incluem-na. O primeiro verbo, se bem que nas outras vezes que aparece na dita Carta se refira à salvação espiritual (cfr. 1,21; 2,14; 4,12; 5,20), é também usado no Novo Testamento no sentido de «curar» (cfr. Mt 9,21; Mc 5,28.34; 6,56; 10,52; Lc 8,48); o segundo verbo, embora assuma por vezes o sentido de «ressuscitar» (cfr. Mt 10,8; 11,5; 14,2), também é usado para indicar o gesto de «levantar» a pessoa que está acamada por causa de uma doença, curando-a de forma prodigiosa (cfr. Mt 9,5; Mc 1,31; 9,27; Actos 3,7).
4. As orações para alcançar de Deus a cura na Tradição
Os Padres da Igreja consideravam normal que o crente pedisse a Deus, não só a saúde da alma, mas também a do corpo. A propósito dos bens da vida, da saúde e da integridade física, Santo Agostinho escrevia: «É preciso rezar para que nos sejam conservados, quando se os tem, e que nos sejam concedidos, quando não se os tem».(19) O mesmo Padre da Igreja deixou-nos o testemunho da cura de um amigo, alcançada graças às orações de um bispo, de um sacerdote e de alguns diáconos na sua casa.(20)
A mesma orientação se encontra nos ritos litúrgicos, tanto ocidentais como orientais. Numa oração depois da Comunhão, pede-se que «este sacramento celeste nos santifique totalmente a alma e o corpo».(21) Na solene liturgia da Sexta-Feira Santa convida-se a rezar a Deus Pai todo-poderoso para que «afaste as doenças... dê saúde aos enfermos».(22) Entre os textos mais significativos, destaca-se o da bênção do óleo dos enfermos. Nele pede-se a Deus que derrame a sua santa bênção sobre o óleo, a fim de que «sirva a quantos forem com ele ungidos de auxílio do corpo, da alma e do espírito, para alívio de todas as dores, fraquezas e doenças».(23)
Não são diferentes as expressões que se lêem nos rituais orientais da Unção dos enfermos. Citamos apenas alguns dos mais significativos. No rito bizantino, durante a unção do enfermo reza-se: «Pai Santo, médico das almas e dos corpos, Vós que enviastes o vosso Filho unigénito Jesus Cristo para curar de toda a doença e libertar-nos da morte, curai também, pela graça do vosso Cristo, este vosso servo da enfermidade do corpo e do espírito que o aflige».(24) No rito copto pede-se ao Senhor que abençoe o óleo para que todos os que com ele forem ungidos possam alcançar a saúde do espírito e do corpo. Depois, durante a unção do enfermo, os sacerdotes, depois de terem mencionado Jesus Cristo, mandado ao mundo «para curar todas as enfermidades e libertar da morte», pedem a Deus «que cure o enfermo das enfermidades do corpo e lhe indique o recto caminho».(25)
5. O «carisma de cura» no contexto actual
No decorrer dos séculos da história da Igreja, não faltaram santos taumaturgos que realizaram curas milagrosas. O fenómeno, portanto, não estava circunscrito ao tempo apostólico. O chamado «carisma de cura», sobre o qual convém hoje dar alguns esclarecimentos doutrinais, não fazia parte porém desses fenómenos taumaturgos. O problema põe- se sobretudo com as reuniões de oração que os acompanham, organizadas no intuito de obter curas prodigiosas entre os doentes que nelas participam, ou então com as orações de cura que, com o mesmo fim, se fazem a seguir à Comunhão eucarística.
As curas ligadas aos lugares de oração (nos santuários, junto de relíquias de mártires ou de outros santos, etc.) são abundantemente testemunhadas ao longo da história da Igreja. Na antiguidade e na idade média, contribuíram para concentrar as peregrinações em determinados santuários, que se tornaram famosos também por essa razão, como o de São Martinho de Tours ou a catedral de Santiago de Compostela e tantos outros. O mesmo acontece na actualidade, como, por exemplo, há mais de um século com Lourdes. Estas curas não comportam um «carisma de cura», porque não estão ligadas a um eventual detentor de tal carisma, mas há que tê-las em conta ao procurar ajuizar, sob o ponto de vista doutrinal, as referidas reuniões de oração.
No que concerne as reuniões de oração feitas com a finalidade precisa de alcançar curas, finalidade, se não dominante, ao menos certamente influente na programação das mesmas, convém distinguir entre as que possam dar a entender um «carisma de cura», verdadeiro ou aparente, e as que nada têm a ver com esse carisma. Para que possam estar ligadas a um eventual carisma, é necessário que nelas sobressaia, como elemento determinante para a eficácia da oração, a intervenção de uma ou várias pessoas individualmente ou de uma categoria qualificada, por exemplo, os dirigentes do grupo que promove a reunião. Não havendo relação com o «carisma de cura», é óbvio que as celebrações previstas nos livros litúrgicos, se realizadas em conformidade com as normas litúrgicas, são lícitas e até muitas vezes oportunas, como é o caso da Missa pro infirmis. Quando não respeitarem as normas litúrgicas, perdem a sua legitimidade.
Nos santuários são também frequentes outras celebrações que, por si, não se destinam especificamente a implorar de Deus graças de curas, mas que nas intenções dos organizadores e dos que nelas participam têm, como parte importante da sua finalidade, a obtenção de curas. Com esse objectivo, costumam fazer-se celebrações litúrgicas, como é o caso da exposição do Santíssimo Sacramento com bênção, ou não litúrgicas, mas de piedade popular, que a Igreja encoraja, como pode ser a solene reza do Terço. Também estas celebrações são legítimas, uma vez que não se altere o seu significado autêntico. Por exemplo, não se deveria pôr em primeiro plano o desejo de alcançar a cura dos doentes, fazendo com que a exposição da Santíssima Eucaristia venha a perder a sua finalidade; esta, de facto, «leva a reconhecer nela a admirável presença de Cristo e convida à íntima união com Ele, união que atinge o auge na comunhão sacramental».(26)
O «carisma de cura» não se atribui a uma determinada categoria de fiéis. É, aliás, bem claro que São Paulo, quando se refere aos diversos carismas em 1 Cor 12, não atribui o dom dos «carismas de cura» a um grupo particular: ao dos apóstolos ou dos profetas, ao dos mestres ou dos que governam, ou a outro qualquer. A lógica que preside à sua distribuição é, invés, outra: «é um só e mesmo Espírito que faz tudo isto, distribuindo os dons a cada um conforme Lhe agrada» (1 Cor 12,11). Por conseguinte, nas reuniões de oração organizadas com o intuito de implorar curas, seria completamente arbitrário atribuir um «carisma de cura» a uma categoria de participantes, por exemplo, aos dirigentes do grupo. Dever-se-ia confiar apenas na vontade totalmente livre do Espírito Santo, que dá a alguns um especial carisma de cura para manifestar a força da graça do Ressuscitado. Há que recordar, por outro lado, que nem as orações mais intensas alcançam a cura de todas as doenças. Assim São Paulo tem de aprender do Senhor que «basta-te a minha graça, porque é na fraqueza que se manifesta todo o meu poder» (2 Cor 12,9) e que os sofrimentos que se têm de suportar podem ter o mesmo sentido do «completo na minha carne o que falta à paixão de Cristo, em benefício do seu corpo que é a Igreja» (Col 1,24).
II. DISPOSIÇÕES DISCIPLINARES
Art. 1 - Todo o fiel pode elevar preces a Deus para alcançar a cura. Quando estas se fazem numa igreja ou noutro lugar sagrado, convém que seja um ministro ordenado a presidi-las.
Art. 2 - As orações de cura têm a qualificação de litúrgicas, quando inseridas nos livros litúrgicos aprovados pela autoridade competente da Igreja; caso contrário, são orações não litúrgicas.
Art. 3 - § 1. As orações de cura litúrgicas celebram-se segundo o rito prescrito e com as vestes sagradas indicadas no Ordo benedictionis infirmorum do Rituale Romanum.(27)
§ 2. As Conferências Episcopais, em conformidade com quanto estabelecido nos Praenotanda, V, De aptationibus quae Conferentiae Episcoporum competunt(28) do mesmo Rituale Romanum, podem fazer as adaptações ao rito das bênçãos dos enfermos, que considerarem pastoralmente oportunas ou eventualmente necessárias, com prévia revisão da Sé Apostólica.
Art. 4 - § 1. O Bispo diocesano(29) tem o direito de emanar para a própria Igreja particular normas sobre as celebrações litúrgicas de cura, conforme o can. 838, § 4.
§ 2. Os que estão encarregados de preparar ditas celebrações litúrgicas, deverão ater-se a essas normas na realização das mesmas.
§ 3. A licença de realizar ditas celebrações tem de ser explícita, mesmo quando organizadas por Bispos ou Cardeais ou estes nelas participem. O Bispo diocesano tem o direito de negar tal licença a qualquer Bispo, sempre que houver uma razão justa e proporcionada.
Art. 5 - § 1. As orações de cura não litúrgicas realizam-se com modalidades diferentes das celebrações litúrgicas, tais como encontros de oração ou leitura da Palavra de Deus, salva sempre a vigilância do Ordinário do lugar, em conformidade com o can. 839, § 2.
§ 2. Evite-se cuidadosamente confundir estas orações livres não litúrgicas com as celebrações litúrgicas propriamente ditas.
§ 3. É necessário, além disso, que na sua execução não se chegue, sobretudo por parte de quem as orienta, a formas parecidas com o histerismo, a artificialidade, a teatralidade ou o sensacionalismo.
Art. 6 - O uso de instrumentos de comunicação social, nomeadamente a televisão, durante as orações de cura, tanto litúrgicas como não litúrgicas, é submetido à vigilância do Bispo diocesano, em conformidade com o estabelecido no can. 823 e com as normas emanadas pela Congregação para a Doutrina da Fé na Instrução de 30 de Março de 1992.(30)
Art. 7 - § 1. Mantendo-se em vigor quanto acima disposto no art. 3 e salvas as funções para os doentes previstas nos livros litúrgicos, não devem inserir-se orações de cura, litúrgicas ou não litúrgicas, na celebração da Santíssima Eucaristia, dos Sacramentos e da Liturgia das Horas.
§ 2. Durante as celebrações, a que se refere o art. 1, é permitido inserir na oração universal ou «dos fiéis» intenções especiais de oração pela cura dos doentes, quando esta for nelas prevista.
Art. 8 - § 1. O ministério do exorcismo deve ser exercido na estreita dependência do Bispo diocesano e, em conformidade com o can. 1172, com a Carta da Congregação para a Doutrina da Fé de 29 de Setembro de 1985(31) e com o Rituale Romanum.(32)
§ 2. As orações de exorcismo, contidas no Rituale Romanum, devem manter-se distintas das celebrações de cura, litúrgicas ou não litúrgicas.
§ 3. É absolutamente proibido inserir tais orações na celebração da Santa Missa, dos Sacramentos e da Liturgia das Horas.
Art. 9 - Os que presidem às celebrações de cura, litúrgicas ou não litúrgicas, esforcem-se por manter na assembleia um clima de serena devoção, e actuem com a devida prudência, quando se verificarem curas entre os presentes. Terminada a celebração, poderão recolher, com simplicidade e precisão, os eventuais testemunhos e submeterão o facto à autoridade eclesiástica competente.
Art. 10 - A intervenção da autoridade do Bispo diocesano é obrigatória e necessária, quando se verificarem abusos nas celebrações de cura, litúrgicas ou não litúrgicas, em caso de evidente escândalo para a comunidade dos fiéis ou quando houver grave inobservância das normas litúrgicas e disciplinares.
O Sumo Pontífice João Paulo II, na Audiência concedida ao abaixo assinado Prefeito, aprovou a presente Instrução, decidida na reunião ordinária desta Congregação, e mandou que fosse publicada.
Roma, Sede da Congregação para a Doutrina da Fé, 14 de Setembro de 2000, Festa da exaltação da Santa Cruz.
+ Joseph Card. RATZINGER,
Prefeito
Prefeito
+ Tarcisio BERTONE, S.D.B.,
Arc. Emérito de Vercelli,
Secretário
Arc. Emérito de Vercelli,
Secretário
(1) JOÃO PAULO II, Exortação Apostólica Christifideles laici, n. 53, AAS 81(1989), p. 498.
(2) Catecismo da Igreja Católica, n. 1502.
(3) JOÃO PAULO II, Carta Apostólica Salvifici doloris, n. 11, AAS, 76(1984), p. 12.
(4) Rituale Romanum, Ex Decreto Sacrosancti Oecumenici Concilii Vaticani II instauratum, Auctoritate Pauli PP. VI promulgatum, Ordo Unctionis Infirmorum eorumque Pastoralis Curae, Editio typica, Typis Polyglottis Vaticanis, MCMLXXII, n. 2.
(5) JOÃO PAULO II, Carta Apostólica Salvifici doloris, n. 19, AAS, 76(1984), p. 225.
(6) JOÃO PAULO II, Exortação Apostólica Christifideles laici, n. 53, AAS 81(1989), p. 499.
(7) Ibid., n. 53.
(8) Catecismo da Igreja Católica, n. 1511.
(9) Cfr. Rituale Romanum, Ordo Unctionis Infirmorum eorumque Pastoralis Curae, n. 5.
(10) Ibid., n. 75.
(11) Cfr. Ibid., n. 77.
(12) Missale Romanum, Ex Decreto Sacrosancti Oecumenici Concilii Vaticani II instauratum, Auctoritate Pauli PP. VI promulgatum, Editio typica altera, Typis Polyglottis Vaticanis, MCMLXXV, pp. 838- 839.
(13) Cfr. Rituale Romanum, Ex Decreto Sacrosancti Oecumenici Concilii Vaticani II instauratum, Auctoritate Ioannis Pauli II promulgatum, De Benedictionibus, Editio typica, Typis Polyglottis Vaticanis, MCMLXXXIV, n. 305.
(14) Cfr. Ibid., nn. 306-309.
(15) Cfr. Ibid., nn. 315-316.
(16) Cfr. Ibid., n. 319.
(17) Rituale Romanum, Ordo Unctionis Infirmorum eorumque Pastoralis Curae, n. 3.
(18) Cfr. CONCILIO DE TRENTO, sessão XIV, Doctrina de sacramento extremae unctionis, cap. 2: DS, 1696.
(19) AUGUSTINUS IPPONIENSIS, Epistulae 130, VI,13 (PL 33,499).
(20) Cfr. AUGUSTINUS IPPONIENSIS, De Civitate Dei 22, 8,3 (PL 41,762-763).
(21) Cfr. Missale Romanum, p. 563.
(22) Ibid., Oratio universalis, n. X (Pro tribulatis), p. 256.
(23) Rituale Romanum, Ordo Unctionis Infirmorum eorumque Pastoralis Curae, n. 75.
(24) GOAR J., Euchologion sive Rituale Graecorum, Venetiis 1730 (Graz 1960), n. 338.
(25) DENZINGER H., Ritus Orientalium in administrandis Sacramentis, vv. I-II, Würzburg 1863 (Graz 1961), v. II, 497-498.
(26) Rituale Romanum, Ex Decreto Sacrosancti Oecumenici Concilii Vaticani II instauratum, Auctoritate Pauli PP. VI promulgatum, De Sacra Communione et de Cultu Mysterii Eucharistici Extra Missam, Editio typica, Typis Polyglottis Vaticanis, MCMLXXIII, n. 82.
(27) Cfr. Rituale Romanum, De Benedictionibus, nn. 290-320.
(28) Ibid., n. 39.
(29) E quantos a ele são equiparados em virtude do can. 381, § 2.
(30) CONGREGAÇÃO PARA A DOUTRINA DA FÉ, Instrução Il Concilio Vaticano II, Sobre alguns aspectos do uso dos instrumentos de comunicação social para a promoção da doutrina da fé, Cidade do Vaticano [1992].
(31) CONGREGATIO PRO DOCTRINA FIDEI, Epistula Inde ab aliquot annis, Ordinariis locorum missa: in mentem normae vigentes de exorcismis revocantur, 29 septembris 1985, in AAS 77(1985), pp. 1169-1170.
- Cfr. Rituale Romanum, Ex Decreto Sacrosancti Oecumenici Concilii Vaticani II instauratum, Auctoritate Pauli PP. VI promulgatum, De exorcismis et supplicationibus quibusdam, Editio typica, Typis Vaticanis, MIM, Praenotanda, nn. 13-19.
Cura emocional e físicaPadre Rufus pregando em acampamento de Cura e Libertação
A cura de que mais precisamos é a cura espiritual, é a cura que experimentamos e sentimos todo o perdão e amor de Deus em nossa vida. Pecar contra Deus é o maior mal. A cura mais importante que o Senhor nos oferece é a condição de perdoar. Isso acontece quando nos colocamos diante de Deus em um profundo arrependimento. É muito importante fazermos uma confissão profunda e sincera da nossa vida.
A segunda cura de que mais precisamos é a emocional ou interior. A terceira é a cura física, mas é a cura menos importante. Por isso eu nunca faço uma palestra só sobre cura física, porque eu vejo que esta vem quando somos curados interiormente. Precisamos nos libertar da influência que o mal tem sobre a nossa vida. A cura de que mais precisamos é a cura interior, que não é só importante, mas necessária, é a chave para a cura completa.
Quando a gente reza por uma pessoa drogada a primeira cura que a gente faz é a cura interior, para ver o que a levou a se viciar. A pessoa não é curada fisicamente antes de ser curada interiormente. Geralmente as doenças físicas são marcas das doenças interiores.
A segunda cura de que mais precisamos é a emocional ou interior. A terceira é a cura física, mas é a cura menos importante. Por isso eu nunca faço uma palestra só sobre cura física, porque eu vejo que esta vem quando somos curados interiormente. Precisamos nos libertar da influência que o mal tem sobre a nossa vida. A cura de que mais precisamos é a cura interior, que não é só importante, mas necessária, é a chave para a cura completa.
Quando a gente reza por uma pessoa drogada a primeira cura que a gente faz é a cura interior, para ver o que a levou a se viciar. A pessoa não é curada fisicamente antes de ser curada interiormente. Geralmente as doenças físicas são marcas das doenças interiores.
A cura interior é importante e necessária, todos nós precisamos dela, porque até mesmo Jesus queria ser inteiramente curado. A cura interior é importante porque muitas vezes os remédios não são bons para nós. Mas, por favor, me entendam: a medicina é importante, mas quando os médicos não podem fazer nada, Jesus pode. Por exemplo, tratamentos com psiquiatras, é um tratamento caro e as pessoas pobres não têm acesso a ele, por isso, a cura interior é muito importante.
Eu sempre digo que em toda a paróquia precisava haver tratamento de cura interior porque somos educados de uma forma que nos prejudica. Na nossa árvore genealógica aconteceram fatos que nos causam feridas hoje, e essas coisas permanecem no profundo do nosso ser e do nosso inconsciente.
Como essas coisas podem afetar minha vida hoje? É o que São Paulo nos diz em Romanos 7, 19: “Não faço o bem que quereria, mas o mal que não quero”. Eu disse ontem que a razão pela qual fazemos isso são os nossos pecados, e a segunda razão sãos as mágoas que adquirimos das pessoas, e nós rezamos por cura interior sobre isso.
Imagine uma pessoa que foi concebida fora do casamento em adultério, isso pode afetar a vida dela por muito tempo. Criança prematura, criança que perde o pai ou cujo avô se supõe que tenha cometido suicídio, tudo isso pode afetar a vida da pessoa por muito tempo.
Como eu posso saber e como orar pela minha cura interior? É simples, até os médicos podem usar isso. Primeiro precisamos observar os sintomas internos. Se a pessoa tem dores de cabeça pode ser por algumas razões como: batido a cabeça na parede, ou teve malária, tifo, etc, ou pode ser uma razão emocional como medo de fazer prova. Eu preciso observar cuidadosamente os sintomas, preciso saber quais são os sintomas emocionais.
Eu costumo perguntar quais os sintomas que mais aparecem. Uma pessoa que se sente triste quando está sozinha, ou raiva, é bom sempre sabermos o sintoma que a pessoa tem. É muito importante detectar o diagnóstico correto, mas não podemos parar nos sintomas, precisamos pedir ao Senhor que nos mostre as doenças físicas e emocionais.
Todo o ser humano tem quatro tipos de sintomas. Primeiro sintoma é a rejeição. A rejeição vem quando eu sinto que não sou amado por aquela pessoa que eu espero. Não significa que não me amam, mas eu sinto que não me amam. Talvez essas pessoas não receberam amor, então, não sabem dar amor. Jesus passou por isso: “Jesus veio para os seus, mas os seus não O receberam”. Ele foi levado à morte por causa da inveja dos homens. Mas o que o Senhor disse na cruz mostra a rejeição mais profunda que um homem pode passar: “Meu Deus, meu Deus! Por que até Tu me abandonastes”? Esse é o maior fardo na vida de um ser humano.
Uma jovem veio me pedir aconselhamento num retiro na Índia. Todos os jovens tinham a mesma bagagem de vida, pertenciam à classe baixa, vinham de famílias pobres, os pais de quase todos eram alcoólatras e violentos. A jovem me disse que quando era criança o pai abandonou a mãe por causa de outra mulher. A mãe mais tarde encontrou emprego na Arábia Saudita e a deixou com um casal. Depois de 5 anos, quando a mãe voltou de férias, ela já estava com 8 anos e estava ansiosa para abraçá-la. O mês passou e a mãe voltou para Arábia sem a visitar. Enquanto ela me dizia isso toda a tristeza e raiva explodiu e veio à tona em choro de raiva e desespero, lágrimas de dor. Mas o que a Palavra de Deus diz? Ela tem soluções para todos os problemas humanos: “Pode a mãe esquecer os filhos de suas entranhas? E se ela esquecer Deus diz: Eu jamais te esquecerei. Eu já tenho seu nome escrito na palma da minha mão”.
A segunda doença emocional é o sentimento de inferioridade, porque muitas pessoas se sentem superiores a outras e se fecham em si mesmas. Quando as crianças têm sentimento de grandeza ninguém quer ficar perto delas. Talvez um dia uma criança vai ouvir: “Você não é tão inteligente como seu irmão”. Imediatamente ela começa a adquirir um sentimento de inferioridade e começa a ter pena de si mesma e a não gostar de si, e sente vontade de morrer. O suicídio começa com o complexo de inferioridade. A Bíblia diz que ninguém precisa ter sentimento de inferioridade, porque o Senhor nos criou à imagem e semelhança d'Ele (cf. Gêneses 1,26).
O terceiro sentimento emocional que precisa ser curado é o sentimento de culpa. Eu peco e penso que Deus jamais me perdoará. E todos os dias eu penso e sinto sentimento de culpa. E a Bíblia diz em Apocalipse que satanás nos acusa dia e noite diante de Deus, ele nos acusa na certeza de que ficaremos presos pelo resto da vida. Mas o que nos diz São Paulo em Romanos: “Já não há condenação diante de Cristo”. Satanás nos acusa, mas Jesus nos defende diante do Pai.
O quarto fardo emocional é o fardo do medo. Não estou falando de fardos pequenos. Estou falando de medos que não têm razão de ser, por exemplo, medo de escuridão, medo de pessoas, de multidão, medo de ter câncer e por aí vai...
Quando as crianças dizem que têm medo dos pais, eu fico com vontade de dizer que os pais têm mais medo delas do que elas dos pais. Todas as vezes em que o Senhor aparecia para seu povo, Ele dizia: “Não tenhais medo”. É satanás que coloca medo em nosso coração. Medo e fé não combinam. Muitas vezes medo é sinal de que nossa fé é pequena.
Eu preciso identificar minhas doenças emocionais. Preciso procurar de fato as raízes das causas dos meus problemas emocionais, isso é o mais importante quando falamos da cura interior. Eu ainda não vi nenhum caso de cura interior sem saber as raízes do problema. E só existe uma forma de descobri as raízes: Pedindo ao Espírito Santo que nos revele. Infelizmente as pessoas não procuram pessoas certas para se aconselhar, o Senhor não quer que saibamos do futuro, o que Ele quer é que confiemos n’Ele e coloquemos nosso futuro em suas mãos. Colocar o futuro nas mãos de Deus e não pedir que uma pessoa olhe o futuro em suas mãos.
Só o Espírito Santo que o Espírito da verdade é capaz de descobrir as causas para a sua cura interior, mas precisamos fazer uma análise da nossa vida para descobrir as raízes, e a primeira coisa é preciso passear na árvore genealógica. A Igreja diz que o pecado é pessoal, mas a conseqüência atinge muitas pessoas, de geração em geração. Suponha que um ancestral seu suicidou, eu já vi vários casos assim, outros por causa do aborto e isso vai se repetindo porque uma lá atrás alguém fez aborto e passou de geração. Suponha que tenha alcoolismo ou pessoas que foram depravadas, perderam os bens materiais, ou então nos amaldiçoaram e também todas as gerações que viriam, isso pode afetar toda uma geração.
Eu estava dando retiro para umas irmãs e a madre geral trouxe um bebê de uma mulher que eu já havia rezado por ela. A madre disse que o bebê que tinha nascido há quatro meses não conseguia dormir. É um problema comum na Europa e no Brasil, várias pessoas que não conseguem dormir. O sono é sinal de que Deus está com você. Satanás não dorme, mas Jesus dormiu.
A criança só chorava e se contorcia, levaram o bebê nos melhores médicos e não houve melhora. A mãe me disse que quando estava grávida, ela teve um choque muito grande. Então eu disse que o bebê não seria curado sem oração. E no último dia do retiro os pais trouxeram o bebê, e o que eu fiz? Nem eu sei. Pergunte ao Espírito Santo.
Eu pedi uma das irmãs que pegassem o bebê, pedi paras as 100 irmãs que participavam do encontro rezassem pela mãe e não pelo bebê e eu fui orar pelo bebê. Enquanto oravam pela mãe o bebê parou de chorar e começou a dormir profundamente, eu pensei que o bebê iria acordar, mas ele dormiu.
Uma semana depois eu recebi uma carta de umas das freiras dizendo que a partir daquele dia que o bebê passou a dormir bem.
As raízes podem estar na nossa infância como os abusos sexuais. Tudo isso pode causar os problemas que temos hoje na nossa vida. Uma mulher me disse que foi abusada sexualmente na infância e nunca se confessou porque sentia vergonha e nunca confessaria isso até morrer, mas no retiro sentiu que havia esperança. Até mesmo mulheres casadas, dizem que quando tem relação sexual com seus maridos sentem como se estivessem fazendo coisas erradas. Os casais precisam muito de cura interior.
É importante o arrependimento para a cura interior. Eu estava pregando um retiro e os líderes do grupo de oração me pediram para rezar por um jovem que estava doente. Os médicos disseram que não haviam conseguido descobri o que ele tinha, e os especialistas disseram que não tinha mais nada a fazer.
O jovem se sentiu tão mal e disse: “Eu preciso procurar o padre Rufus”. Eles insistiram comigo e bem tarde eu fui ao hospital e lá estava aquele jovem cheio de aparelho ao seu redor. Eu perguntei: Por que você me chamou? E para minha grande surpresa ele me disse que queria confessar. Eu fiquei com raiva porque ele poderia ter confessado com o pároco e eu não precisava ter saído de tão longe.
Ele fez uma confissão profunda. E quando eu estava saindo do hospital eu senti que Jesus estava me puxando e o Espírito Santo me fez lembrar do paralítico que foi levado a Jesus pelo buraco do telhado, e Jesus sabia que o sintoma da paralisia era emocional e ele precisava de cura espiritual. Por isso disse: “Os teus pecados estão perdoados”, libertação da culpa. Então antes de dizer levante e ande, antes de dizer teus pecados estão perdoados, Jesus disse: “Meu filho”! Era isso que aquele jovem queria escutar, que apesar dos pecados Deus o chamava de filho.
Eu voltei para ao quarto do hospital e disse ao jovem o que Jesus disse ao paralítico, e orei pela cura física dele depois de perdoar os seus pecados. Eu tinha tanta certeza do que aconteceria que eu pedi para ele se mexer - e antes ele não conseguia - eu pedi que o colocassem sentado e falei: Levante e caminhe de um lado para o outro, e ele caminhou. A única coisa que eu não disse foi tome seu leito, mas no outro dia ele foi para casa, e um ano depois eu testemunhei. O jovem subiu ao palco e eu disse: No momento em que ele fez uma confissão profunda de sua vida, ele foi curado fisicamente.
Transcrição: Willieny Isaias
Fotos: Natalino Ueda Fonte: cancaonova.com
Eu sempre digo que em toda a paróquia precisava haver tratamento de cura interior porque somos educados de uma forma que nos prejudica. Na nossa árvore genealógica aconteceram fatos que nos causam feridas hoje, e essas coisas permanecem no profundo do nosso ser e do nosso inconsciente.
Como essas coisas podem afetar minha vida hoje? É o que São Paulo nos diz em Romanos 7, 19: “Não faço o bem que quereria, mas o mal que não quero”. Eu disse ontem que a razão pela qual fazemos isso são os nossos pecados, e a segunda razão sãos as mágoas que adquirimos das pessoas, e nós rezamos por cura interior sobre isso.
Imagine uma pessoa que foi concebida fora do casamento em adultério, isso pode afetar a vida dela por muito tempo. Criança prematura, criança que perde o pai ou cujo avô se supõe que tenha cometido suicídio, tudo isso pode afetar a vida da pessoa por muito tempo.
Como eu posso saber e como orar pela minha cura interior? É simples, até os médicos podem usar isso. Primeiro precisamos observar os sintomas internos. Se a pessoa tem dores de cabeça pode ser por algumas razões como: batido a cabeça na parede, ou teve malária, tifo, etc, ou pode ser uma razão emocional como medo de fazer prova. Eu preciso observar cuidadosamente os sintomas, preciso saber quais são os sintomas emocionais.
Eu costumo perguntar quais os sintomas que mais aparecem. Uma pessoa que se sente triste quando está sozinha, ou raiva, é bom sempre sabermos o sintoma que a pessoa tem. É muito importante detectar o diagnóstico correto, mas não podemos parar nos sintomas, precisamos pedir ao Senhor que nos mostre as doenças físicas e emocionais.
Todo o ser humano tem quatro tipos de sintomas. Primeiro sintoma é a rejeição. A rejeição vem quando eu sinto que não sou amado por aquela pessoa que eu espero. Não significa que não me amam, mas eu sinto que não me amam. Talvez essas pessoas não receberam amor, então, não sabem dar amor. Jesus passou por isso: “Jesus veio para os seus, mas os seus não O receberam”. Ele foi levado à morte por causa da inveja dos homens. Mas o que o Senhor disse na cruz mostra a rejeição mais profunda que um homem pode passar: “Meu Deus, meu Deus! Por que até Tu me abandonastes”? Esse é o maior fardo na vida de um ser humano.
Uma jovem veio me pedir aconselhamento num retiro na Índia. Todos os jovens tinham a mesma bagagem de vida, pertenciam à classe baixa, vinham de famílias pobres, os pais de quase todos eram alcoólatras e violentos. A jovem me disse que quando era criança o pai abandonou a mãe por causa de outra mulher. A mãe mais tarde encontrou emprego na Arábia Saudita e a deixou com um casal. Depois de 5 anos, quando a mãe voltou de férias, ela já estava com 8 anos e estava ansiosa para abraçá-la. O mês passou e a mãe voltou para Arábia sem a visitar. Enquanto ela me dizia isso toda a tristeza e raiva explodiu e veio à tona em choro de raiva e desespero, lágrimas de dor. Mas o que a Palavra de Deus diz? Ela tem soluções para todos os problemas humanos: “Pode a mãe esquecer os filhos de suas entranhas? E se ela esquecer Deus diz: Eu jamais te esquecerei. Eu já tenho seu nome escrito na palma da minha mão”.
A segunda doença emocional é o sentimento de inferioridade, porque muitas pessoas se sentem superiores a outras e se fecham em si mesmas. Quando as crianças têm sentimento de grandeza ninguém quer ficar perto delas. Talvez um dia uma criança vai ouvir: “Você não é tão inteligente como seu irmão”. Imediatamente ela começa a adquirir um sentimento de inferioridade e começa a ter pena de si mesma e a não gostar de si, e sente vontade de morrer. O suicídio começa com o complexo de inferioridade. A Bíblia diz que ninguém precisa ter sentimento de inferioridade, porque o Senhor nos criou à imagem e semelhança d'Ele (cf. Gêneses 1,26).
O terceiro sentimento emocional que precisa ser curado é o sentimento de culpa. Eu peco e penso que Deus jamais me perdoará. E todos os dias eu penso e sinto sentimento de culpa. E a Bíblia diz em Apocalipse que satanás nos acusa dia e noite diante de Deus, ele nos acusa na certeza de que ficaremos presos pelo resto da vida. Mas o que nos diz São Paulo em Romanos: “Já não há condenação diante de Cristo”. Satanás nos acusa, mas Jesus nos defende diante do Pai.
O quarto fardo emocional é o fardo do medo. Não estou falando de fardos pequenos. Estou falando de medos que não têm razão de ser, por exemplo, medo de escuridão, medo de pessoas, de multidão, medo de ter câncer e por aí vai...
Quando as crianças dizem que têm medo dos pais, eu fico com vontade de dizer que os pais têm mais medo delas do que elas dos pais. Todas as vezes em que o Senhor aparecia para seu povo, Ele dizia: “Não tenhais medo”. É satanás que coloca medo em nosso coração. Medo e fé não combinam. Muitas vezes medo é sinal de que nossa fé é pequena.
Eu preciso identificar minhas doenças emocionais. Preciso procurar de fato as raízes das causas dos meus problemas emocionais, isso é o mais importante quando falamos da cura interior. Eu ainda não vi nenhum caso de cura interior sem saber as raízes do problema. E só existe uma forma de descobri as raízes: Pedindo ao Espírito Santo que nos revele. Infelizmente as pessoas não procuram pessoas certas para se aconselhar, o Senhor não quer que saibamos do futuro, o que Ele quer é que confiemos n’Ele e coloquemos nosso futuro em suas mãos. Colocar o futuro nas mãos de Deus e não pedir que uma pessoa olhe o futuro em suas mãos.
Só o Espírito Santo que o Espírito da verdade é capaz de descobrir as causas para a sua cura interior, mas precisamos fazer uma análise da nossa vida para descobrir as raízes, e a primeira coisa é preciso passear na árvore genealógica. A Igreja diz que o pecado é pessoal, mas a conseqüência atinge muitas pessoas, de geração em geração. Suponha que um ancestral seu suicidou, eu já vi vários casos assim, outros por causa do aborto e isso vai se repetindo porque uma lá atrás alguém fez aborto e passou de geração. Suponha que tenha alcoolismo ou pessoas que foram depravadas, perderam os bens materiais, ou então nos amaldiçoaram e também todas as gerações que viriam, isso pode afetar toda uma geração.
Eu estava dando retiro para umas irmãs e a madre geral trouxe um bebê de uma mulher que eu já havia rezado por ela. A madre disse que o bebê que tinha nascido há quatro meses não conseguia dormir. É um problema comum na Europa e no Brasil, várias pessoas que não conseguem dormir. O sono é sinal de que Deus está com você. Satanás não dorme, mas Jesus dormiu.
A criança só chorava e se contorcia, levaram o bebê nos melhores médicos e não houve melhora. A mãe me disse que quando estava grávida, ela teve um choque muito grande. Então eu disse que o bebê não seria curado sem oração. E no último dia do retiro os pais trouxeram o bebê, e o que eu fiz? Nem eu sei. Pergunte ao Espírito Santo.
Eu pedi uma das irmãs que pegassem o bebê, pedi paras as 100 irmãs que participavam do encontro rezassem pela mãe e não pelo bebê e eu fui orar pelo bebê. Enquanto oravam pela mãe o bebê parou de chorar e começou a dormir profundamente, eu pensei que o bebê iria acordar, mas ele dormiu.
Uma semana depois eu recebi uma carta de umas das freiras dizendo que a partir daquele dia que o bebê passou a dormir bem.
As raízes podem estar na nossa infância como os abusos sexuais. Tudo isso pode causar os problemas que temos hoje na nossa vida. Uma mulher me disse que foi abusada sexualmente na infância e nunca se confessou porque sentia vergonha e nunca confessaria isso até morrer, mas no retiro sentiu que havia esperança. Até mesmo mulheres casadas, dizem que quando tem relação sexual com seus maridos sentem como se estivessem fazendo coisas erradas. Os casais precisam muito de cura interior.
É importante o arrependimento para a cura interior. Eu estava pregando um retiro e os líderes do grupo de oração me pediram para rezar por um jovem que estava doente. Os médicos disseram que não haviam conseguido descobri o que ele tinha, e os especialistas disseram que não tinha mais nada a fazer.
O jovem se sentiu tão mal e disse: “Eu preciso procurar o padre Rufus”. Eles insistiram comigo e bem tarde eu fui ao hospital e lá estava aquele jovem cheio de aparelho ao seu redor. Eu perguntei: Por que você me chamou? E para minha grande surpresa ele me disse que queria confessar. Eu fiquei com raiva porque ele poderia ter confessado com o pároco e eu não precisava ter saído de tão longe.
Ele fez uma confissão profunda. E quando eu estava saindo do hospital eu senti que Jesus estava me puxando e o Espírito Santo me fez lembrar do paralítico que foi levado a Jesus pelo buraco do telhado, e Jesus sabia que o sintoma da paralisia era emocional e ele precisava de cura espiritual. Por isso disse: “Os teus pecados estão perdoados”, libertação da culpa. Então antes de dizer levante e ande, antes de dizer teus pecados estão perdoados, Jesus disse: “Meu filho”! Era isso que aquele jovem queria escutar, que apesar dos pecados Deus o chamava de filho.
Eu voltei para ao quarto do hospital e disse ao jovem o que Jesus disse ao paralítico, e orei pela cura física dele depois de perdoar os seus pecados. Eu tinha tanta certeza do que aconteceria que eu pedi para ele se mexer - e antes ele não conseguia - eu pedi que o colocassem sentado e falei: Levante e caminhe de um lado para o outro, e ele caminhou. A única coisa que eu não disse foi tome seu leito, mas no outro dia ele foi para casa, e um ano depois eu testemunhei. O jovem subiu ao palco e eu disse: No momento em que ele fez uma confissão profunda de sua vida, ele foi curado fisicamente.
Transcrição: Willieny Isaias
Fotos: Natalino Ueda Fonte: cancaonova.com
Etapas para a cura interior
Quando estamos orando para a cura interior observamos algumas etapas. E a mais importante é a do diagnóstico, ou como chamamos na linguagem da Igreja: o discernimento. Precisamos saber se estamos doentes e qual é este fardo que carregamos.
Precisamos observar também todos os sintomas no meu relacionamento com as pessoas, como a rejeição, os sentimentos de inferioridade. Se em meu relacionamento com Deus tenho sentimentos de culpa. Resumindo tudo isso: muitas pessoas carregam o peso do medo. Mas, como havia dito, precisamos dar o terceiro passo. Precisamos encontrar as raízes dos nossos problemas. Isto é a coisa mais importante no que diz respeito à cura interior. E talvez esta culpa esteja nos nossos antepassados, ou em nossa vida de criança ou quando éramos bebês.
Mas o segundo passo, quando nós oramos pela cura interior, é o seguinte: Preciso descobrir a raiz para passar por um processo de cura. Quando o homem cego veio até Jesus, Ele não o curou imediatamente, mas lhe fez uma pergunta. Todo mundo sabia que ele queria ser curado da cegueira, mas Jesus queria que o homem O visse como seu único Senhor e Mestre.
Precisamos observar também todos os sintomas no meu relacionamento com as pessoas, como a rejeição, os sentimentos de inferioridade. Se em meu relacionamento com Deus tenho sentimentos de culpa. Resumindo tudo isso: muitas pessoas carregam o peso do medo. Mas, como havia dito, precisamos dar o terceiro passo. Precisamos encontrar as raízes dos nossos problemas. Isto é a coisa mais importante no que diz respeito à cura interior. E talvez esta culpa esteja nos nossos antepassados, ou em nossa vida de criança ou quando éramos bebês.
Mas o segundo passo, quando nós oramos pela cura interior, é o seguinte: Preciso descobrir a raiz para passar por um processo de cura. Quando o homem cego veio até Jesus, Ele não o curou imediatamente, mas lhe fez uma pergunta. Todo mundo sabia que ele queria ser curado da cegueira, mas Jesus queria que o homem O visse como seu único Senhor e Mestre.
Por que as pessoas não são curadas? Porque há um bloqueio que precisa ser retirado. Vocês podem pensar que o homem à beira da piscina queria obviamente ser curado, mas Jesus sabia que ele não tinha mais esperança no coração. Talvez Jesus pensasse que ele estivesse com dificuldade de perdoar as pessoas que o machucaram.
O que bloqueia a nossa cura? O primeiro bloqueio é a falta de perdão. Por muito tempo, achávamos que era apenas a dificuldade de perdoar. Uma vez, o discípulo disse a Jesus que queria aprender a orar, como se estivesse dizendo: "O que acontece que quando você ora tudo acontece?" São Tiago nos dá uma razão, mostrando que de fato, nós não oramos e diz: "Se oram, oram de forma errada".
Jesus nos ensinou a oração mais curta e mais completa. Todas as vezes que nos prostramos diante de Jesus, não nos esqueçamos de dizer: "Pai, perdoa-nos assim como nós perdoamos as outras pessoas". Deus nunca condena, sempre perdoa. E essa oração nos convida a sermos como Ele. Quando eu perdôo, estou me abrindo para o perdão para comigo.
No Evangelho de Lucas, Jesus explica o que Ele queria dizer com estes ensinamentos. Lucas 6, 27-36. O que Jesus diz? Essa passagem deu vida a Mahatma Gandhi e conseguisse a liberdade da Índia sem nenhuma violência. Nós não ouvimos o Senhor dizer "ame os seus amigos e odeie os seus inimigos". Ele diz: "ame os seus inimigos, perdoe os seus inimigos, ore pelos seus inimigos". E mesmo se esta pessoa não o acolher, Jesus diz para rejubilar.
Nada vai nos fazer parecer mais imagem e semelhança de Deus do que as pessoas que sabem perdoar. Nós vamos perdoar estas pessoas no nome de Jesus. Claro que muitas vezes a gente perdoa as pessoas de forma errada. Dizemos: "Vou perdoar nisso e naquilo". Mas se perdoamos só parcialmente, não é o perdão cristão que estamos fazendo.
O que Jesus disse? "Pai, perdoa-lhes". Foi só isso? O que vem depois disso? "Por que eles não sabem o que fazem". Jesus disse: "Pai, perdoa-lhes, não os responsabilize porque eles não sabem o que estão fazendo".
Jesus disse: "Não julgueis e vocês não serão julgados". Só Deus pode julgar. Quando alguém nos magoa, a gente pode dizer que já perdoamos, mas Deus não quer que nos aproximemos d’Ele se não perdoamos de fato.
O que Estevão, ao ser martirizado disse? "Senhor, não responsabilize meus inimigos". A palavra diz que quando ele disse isso, o rosto dele brilhava.
O segundo bloqueio para nossa cura é a falta de arrependimento. Deus está sempre muito mais pronto para nos perdoar, do que nós para sermos perdoados. Perdoar aqueles que nos magoaram é muito mais fácil, mas pedir perdão a alguém pode ser humilhante. Porque você poderá ouvir que a culpa foi sua, a fala foi sua.
O que bloqueia a nossa cura? O primeiro bloqueio é a falta de perdão. Por muito tempo, achávamos que era apenas a dificuldade de perdoar. Uma vez, o discípulo disse a Jesus que queria aprender a orar, como se estivesse dizendo: "O que acontece que quando você ora tudo acontece?" São Tiago nos dá uma razão, mostrando que de fato, nós não oramos e diz: "Se oram, oram de forma errada".
Jesus nos ensinou a oração mais curta e mais completa. Todas as vezes que nos prostramos diante de Jesus, não nos esqueçamos de dizer: "Pai, perdoa-nos assim como nós perdoamos as outras pessoas". Deus nunca condena, sempre perdoa. E essa oração nos convida a sermos como Ele. Quando eu perdôo, estou me abrindo para o perdão para comigo.
No Evangelho de Lucas, Jesus explica o que Ele queria dizer com estes ensinamentos. Lucas 6, 27-36. O que Jesus diz? Essa passagem deu vida a Mahatma Gandhi e conseguisse a liberdade da Índia sem nenhuma violência. Nós não ouvimos o Senhor dizer "ame os seus amigos e odeie os seus inimigos". Ele diz: "ame os seus inimigos, perdoe os seus inimigos, ore pelos seus inimigos". E mesmo se esta pessoa não o acolher, Jesus diz para rejubilar.
Nada vai nos fazer parecer mais imagem e semelhança de Deus do que as pessoas que sabem perdoar. Nós vamos perdoar estas pessoas no nome de Jesus. Claro que muitas vezes a gente perdoa as pessoas de forma errada. Dizemos: "Vou perdoar nisso e naquilo". Mas se perdoamos só parcialmente, não é o perdão cristão que estamos fazendo.
O que Jesus disse? "Pai, perdoa-lhes". Foi só isso? O que vem depois disso? "Por que eles não sabem o que fazem". Jesus disse: "Pai, perdoa-lhes, não os responsabilize porque eles não sabem o que estão fazendo".
Jesus disse: "Não julgueis e vocês não serão julgados". Só Deus pode julgar. Quando alguém nos magoa, a gente pode dizer que já perdoamos, mas Deus não quer que nos aproximemos d’Ele se não perdoamos de fato.
O que Estevão, ao ser martirizado disse? "Senhor, não responsabilize meus inimigos". A palavra diz que quando ele disse isso, o rosto dele brilhava.
O segundo bloqueio para nossa cura é a falta de arrependimento. Deus está sempre muito mais pronto para nos perdoar, do que nós para sermos perdoados. Perdoar aqueles que nos magoaram é muito mais fácil, mas pedir perdão a alguém pode ser humilhante. Porque você poderá ouvir que a culpa foi sua, a fala foi sua.
Eu sempre peço que as pessoas peçam perdão para todas as pessoas que elas possam ter machucado na vida. É por isso que o rito do início da Missa traz a confissão: "Eu confesso a Deus Todo-Poderoso" e diz também que confessamos aos irmãos.
Para o pecado ser perdoado, não basta dizer: "Senhor, eu sinto muito". Nós temos que reparar o estrago que nós causamos. Algumas circunstâncias, humanamente falando, jamais poderão ser reparadas. Por exemplo, uma mãe que abortou o seu bebê não pode trazer de volta à vida aquele bebê inocente.
Eu preciso perdoar primeiro em meu coração todas as pessoas que eu possa ter magoado. E o mais importante: eu preciso orar pela cura daquela pessoa. Aí sim o bloqueio vai desaparecer.
Eu preciso também de renúncia. Por isso que digo que existem três problemas ruins no mundo: eu mesmo, quando peco; as pessoas à nossa volta e o inimigo, acima, ao redor de nós.
(1 Pedro 5,8-9) Quem é seu inimigo? Nosso inimigo é o demônio. Ele está sempre se preparando para dar o bote, para nos abater. São Pedro diz: "Não durmam, porque satanás jamais dorme. Mas não tenham medo, não fiquem com obsessão disso".
O pior inimigo é o demônio. Grande parte do ministério de Jesus era libertar as pessoas de satanás. O Papa Paulo VI disse: "Qual é a grande necessidade da Igreja hoje?" Não pense que minha resposta vai ser tola ou supersticiosa. A grande necessidade da Igreja hoje é saber como se defender do grande inimigo que temos: o demônio.
No meu ministério pastoral como sacerdote, me deparo com estas situações quase todos os dias. Que não têm explicação humanamente falando e não têm solução humana.
Como saber se o que a pessoa está vivendo não é psicológico? A primeira área que o inimigo ataca é o nosso desejo. Jesus sabia disso, por isso orou: "Pai, a tua vontade e não a minha".
O demônio ataca o nosso desejo com atos compulsivos de pecado. Desde o alcoolismo, até o vício em drogas. Eu tenho visto vários casos nos quais com uma única oração a pessoa é liberta.
O inimigo quer atacar, em segundo lugar, em nossa mente. Muitos ficam hipnotizados por esses movimentos de Nova Era. O mundo inteiro hoje está cheio dessas teorias, dessas práticas.
Em terceiro lugar, o inimigo pode atacar as minhas emoções: ciúmes, medos, tendências de suicídio. É isso que ele faz no coração dos terroristas. Eles pensam que estão fazendo a vontade de Deus, mas o trabalho deles é de satanás.
O inimigo pode atacar o meu corpo. Todas as vezes em que estou tenso e as pessoas dizem que já foram em todos os médicos e eles não conseguiram descobrir. Quando um caso desses vem a mim, fico muito feliz porque sei que Jesus pode curar.
O inimigo também pode atacar os meus relacionamentos, especialmente os relacionamentos familiares. O inimigo tenta também atacar as pessoas que têm trabalho de liderança na Igreja.
Se no meu passado, alguns dos meus familiares se envolveram com trabalhos satânicos, maldição, feitiço, você pode ter certeza que a raiz está lá.
A fonte também para o ataque podem ser as pessoas à minha volta. Muitas vezes o relacionamento do casal é ruim porque um membro de uma família lançou uma maldição. Muitas vezes, seu melhor amigo tem inveja porque você conseguiu um emprego muito bom.
Se eu procurei alguma outra pessoa que não fosse Jesus, se eu procurei uma cartomante, feiticeiro, se ouvi algum tipo de rock pesado, assisto determinados tipos de programas na internet, na TV, estou me expondo a satanás para que ele possa entrar e fazer confusão na minha vida.
Cada país tem seus nomes para práticas ocultas. Eu estava dando retiro para sacerdotes em certa diocese do mundo e todos os padres haviam procurado videntes. Vocês já ouviram falar de macumba? Qualquer pessoa que foi a isto e não a Jesus, colocou a si mesmo e suas próximas quatro gerações sob o domínio de satanás.
O terceiro bloqueio para minha cura é qualquer envolvimento que eu tenha tido com satanás. Ele pode nos atacar através mesmo da comida e da bebida, medalhas, telefone, e-mails. Ele usa todos os meios de comunicação para atacar aqueles que ele está buscando. Eu preciso renunciar qualquer conexão que eu tive com o reino da escuridão.
Eu quero contar essa história para que vocês vejam como o inimigo usa todos os tipos de meios para nos atacar.
Tem uma família em Bombaim muito próxima de mim, me acompanham de perto no ministério da cura e libertação e o filho dela me auxiliava. Um dia, ele me disse: "Padre, o senhor poderia ir rezar uma missa na minha casa". Eu disse que já tinha ido, mas ele disse que precisava de novo, porque ele não sentia prazer de estar na casa dele. Ele disse: "Tem alguma coisa acontecendo e preciso estar feliz depois da missa, porque minha casa parece um inferno".
Fui e celebrei a missa. Depois, um irmão dele mais velho, me trouxe uma imagem do Coração de Jesus para eu abençoar. Então, eu comecei a fazer uma oração. Foram amigos hindus que deram este presente para este casal. O mais velho da casa havia se casado com uma moça das Filipinas. A imagem avia sido dada por um casal hindu muito amigo.
Eu abençoei aquela imagem. No momento em que abençoei a esposa filipina caiu e ela parecia estar possuída. Uma voz saía dela: "Fui eu que dei essa estátua, porque o casamento com meu marido não é bom e esse casal católico é feliz". O casal que deu tinha todo tipo de problema financeiro. Eles colocaram uma maldição na estátua.
Essa filipina falava comigo e berrava numa língua que eu não conhecia. De repente, ela começou a falar na língua do esposo melhor do que ele mesmo, apesar de ser filipina.
Através da mulher que caiu foi o próprio inimigo que disse porque aquela família estava sofrendo há nove meses. Quando esta filipina voltou à consciência, ela não sabia o que tinha acontecido. Eu disse a eles: "Esta noite, esta imagem tem que sair daqui. Caso contrário, eu não me responsabilizo pelo que possa acontecer".
Eles pegaram dois martelos e espedaçaram em milhares de pedaços aquela imagem. Pegaram os pedaços e jogaram no mar. Daquela noite em diante se tornaram uma nova e abençoada família.
O que Jesus nos diz de mais importante é o seguinte. O que Jesus disse que não é bom? "O mundo inteiro está sob o poder de satanás". E depois ele dá a boa notícia: "Não tenhais medo. Eu venci o mundo!"
Transcrição: Maurício Rebouças
Fotos: Natalino Ueda Fonte: cancaonova.com
Para o pecado ser perdoado, não basta dizer: "Senhor, eu sinto muito". Nós temos que reparar o estrago que nós causamos. Algumas circunstâncias, humanamente falando, jamais poderão ser reparadas. Por exemplo, uma mãe que abortou o seu bebê não pode trazer de volta à vida aquele bebê inocente.
Eu preciso perdoar primeiro em meu coração todas as pessoas que eu possa ter magoado. E o mais importante: eu preciso orar pela cura daquela pessoa. Aí sim o bloqueio vai desaparecer.
Eu preciso também de renúncia. Por isso que digo que existem três problemas ruins no mundo: eu mesmo, quando peco; as pessoas à nossa volta e o inimigo, acima, ao redor de nós.
(1 Pedro 5,8-9) Quem é seu inimigo? Nosso inimigo é o demônio. Ele está sempre se preparando para dar o bote, para nos abater. São Pedro diz: "Não durmam, porque satanás jamais dorme. Mas não tenham medo, não fiquem com obsessão disso".
O pior inimigo é o demônio. Grande parte do ministério de Jesus era libertar as pessoas de satanás. O Papa Paulo VI disse: "Qual é a grande necessidade da Igreja hoje?" Não pense que minha resposta vai ser tola ou supersticiosa. A grande necessidade da Igreja hoje é saber como se defender do grande inimigo que temos: o demônio.
No meu ministério pastoral como sacerdote, me deparo com estas situações quase todos os dias. Que não têm explicação humanamente falando e não têm solução humana.
Como saber se o que a pessoa está vivendo não é psicológico? A primeira área que o inimigo ataca é o nosso desejo. Jesus sabia disso, por isso orou: "Pai, a tua vontade e não a minha".
O demônio ataca o nosso desejo com atos compulsivos de pecado. Desde o alcoolismo, até o vício em drogas. Eu tenho visto vários casos nos quais com uma única oração a pessoa é liberta.
O inimigo quer atacar, em segundo lugar, em nossa mente. Muitos ficam hipnotizados por esses movimentos de Nova Era. O mundo inteiro hoje está cheio dessas teorias, dessas práticas.
Em terceiro lugar, o inimigo pode atacar as minhas emoções: ciúmes, medos, tendências de suicídio. É isso que ele faz no coração dos terroristas. Eles pensam que estão fazendo a vontade de Deus, mas o trabalho deles é de satanás.
O inimigo pode atacar o meu corpo. Todas as vezes em que estou tenso e as pessoas dizem que já foram em todos os médicos e eles não conseguiram descobrir. Quando um caso desses vem a mim, fico muito feliz porque sei que Jesus pode curar.
O inimigo também pode atacar os meus relacionamentos, especialmente os relacionamentos familiares. O inimigo tenta também atacar as pessoas que têm trabalho de liderança na Igreja.
Se no meu passado, alguns dos meus familiares se envolveram com trabalhos satânicos, maldição, feitiço, você pode ter certeza que a raiz está lá.
A fonte também para o ataque podem ser as pessoas à minha volta. Muitas vezes o relacionamento do casal é ruim porque um membro de uma família lançou uma maldição. Muitas vezes, seu melhor amigo tem inveja porque você conseguiu um emprego muito bom.
Se eu procurei alguma outra pessoa que não fosse Jesus, se eu procurei uma cartomante, feiticeiro, se ouvi algum tipo de rock pesado, assisto determinados tipos de programas na internet, na TV, estou me expondo a satanás para que ele possa entrar e fazer confusão na minha vida.
Cada país tem seus nomes para práticas ocultas. Eu estava dando retiro para sacerdotes em certa diocese do mundo e todos os padres haviam procurado videntes. Vocês já ouviram falar de macumba? Qualquer pessoa que foi a isto e não a Jesus, colocou a si mesmo e suas próximas quatro gerações sob o domínio de satanás.
O terceiro bloqueio para minha cura é qualquer envolvimento que eu tenha tido com satanás. Ele pode nos atacar através mesmo da comida e da bebida, medalhas, telefone, e-mails. Ele usa todos os meios de comunicação para atacar aqueles que ele está buscando. Eu preciso renunciar qualquer conexão que eu tive com o reino da escuridão.
Eu quero contar essa história para que vocês vejam como o inimigo usa todos os tipos de meios para nos atacar.
Tem uma família em Bombaim muito próxima de mim, me acompanham de perto no ministério da cura e libertação e o filho dela me auxiliava. Um dia, ele me disse: "Padre, o senhor poderia ir rezar uma missa na minha casa". Eu disse que já tinha ido, mas ele disse que precisava de novo, porque ele não sentia prazer de estar na casa dele. Ele disse: "Tem alguma coisa acontecendo e preciso estar feliz depois da missa, porque minha casa parece um inferno".
Fui e celebrei a missa. Depois, um irmão dele mais velho, me trouxe uma imagem do Coração de Jesus para eu abençoar. Então, eu comecei a fazer uma oração. Foram amigos hindus que deram este presente para este casal. O mais velho da casa havia se casado com uma moça das Filipinas. A imagem avia sido dada por um casal hindu muito amigo.
Eu abençoei aquela imagem. No momento em que abençoei a esposa filipina caiu e ela parecia estar possuída. Uma voz saía dela: "Fui eu que dei essa estátua, porque o casamento com meu marido não é bom e esse casal católico é feliz". O casal que deu tinha todo tipo de problema financeiro. Eles colocaram uma maldição na estátua.
Essa filipina falava comigo e berrava numa língua que eu não conhecia. De repente, ela começou a falar na língua do esposo melhor do que ele mesmo, apesar de ser filipina.
Através da mulher que caiu foi o próprio inimigo que disse porque aquela família estava sofrendo há nove meses. Quando esta filipina voltou à consciência, ela não sabia o que tinha acontecido. Eu disse a eles: "Esta noite, esta imagem tem que sair daqui. Caso contrário, eu não me responsabilizo pelo que possa acontecer".
Eles pegaram dois martelos e espedaçaram em milhares de pedaços aquela imagem. Pegaram os pedaços e jogaram no mar. Daquela noite em diante se tornaram uma nova e abençoada família.
O que Jesus nos diz de mais importante é o seguinte. O que Jesus disse que não é bom? "O mundo inteiro está sob o poder de satanás". E depois ele dá a boa notícia: "Não tenhais medo. Eu venci o mundo!"
Transcrição: Maurício Rebouças
Fotos: Natalino Ueda Fonte: cancaonova.com
Cura e libertação da árvore familiar
Ontem à noite, durante a oração para a cura interior e libertação, pedimos a Jesus que voltasse em todo o passado da nossa vida, desde o nosso nascimento e até no momento da nossa concepção e na nossa árvore de família [genealógica]. E assim como para Jesus não há tempo nem espaço, mas apenas a eternidade, precisamos rezar hoje no dia da ressurreição para que o Senhor se manifeste a todos nós como o Senhor do tempo. E assim poderemos pedir a Ele que nos cure na nossa árvore de família.
Eu estava dando um retiro em Bombaim e um rapaz veio ao meu escritório e disse que apesar de ser um líder do grupo de oração estava sentindo que alguns meses o Espírito o havia deixado e ele se sentia seco, sem entusiasmo, como se nada lhe valesse a pena, nem alegria pelo trabalho da RCC ele tinha. Rezei com ele para que o Senhor lhe revelasse o motivo de seu estado presente. Ele veio me ver novamente e disse que depois de ele ter dado uma palestra sobre a cura da árvore de família - que um antepassado, que ele achava que era bastante santo, o seu avó, ele percebeu que na verdade ele [avó] era um alcoólatra que chegava tarde em casa, e aí ele se lembrava que ouviu quando era criança que um dia seu avô chegou em casa muito tarde, as portas estavam fechadas e ele dormiu numa esteira debaixo de uma árvore e durante a noite e morreu. E ele me disse que a morte do seu avô, daquela maneira, o estava mantendo amarrado em sua vida.
Eu estava dando um retiro em Bombaim e um rapaz veio ao meu escritório e disse que apesar de ser um líder do grupo de oração estava sentindo que alguns meses o Espírito o havia deixado e ele se sentia seco, sem entusiasmo, como se nada lhe valesse a pena, nem alegria pelo trabalho da RCC ele tinha. Rezei com ele para que o Senhor lhe revelasse o motivo de seu estado presente. Ele veio me ver novamente e disse que depois de ele ter dado uma palestra sobre a cura da árvore de família - que um antepassado, que ele achava que era bastante santo, o seu avó, ele percebeu que na verdade ele [avó] era um alcoólatra que chegava tarde em casa, e aí ele se lembrava que ouviu quando era criança que um dia seu avô chegou em casa muito tarde, as portas estavam fechadas e ele dormiu numa esteira debaixo de uma árvore e durante a noite e morreu. E ele me disse que a morte do seu avô, daquela maneira, o estava mantendo amarrado em sua vida.
E aí ele começou a rezar pela alma de seu avô, para que ele pudesse experimentar o poder da ressurreição de Jesus.
Não sabíamos o que rezar, mas rezamos o Pai-Nosso que é a oração mais simples e mais eficaz para libertação. À medida que ele começou a fazer aquela oração, sentiu uma dor de cabeça terrível, como se tivesse uma bola sobre o seu peito. E quando ele chegou à frase “liberta-nos do mal”, ele sentiu como se a bola que estivesse em seu coração subisse para a cabeça e desapareceu. Ele ficou livre daquele buraco que o seu avô estava mantendo. Como eu sei que este foi o principal problema que estava atingindo aquele rapaz? Por causa dos efeitos na vida dele, após isso.
Eu fui a uma cidade, ao norte de Bombaim para dar um encontro lá. Chegando, encontrei o líder do grupo de oração naquela cidade e reconheci que era aquele rapaz. Naquela nova cidade ele era o coordenador e estava organizando aquele encontro.
O encontro foi muito bem sucedido. Aí me lembrei como aquele rapaz que encontrei pela primeira vez era um homem todo esfacelado, sem vida. Agora, era coordenador do grupo de oração e tinha a coragem de realizar um encontro tão grande. A triste morte do seu avô o estava mantendo preso em ataduras. Mas quando ele próprio fez aquela oração de cura e libertação, o Senhor o libertou e permitiu que ele se transformasse num líder conhecido por todo o país.
O motivo pelo qual eu comecei essa palestra com esse incidente foi, em primeiro lugar, para fazer com que a gente fique consciente de como coisas – que aconteceram com nossos antepassados – podem influenciar nossa vida no presente.
Por isso, na santa Missa aos domingos fazemos essa oração: “Lembra-te daqueles que já morreram e já se foram, leve todos aqueles que já partiram a presença de sua luz Senhor”. Repetimos essa oração sem pensar no que estamos dizendo. Nessa parte eu falo bem devagar e com o significado que essa palavra tem.
Também ontem rezamos pela nossa cura durante os nove meses dentro da barriga de nossa mãe até a adolescência; relembramos o quanto essa oração é importante, é grande a chaga durante a infância e quando estávamos no ventre da nossa mãe. O Senhor pode trazer a cura das maneiras mais inesperadas não só para crianças, mas para toda família.
Eu conheci uma família em Bombaim, e dei trabalho para a mulher na escola e ainda matriculei seu filho na nossa escola. Ela me explicou porque tinha uma super proteção com seu filho, porque ele era um milagre, pois ela não conseguia ter filho.
Eu estava fora de Bombaim e fiquei sabendo que menino tinha tido uma febre e morreu e eu fiquei muito triste, e quando fiquei sabendo que ele tinha morrido por causa de uma febre eu queria estar lá para ter rezado, pois ele não teria morrido, ou voltava para a vida, era apenas uma pequena febre. Então quando voltei, as pessoas me disseram que o casal tinha exumado o corpo da criança porque os médicos tinham errado. Alguns dias depois o casal veio me ver e me disseram: “Padre o senhor sabe que nosso único filho morreu e tem sido um sofrimento para nós, e fizemos exumação do seu corpo, não porque achamos que os médicos fizeram diagnóstico errado, fizemos porque tivemos um sonho, uma visão e nessa visão nós vimos o senhor vindo para o túmulo de nosso filho e trazendo-o de volta para vida”.
Quando eu ouvi isso fiquei desconfortado, pensando no que viria pela frente. Eu disse que sentia muito. Mas eles disseram: “Padre essa visão que tivemos era de Deus”? Eu disse: “Eu acredito que é de Deus, mas é preciso interpretar da maneira correta”.
Eu não podia dizer que não era de Deus senão toda a fé deles seria abalada, eles concluíram que se era de Deus e eu fosse até o túmulo traria o menino de volta. Eu não podia dizer não porque iria abalar a fé deles, se dissesse sim e nada acontecesse a coisa seria pior. Eu disse: “Eu vou com vocês, é de Deus, mas vocês precisam interpretar de maneira correta”.
Fui com eles até o túmulo e fiz uma oração: “Senhor Jesus, Tu estavas morto e viestes para vida, e de uma maneira real até mais do que quando estava com teus apóstolos, o Senhor disse que aqueles que crêem em Ti nunca morreram de fato, mas terão a vida eterna. Eu te agradeço pelo dom dessa criancinha para esse casal. Senhor Jesus, também te agradeço por tê-lo levado junto Contigo para o céu, eu sei que esse garotinho não está morto, porque para aqueles que acreditam a vida não termina com a morte, apenas muda, portando eu acredito que o menininho está mais vivo do que jamais esteve. Ele não deixou seus pais, mas está com eles de uma maneira mais real. Está mais vivo do que jamais esteve antes e está no céu intercedendo por eles”.
Depois de fazer essa oração eles olharam para mim e disseram: “Padre, muito obrigado, agora cremos que nosso sonho era de fato de Deus”.
Por que o cristianismo é diferente de outras religiões? Porque acreditamos que a morte é uma grande cura, passagem da vida divina deste mundo para sempre no mundo do céu.
Alguns anos depois encontrei com o casal num Congresso muito grande, depois de uns três anos. Eu sempre pensava neles e rezava por causa da grande perda que tiveram. Eu os vi com um pequeno bebê no colo, e disse que estava feliz por eles terem adotado um bebê, e eles me disseram: “Padre, não adotamos essa criança ele é nosso filho verdadeiro”. Alguns anos depois eu os encontrei novamente e não era apenas uma criança, mas quatro e não eram adotados. Eu pedi ao Senhor que os descem filhos.
Ontem nós também rezamos pelo tempo da nossa vida quando éramos jovens, porque nesse período da nossa vida as dores são reveladas muito intensas.
No último final de semana tinha uma jovem que parecia estar possuída, chorando, que repetia: “Papai, mamãe por que vocês me abandonaram?” Ela estava muito magoada.
Há muito anos atrás eu estava dando um curso de cura e libertação em Uganda na África para 300 padres. Um deles que era o Vigário Geral disse que seu irmão estava doente afetado mentalmente, ele sempre ficava preso dentro de quarto, era esquizofrênico, e depois de ouvir a palestra viu que seu irmão estava possuído. Então pedi que ele trouxesse seu irmão.
Quando voltei em Uganda para aniversário do Jubileu de Prata da RCC, eu ia dar palestras no encontro, e o Vigário Geral trouxe seu irmão. E quando eles tentaram o levar para que ele participasse da Missa ele ficou muito violento e deu um soco no olho do seu irmão.
Durante todo aquele tempo eu não vi nem o grupo de libertação, nem o rapaz. Na quinta-feira de manhã, quando eu estava tomando café com os padres, e o padre responsável por tomar conta da RCC na Uganda me disse que eu tinha que tomar conta da situação daquele rapaz. Eu disse que rezaria à noite, mas ele me disse que era muito tarde, então eu fui depois do almoço, rezar para ele, e perguntei onde ele estava e fui para a capela. Lá eu encontrei os membros do grupo de libertação e perguntei onde está o rapaz? Responderam-me, ele está no banco da frente.
Ele estava olhando para o sacrário, me parecia estar bem. Eu perguntei qual era o nome dele e eles me disseram que era João. Eu estava no último banco e disse: “João”. Ele ficou me encarando. Colocou uma das mãos no chão, depois a outra e veio como uma pantera na minha direção. Eu disse: “Sente-se”. Daí eu perguntei você quer se confessar? Ele balançou a cabeça, e eu fiquei surpreso porque ele me fez uma confissão linda. Disse-me que sua tia irmã de seu pai, tinha muita inveja da família toda e havia colocado um feitiço em todo mundo, e esse rapaz e seu irmão que era padre sentiam que aquela tia tinha colocado inveja na família.
Tudo que ele dizia era: “Padre eu perdoou a minha tia”. Ele supostamente estava possuído, mas ele não apenas confessava seus pecados, mas perdoava os que haviam pecado contra sua família. Eu acredito que esse foi o primeiro passo para sua libertação.
Tinha uma lista de coisas que era para rezar pela sua libertação. Espíritos emocionais de medo, inveja... e do outro lado os espíritos animais: leão, crocodilo, cobra e assim por diante. Eu comecei a rezar pelos espíritos emocionais e um por um deixaram o rapaz, e depois comecei a rezar pelos espíritos animais e um por um foi saindo também. Quando dizia espírito de leão saia, ele começava a andar como leão. Eu nunca vi tantos animais na minha vida.
Eu falei para todos saírem da capela, mas eles ficaram relutando e olhavam pela fresta da porta, mas eu a fechei, e estavam todos preocupados comigo. Mas lá eu fiquei com todos os demônios e finalmente eu disse para que o espírito de gorila saísse do rapaz e ele olhou para mim como um gorila, achei que ele ia agarrar em meu pescoço e olhei nos olhos dele e disse: “Espírito de gorila eu ordeno que saia desse corpo”. Isso acontece por causa de inveja e da ignorância do povo que busca ajuda em lugares errados.
Quando eu terminei tudo o rapaz disse: “Ainda há uma coisa a mais, o espírito de um touro”. Eu disse: “Agora estou meio cansado, vamos deixar isso para depois, vai lá e abra a porta”. Quando ele abriu, todos ficaram olhando para ele e disseram: “Cadê o padre?” E olharam por entre as pernas do rapaz e me viram sentado no banco.
A noite foi a Missa de encerramento, os bispos de Uganda, o núncio apostólico, estavam todos lá e eu disse para o grupo de libertação não deixe que o rapaz fique lá atrás. Jesus gosta de curar as pessoas de “cara a cara”.
Quando eu fui dar a paz vi que o rapaz estava bem próximo. A Missa acabou e eu pedi para que trouxessem o rapaz para frente e quando começamos a rezar todos os espíritos começaram a se manifestar e ao final da oração o rapaz caiu sobre o solo e eu falei para aquela multidão: “Vejam como Jesus cura e liberta as pessoas”.
Eu disse: “João fique de pé e venha para o altar”. O Santíssimo Sacramento estava no altar e quando ele foi para frente se curvou diante do Santíssimo, então eu vi que ele estava totalmente liberto.
Eu chamei o irmão do rapaz o Vigário Geral para que ele traduzisse o que o João iria dizer, aquele que eles supunham que era esquizofrênico. Eles se abraçaram por uns cinco minutos. O próprio rapaz quis falar para o povo: “Vocês me viram rolando na grama e agora estão me vendo de pé. Por que eu estava rolando? Porque eu fui a todos os feiticeiros ao invés de ir a Jesus, é isso que vocês não devem fazer, somente quando eu vim até Jesus eu consegui sair daquele quarto escuro e agora vou pregar a Boa Nova a todos, somente Jesus é nosso Salvador e pode nos curar”.
Jesus cura as crianças
Não sabíamos o que rezar, mas rezamos o Pai-Nosso que é a oração mais simples e mais eficaz para libertação. À medida que ele começou a fazer aquela oração, sentiu uma dor de cabeça terrível, como se tivesse uma bola sobre o seu peito. E quando ele chegou à frase “liberta-nos do mal”, ele sentiu como se a bola que estivesse em seu coração subisse para a cabeça e desapareceu. Ele ficou livre daquele buraco que o seu avô estava mantendo. Como eu sei que este foi o principal problema que estava atingindo aquele rapaz? Por causa dos efeitos na vida dele, após isso.
Eu fui a uma cidade, ao norte de Bombaim para dar um encontro lá. Chegando, encontrei o líder do grupo de oração naquela cidade e reconheci que era aquele rapaz. Naquela nova cidade ele era o coordenador e estava organizando aquele encontro.
O encontro foi muito bem sucedido. Aí me lembrei como aquele rapaz que encontrei pela primeira vez era um homem todo esfacelado, sem vida. Agora, era coordenador do grupo de oração e tinha a coragem de realizar um encontro tão grande. A triste morte do seu avô o estava mantendo preso em ataduras. Mas quando ele próprio fez aquela oração de cura e libertação, o Senhor o libertou e permitiu que ele se transformasse num líder conhecido por todo o país.
O motivo pelo qual eu comecei essa palestra com esse incidente foi, em primeiro lugar, para fazer com que a gente fique consciente de como coisas – que aconteceram com nossos antepassados – podem influenciar nossa vida no presente.
Por isso, na santa Missa aos domingos fazemos essa oração: “Lembra-te daqueles que já morreram e já se foram, leve todos aqueles que já partiram a presença de sua luz Senhor”. Repetimos essa oração sem pensar no que estamos dizendo. Nessa parte eu falo bem devagar e com o significado que essa palavra tem.
Também ontem rezamos pela nossa cura durante os nove meses dentro da barriga de nossa mãe até a adolescência; relembramos o quanto essa oração é importante, é grande a chaga durante a infância e quando estávamos no ventre da nossa mãe. O Senhor pode trazer a cura das maneiras mais inesperadas não só para crianças, mas para toda família.
Eu conheci uma família em Bombaim, e dei trabalho para a mulher na escola e ainda matriculei seu filho na nossa escola. Ela me explicou porque tinha uma super proteção com seu filho, porque ele era um milagre, pois ela não conseguia ter filho.
Eu estava fora de Bombaim e fiquei sabendo que menino tinha tido uma febre e morreu e eu fiquei muito triste, e quando fiquei sabendo que ele tinha morrido por causa de uma febre eu queria estar lá para ter rezado, pois ele não teria morrido, ou voltava para a vida, era apenas uma pequena febre. Então quando voltei, as pessoas me disseram que o casal tinha exumado o corpo da criança porque os médicos tinham errado. Alguns dias depois o casal veio me ver e me disseram: “Padre o senhor sabe que nosso único filho morreu e tem sido um sofrimento para nós, e fizemos exumação do seu corpo, não porque achamos que os médicos fizeram diagnóstico errado, fizemos porque tivemos um sonho, uma visão e nessa visão nós vimos o senhor vindo para o túmulo de nosso filho e trazendo-o de volta para vida”.
Quando eu ouvi isso fiquei desconfortado, pensando no que viria pela frente. Eu disse que sentia muito. Mas eles disseram: “Padre essa visão que tivemos era de Deus”? Eu disse: “Eu acredito que é de Deus, mas é preciso interpretar da maneira correta”.
Eu não podia dizer que não era de Deus senão toda a fé deles seria abalada, eles concluíram que se era de Deus e eu fosse até o túmulo traria o menino de volta. Eu não podia dizer não porque iria abalar a fé deles, se dissesse sim e nada acontecesse a coisa seria pior. Eu disse: “Eu vou com vocês, é de Deus, mas vocês precisam interpretar de maneira correta”.
Fui com eles até o túmulo e fiz uma oração: “Senhor Jesus, Tu estavas morto e viestes para vida, e de uma maneira real até mais do que quando estava com teus apóstolos, o Senhor disse que aqueles que crêem em Ti nunca morreram de fato, mas terão a vida eterna. Eu te agradeço pelo dom dessa criancinha para esse casal. Senhor Jesus, também te agradeço por tê-lo levado junto Contigo para o céu, eu sei que esse garotinho não está morto, porque para aqueles que acreditam a vida não termina com a morte, apenas muda, portando eu acredito que o menininho está mais vivo do que jamais esteve. Ele não deixou seus pais, mas está com eles de uma maneira mais real. Está mais vivo do que jamais esteve antes e está no céu intercedendo por eles”.
Depois de fazer essa oração eles olharam para mim e disseram: “Padre, muito obrigado, agora cremos que nosso sonho era de fato de Deus”.
Por que o cristianismo é diferente de outras religiões? Porque acreditamos que a morte é uma grande cura, passagem da vida divina deste mundo para sempre no mundo do céu.
Alguns anos depois encontrei com o casal num Congresso muito grande, depois de uns três anos. Eu sempre pensava neles e rezava por causa da grande perda que tiveram. Eu os vi com um pequeno bebê no colo, e disse que estava feliz por eles terem adotado um bebê, e eles me disseram: “Padre, não adotamos essa criança ele é nosso filho verdadeiro”. Alguns anos depois eu os encontrei novamente e não era apenas uma criança, mas quatro e não eram adotados. Eu pedi ao Senhor que os descem filhos.
Ontem nós também rezamos pelo tempo da nossa vida quando éramos jovens, porque nesse período da nossa vida as dores são reveladas muito intensas.
No último final de semana tinha uma jovem que parecia estar possuída, chorando, que repetia: “Papai, mamãe por que vocês me abandonaram?” Ela estava muito magoada.
Há muito anos atrás eu estava dando um curso de cura e libertação em Uganda na África para 300 padres. Um deles que era o Vigário Geral disse que seu irmão estava doente afetado mentalmente, ele sempre ficava preso dentro de quarto, era esquizofrênico, e depois de ouvir a palestra viu que seu irmão estava possuído. Então pedi que ele trouxesse seu irmão.
Quando voltei em Uganda para aniversário do Jubileu de Prata da RCC, eu ia dar palestras no encontro, e o Vigário Geral trouxe seu irmão. E quando eles tentaram o levar para que ele participasse da Missa ele ficou muito violento e deu um soco no olho do seu irmão.
Durante todo aquele tempo eu não vi nem o grupo de libertação, nem o rapaz. Na quinta-feira de manhã, quando eu estava tomando café com os padres, e o padre responsável por tomar conta da RCC na Uganda me disse que eu tinha que tomar conta da situação daquele rapaz. Eu disse que rezaria à noite, mas ele me disse que era muito tarde, então eu fui depois do almoço, rezar para ele, e perguntei onde ele estava e fui para a capela. Lá eu encontrei os membros do grupo de libertação e perguntei onde está o rapaz? Responderam-me, ele está no banco da frente.
Ele estava olhando para o sacrário, me parecia estar bem. Eu perguntei qual era o nome dele e eles me disseram que era João. Eu estava no último banco e disse: “João”. Ele ficou me encarando. Colocou uma das mãos no chão, depois a outra e veio como uma pantera na minha direção. Eu disse: “Sente-se”. Daí eu perguntei você quer se confessar? Ele balançou a cabeça, e eu fiquei surpreso porque ele me fez uma confissão linda. Disse-me que sua tia irmã de seu pai, tinha muita inveja da família toda e havia colocado um feitiço em todo mundo, e esse rapaz e seu irmão que era padre sentiam que aquela tia tinha colocado inveja na família.
Tudo que ele dizia era: “Padre eu perdoou a minha tia”. Ele supostamente estava possuído, mas ele não apenas confessava seus pecados, mas perdoava os que haviam pecado contra sua família. Eu acredito que esse foi o primeiro passo para sua libertação.
Tinha uma lista de coisas que era para rezar pela sua libertação. Espíritos emocionais de medo, inveja... e do outro lado os espíritos animais: leão, crocodilo, cobra e assim por diante. Eu comecei a rezar pelos espíritos emocionais e um por um deixaram o rapaz, e depois comecei a rezar pelos espíritos animais e um por um foi saindo também. Quando dizia espírito de leão saia, ele começava a andar como leão. Eu nunca vi tantos animais na minha vida.
Eu falei para todos saírem da capela, mas eles ficaram relutando e olhavam pela fresta da porta, mas eu a fechei, e estavam todos preocupados comigo. Mas lá eu fiquei com todos os demônios e finalmente eu disse para que o espírito de gorila saísse do rapaz e ele olhou para mim como um gorila, achei que ele ia agarrar em meu pescoço e olhei nos olhos dele e disse: “Espírito de gorila eu ordeno que saia desse corpo”. Isso acontece por causa de inveja e da ignorância do povo que busca ajuda em lugares errados.
Quando eu terminei tudo o rapaz disse: “Ainda há uma coisa a mais, o espírito de um touro”. Eu disse: “Agora estou meio cansado, vamos deixar isso para depois, vai lá e abra a porta”. Quando ele abriu, todos ficaram olhando para ele e disseram: “Cadê o padre?” E olharam por entre as pernas do rapaz e me viram sentado no banco.
A noite foi a Missa de encerramento, os bispos de Uganda, o núncio apostólico, estavam todos lá e eu disse para o grupo de libertação não deixe que o rapaz fique lá atrás. Jesus gosta de curar as pessoas de “cara a cara”.
Quando eu fui dar a paz vi que o rapaz estava bem próximo. A Missa acabou e eu pedi para que trouxessem o rapaz para frente e quando começamos a rezar todos os espíritos começaram a se manifestar e ao final da oração o rapaz caiu sobre o solo e eu falei para aquela multidão: “Vejam como Jesus cura e liberta as pessoas”.
Eu disse: “João fique de pé e venha para o altar”. O Santíssimo Sacramento estava no altar e quando ele foi para frente se curvou diante do Santíssimo, então eu vi que ele estava totalmente liberto.
Eu chamei o irmão do rapaz o Vigário Geral para que ele traduzisse o que o João iria dizer, aquele que eles supunham que era esquizofrênico. Eles se abraçaram por uns cinco minutos. O próprio rapaz quis falar para o povo: “Vocês me viram rolando na grama e agora estão me vendo de pé. Por que eu estava rolando? Porque eu fui a todos os feiticeiros ao invés de ir a Jesus, é isso que vocês não devem fazer, somente quando eu vim até Jesus eu consegui sair daquele quarto escuro e agora vou pregar a Boa Nova a todos, somente Jesus é nosso Salvador e pode nos curar”.
Jesus cura as crianças
Nesta manhã, estávamos falando do grande amor que Jesus tem pelas crianças. Isso é um grande contraste com todo o ódio que vemos no mundo inteiro ao redor de nós. É por isso que São Mateus escreveu no Evangelho a história do rei Herodes matando tantas crianças. E, portanto, nós temos na história de Jesus esse fato deste rei querer matá-lo quando Ele era menino. E para ter certeza de que Jesus morreria, ele [Herodes] mandou matar todas as crianças. Hoje em dia, há muitos “reis Herodes” no mundo inteiro. O pior é ver que há tantos líderes religiosos matando crianças em nome de Deus; isso é terrível, e ainda matar crianças por outras razões.
Quando eu li a história de que matavam crianças na Índia, eu não acreditei. Então, ao ver que encontraram os corpos, percebi que isso era verdade. E também li que elas haviam sido molestadas; eu não acreditei, mas eu li pela internet que foi verdade. E o criminoso confessou o crime. Os jornais disseram que só acharam os esqueletos porque elas já estavam em decomposição. Não pude acreditar quando vi que ele, além de tudo isso, comeu os corpos das crianças.
Perto da casa, onde aconteceu esse fato, há uma casa de retiro dos padres salesianos. Eu já ministrei retiro lá para médicos e nunca imaginei que perto daquele centro católico poderia acontecer tal trucidade. Esse é o motivo pelo qual a Bíblia fala que Deus tem tanto amor às crianças, em contraste a seus próprios pais.
Jesus não apenas cura, mas liberta as pessoas de satanás.
Quando eu li a história de que matavam crianças na Índia, eu não acreditei. Então, ao ver que encontraram os corpos, percebi que isso era verdade. E também li que elas haviam sido molestadas; eu não acreditei, mas eu li pela internet que foi verdade. E o criminoso confessou o crime. Os jornais disseram que só acharam os esqueletos porque elas já estavam em decomposição. Não pude acreditar quando vi que ele, além de tudo isso, comeu os corpos das crianças.
Perto da casa, onde aconteceu esse fato, há uma casa de retiro dos padres salesianos. Eu já ministrei retiro lá para médicos e nunca imaginei que perto daquele centro católico poderia acontecer tal trucidade. Esse é o motivo pelo qual a Bíblia fala que Deus tem tanto amor às crianças, em contraste a seus próprios pais.
Jesus não apenas cura, mas liberta as pessoas de satanás.
Eu era o diretor do nosso principal colégio em Bombaim. Um dia, matriculei três crianças: uma menina na terceira série, a irmã na segunda e o irmão mais novo na primeira. Quase todos os dias a irmã mais velha trazia o irmão mais novo em meu escritório e dizia: “Meu irmão é muito bagunceiro, bata nele, padre”. Eu pegava uma régua e batia nele bem devagar. Um dia, perguntei para ela: “Por que você está trazendo seu irmão para mim? Se ele é tão bagunceiro, sua mãe é quem tem de trazê-lo até mim. Você está agindo como uma mãe”. A menina disse que a mãe os havia deixado e ido para outro país com um homem estranho, e que o pai também fora para outro país com uma mulher. Eles foram deixados com uma avó e uma tia, as quais estavam cuidando deles. Eu perguntei como eles foram parar naquela escola, que era para pobres, porque eu havia pensado que eles iam para a escola perto da casa deles, que era muito melhor. Eles disseram que haviam vindo para essa porque não conseguiram se matricular em nenhuma escola, e que alguém lhes havia dito que na escola do padre Rufus eles encontrariam vaga. Eu perguntei se ela queria ir para outra escola e ela disse que sim, então, eu consegui uma vaga lá para ela.
Seis meses depois, quando estava na paróquia olhando pela sacada, vi a menina no pátio da recreação e a chamei e perguntei se as férias tinham chegado, e ela disse: “Eu saí da escola”. Eu disse para ela: “Você me deu tanto trabalho para que ficasse naquela escola! E você saiu?” Ela me disse: “Eu não saí. Eles me pediram para sair. Todas as tardes eu caía no pátio e ficava me contorcendo e as crianças ficavam com medo de mim. Então o diretor pediu que eu saísse da escola”. A tia dela apareceu e eu perguntei se era verdade o que a menina me havia contanto e esta disse que sim. Eles pensavam que a menina estava possuída. Perguntei para ela por que não me procuraram e elas disseram que os padres falavam que nem o Espírito Santo sabia onde eu estava. (Eles nem sabem que eu estou no Brasil agora, porque senão pegavam o vôo e vinham para cá). Então, eu disse: “O que você fez quando não me encontrou?” Ela disse: “Fomos a um feiticeiro conhecido”. Eu perguntei a ela: “E ela ficou melhor?” Ela disse: “Não, ficou ainda pior. E nós gastamos uma boa soma em dinheiro para que ele pudesse ajudá-la, mas ela ficou ainda pior”.
Naquele momento, a freira, que era diretora da escola, veio me ver. Eu perguntei a ela se era verdade o que elas me contaram e a freira disse que sim. Que todos os dias ela caía e parecia estar possuída, e acabava assustando as crianças.
No momento em que coloquei a mão na cabeça da criança ela começou a gritar. Nesse instante, eu percebi que era algo muito sério. Que ela não precisava somente de cura, mas de libertação. Então eu não rezei por ela, porque havia outros padres naquela paróquia que poderiam ficar assustados e até com raiva. Pedi a freira para que rezasse pela menina no convento com ajuda de algumas freiras. No outro dia, fui rezar pela menina e o espírito mau começou a falar comigo dizendo como havia entrado naquela menina. Havia outra menina no convento, que era órfã e foi operada de apendicite e morreu na mesa de operação, e o espírito, que a atacava, entrou nessa menina, pois ela sentou debaixo da árvore onde a outra menina costumava se sentar, e tinha os mesmos pensamentos que a outra. Quando a menina estava consciente, eu perguntei: “Nos intervalos, você brincava com as outras crianças?” Ela disse que não e que ficava sentada debaixo da árvore. Perguntei: “O que você pensava?” Ela disse que ficava pensando por que a mãe e o pai a haviam deixado. Ela brincava, sorria, mas atrás disso havia um grande sofrimento. Eu disse para ela: “Talvez sua mãe esteja se sentindo mal em tê-la deixado e talvez o seu pai esteja se sentindo mal também, até mais ferido que você. Agora quero que você faça duas coisas: perdoe seus pais, louve a Deus, que permitiu que tudo isso acontecesse. Ele conhece as chagas do seu coração e sabe transformar seus fardos em bênção. Então ela começou a louvar – perdoando seus pais, enquanto eu rezava por ela. Não houve mais manifestação e ela parecia até um anjo. Ela estava curada e liberta.
Eu disse a elas que precisávamos ajudá-la para que ela pudesse passar de ano, senão isso seria uma vitória de satanás. Muitas crianças não estudam por causa disso. Então a freira admitiu a menina e colocou-a de volta na escola e no internato, e ela conseguiu passar daquele ano para o outro. Alguns anos mais tarde, eu fui para um outro internato e lá eu vi uma adolescente trabalhando no balcão de entrada. Ela me disse: “Padre, o senhor não me reconhece? Eu sou aquela menina... Eu terminei a minha escola e arrumei este emprego e ainda espero um outro melhor. O senhor pode me ajudar a consegui-lo”. E me disse também: “Vocês, padres, só prometem muitas coisas, mas não fazem nada!” Eu pensei: “Eu fiz tantas coisas por ela e ela ainda fala isso”. Mas deixei isso para lá.
Na festa da Natividade de Maria, em Bombaim, alguém bateu na minha porta. Havia uma senhora com seu marido e bebê. “Padre, o senhor não me reconhece? Eu sou aquela menina... Agora estou casada. Este é meu marido e este, meu filho. Mudei para a Arábia Saudita. E todos os anos voltamos a Bombaim para a festa de Nossa Senhora. Por duas razões: uma, para agradecer a Nossa Senhora, e segunda, para agradecer ao senhor. Nossa Senhora sempre encontramos, mas o senhor, não”. Ela ainda disse: “Padre, todos os dias, meu marido, eu e meu filho ajoelhamos na oração da noite e rezamos pelo senhor”.
Um dia eu vi aquela menina, na sacada da paróquia, sem futuro, doente, sendo possuída todos os dias, e agora com uma família, com duas crianças. Sempre, que os encontro, eu me lembro quando a vi sem esperança. É por isso que Jesus diz: “Aquilo que é impossível para os homens é possível para Deus”.
A razão pela qual gastei tempo contando essa historia é para dizer que hoje muitos dos nossos filhos – não apenas meninos, mas também meninas – têm outros tipos de problemas, que médicos e psicólogos não podem ajudar, porque carregam fardos em seu coração que não podem partilhar com ninguém – a não ser que Deus traga aos seus corações a libertação. Por isso, vocês, pais, têm de despertar nos filhos confiança para que eles não escondam nada de vocês; assim, será fácil ajudá-los.
Uma outra vez, um pai e uma mãe trouxeram uma menina para mim. Eles eram bons católicos, eram líderes de um grupo de oração em Bombaim. Disseram: “Nós damos tudo para nossos filhos porque eles têm problema”. Contaram, para mim, que nos últimos meses a filha não conseguia se concentrar nos livros, parecia angustiada, não tinha apetite, achava difícil dormir à noite, e que sempre parecia estar tensa e cheia de medo. Aconteceu de a mãe me contar também que a filha costumava contar para ela que estava vendo figuras obscenas na sua mente. E quando eu ouvi isso, pedi ao pai e à criança que saíssem da sala e deixei só a mãe. Eu pedi que o Espírito Santo me falasse a causa do problema, e na minha mente vinha o fato de que a menina via figuras obscenas. Então fiz uma pergunta que nunca tinha feito antes. Diga-me: “Você já permitiu que sua filha visse você e seu marido terem relação sexual?” Ela disse que sim, e ainda acrescentou que foi a partir desse momento que a menina relatou para ela que estava vendo figuras obscenas. Então eu disse: “Essa é a causa”. O que eu fiz? O Espírito Santo me disse o que fazer. Eu fiz uma oração a Nossa Senhora: “A Senhora foi pequena como ela, ajude-a para que ela seja curada”. A seguir comecei a rezar e disse para a menina que ia rezar para ela não visse mais figuras feias, e ela afirmou que queria que eu rezasse.
Duas semanas depois, a mãe veio me dizer que a partir daquele momento houve uma grande melhora na sua filha. Ela não mais viu figuras obscenas, está dormindo e estudando bem. Depois da prova final, a mãe me ligou para dizer que a filha era a primeira da turma. Eu não sei por que sempre aqueles por quem eu rezo são os primeiros da turma. Não por causa da minha oração, mas é o Senhor quem os livra de todos os fardos para se dedicarem aos estudos.
Portanto, os pais devem ter muito cuidado de como educar os filhos. Nos retiros para casais sempre falamos que os pais devem tomar cuidado com quem os filhos saem e não os confiar a qualquer pessoa, pois há muitos casos de crianças que outras pessoas tiram vantagens e ainda abusam sexualmente delas, pessoas estas nas quais os pais haviam confiado. Tomem cuidado com aquilo que seus filhos comem fora de casa, pois há muitos casos de alimentos que elas comem e são afetadas por feitiços. Não estou dizendo que fiquem com suspeita de todos, mas sejam prudentes, aprendi isso com minha mãe. Ela me dizia para fazer duas coisas: nunca sair com estranhos nem comer fora de casa; agora percebo quão sábia ela foi. Assim como o rei Herodes estava ansioso para destruir crianças. Jesus diz: “Deixai vir a mim as criancinhas e não as impeçais, porque o reino de Deus é daqueles que se parecem com elas” (Lucas 18,16).
Transcrição: Willieny Isaías
Fotos: Natalino Ueda Fonte: cancaonova.com
Seis meses depois, quando estava na paróquia olhando pela sacada, vi a menina no pátio da recreação e a chamei e perguntei se as férias tinham chegado, e ela disse: “Eu saí da escola”. Eu disse para ela: “Você me deu tanto trabalho para que ficasse naquela escola! E você saiu?” Ela me disse: “Eu não saí. Eles me pediram para sair. Todas as tardes eu caía no pátio e ficava me contorcendo e as crianças ficavam com medo de mim. Então o diretor pediu que eu saísse da escola”. A tia dela apareceu e eu perguntei se era verdade o que a menina me havia contanto e esta disse que sim. Eles pensavam que a menina estava possuída. Perguntei para ela por que não me procuraram e elas disseram que os padres falavam que nem o Espírito Santo sabia onde eu estava. (Eles nem sabem que eu estou no Brasil agora, porque senão pegavam o vôo e vinham para cá). Então, eu disse: “O que você fez quando não me encontrou?” Ela disse: “Fomos a um feiticeiro conhecido”. Eu perguntei a ela: “E ela ficou melhor?” Ela disse: “Não, ficou ainda pior. E nós gastamos uma boa soma em dinheiro para que ele pudesse ajudá-la, mas ela ficou ainda pior”.
Naquele momento, a freira, que era diretora da escola, veio me ver. Eu perguntei a ela se era verdade o que elas me contaram e a freira disse que sim. Que todos os dias ela caía e parecia estar possuída, e acabava assustando as crianças.
No momento em que coloquei a mão na cabeça da criança ela começou a gritar. Nesse instante, eu percebi que era algo muito sério. Que ela não precisava somente de cura, mas de libertação. Então eu não rezei por ela, porque havia outros padres naquela paróquia que poderiam ficar assustados e até com raiva. Pedi a freira para que rezasse pela menina no convento com ajuda de algumas freiras. No outro dia, fui rezar pela menina e o espírito mau começou a falar comigo dizendo como havia entrado naquela menina. Havia outra menina no convento, que era órfã e foi operada de apendicite e morreu na mesa de operação, e o espírito, que a atacava, entrou nessa menina, pois ela sentou debaixo da árvore onde a outra menina costumava se sentar, e tinha os mesmos pensamentos que a outra. Quando a menina estava consciente, eu perguntei: “Nos intervalos, você brincava com as outras crianças?” Ela disse que não e que ficava sentada debaixo da árvore. Perguntei: “O que você pensava?” Ela disse que ficava pensando por que a mãe e o pai a haviam deixado. Ela brincava, sorria, mas atrás disso havia um grande sofrimento. Eu disse para ela: “Talvez sua mãe esteja se sentindo mal em tê-la deixado e talvez o seu pai esteja se sentindo mal também, até mais ferido que você. Agora quero que você faça duas coisas: perdoe seus pais, louve a Deus, que permitiu que tudo isso acontecesse. Ele conhece as chagas do seu coração e sabe transformar seus fardos em bênção. Então ela começou a louvar – perdoando seus pais, enquanto eu rezava por ela. Não houve mais manifestação e ela parecia até um anjo. Ela estava curada e liberta.
Eu disse a elas que precisávamos ajudá-la para que ela pudesse passar de ano, senão isso seria uma vitória de satanás. Muitas crianças não estudam por causa disso. Então a freira admitiu a menina e colocou-a de volta na escola e no internato, e ela conseguiu passar daquele ano para o outro. Alguns anos mais tarde, eu fui para um outro internato e lá eu vi uma adolescente trabalhando no balcão de entrada. Ela me disse: “Padre, o senhor não me reconhece? Eu sou aquela menina... Eu terminei a minha escola e arrumei este emprego e ainda espero um outro melhor. O senhor pode me ajudar a consegui-lo”. E me disse também: “Vocês, padres, só prometem muitas coisas, mas não fazem nada!” Eu pensei: “Eu fiz tantas coisas por ela e ela ainda fala isso”. Mas deixei isso para lá.
Na festa da Natividade de Maria, em Bombaim, alguém bateu na minha porta. Havia uma senhora com seu marido e bebê. “Padre, o senhor não me reconhece? Eu sou aquela menina... Agora estou casada. Este é meu marido e este, meu filho. Mudei para a Arábia Saudita. E todos os anos voltamos a Bombaim para a festa de Nossa Senhora. Por duas razões: uma, para agradecer a Nossa Senhora, e segunda, para agradecer ao senhor. Nossa Senhora sempre encontramos, mas o senhor, não”. Ela ainda disse: “Padre, todos os dias, meu marido, eu e meu filho ajoelhamos na oração da noite e rezamos pelo senhor”.
Um dia eu vi aquela menina, na sacada da paróquia, sem futuro, doente, sendo possuída todos os dias, e agora com uma família, com duas crianças. Sempre, que os encontro, eu me lembro quando a vi sem esperança. É por isso que Jesus diz: “Aquilo que é impossível para os homens é possível para Deus”.
A razão pela qual gastei tempo contando essa historia é para dizer que hoje muitos dos nossos filhos – não apenas meninos, mas também meninas – têm outros tipos de problemas, que médicos e psicólogos não podem ajudar, porque carregam fardos em seu coração que não podem partilhar com ninguém – a não ser que Deus traga aos seus corações a libertação. Por isso, vocês, pais, têm de despertar nos filhos confiança para que eles não escondam nada de vocês; assim, será fácil ajudá-los.
Uma outra vez, um pai e uma mãe trouxeram uma menina para mim. Eles eram bons católicos, eram líderes de um grupo de oração em Bombaim. Disseram: “Nós damos tudo para nossos filhos porque eles têm problema”. Contaram, para mim, que nos últimos meses a filha não conseguia se concentrar nos livros, parecia angustiada, não tinha apetite, achava difícil dormir à noite, e que sempre parecia estar tensa e cheia de medo. Aconteceu de a mãe me contar também que a filha costumava contar para ela que estava vendo figuras obscenas na sua mente. E quando eu ouvi isso, pedi ao pai e à criança que saíssem da sala e deixei só a mãe. Eu pedi que o Espírito Santo me falasse a causa do problema, e na minha mente vinha o fato de que a menina via figuras obscenas. Então fiz uma pergunta que nunca tinha feito antes. Diga-me: “Você já permitiu que sua filha visse você e seu marido terem relação sexual?” Ela disse que sim, e ainda acrescentou que foi a partir desse momento que a menina relatou para ela que estava vendo figuras obscenas. Então eu disse: “Essa é a causa”. O que eu fiz? O Espírito Santo me disse o que fazer. Eu fiz uma oração a Nossa Senhora: “A Senhora foi pequena como ela, ajude-a para que ela seja curada”. A seguir comecei a rezar e disse para a menina que ia rezar para ela não visse mais figuras feias, e ela afirmou que queria que eu rezasse.
Duas semanas depois, a mãe veio me dizer que a partir daquele momento houve uma grande melhora na sua filha. Ela não mais viu figuras obscenas, está dormindo e estudando bem. Depois da prova final, a mãe me ligou para dizer que a filha era a primeira da turma. Eu não sei por que sempre aqueles por quem eu rezo são os primeiros da turma. Não por causa da minha oração, mas é o Senhor quem os livra de todos os fardos para se dedicarem aos estudos.
Portanto, os pais devem ter muito cuidado de como educar os filhos. Nos retiros para casais sempre falamos que os pais devem tomar cuidado com quem os filhos saem e não os confiar a qualquer pessoa, pois há muitos casos de crianças que outras pessoas tiram vantagens e ainda abusam sexualmente delas, pessoas estas nas quais os pais haviam confiado. Tomem cuidado com aquilo que seus filhos comem fora de casa, pois há muitos casos de alimentos que elas comem e são afetadas por feitiços. Não estou dizendo que fiquem com suspeita de todos, mas sejam prudentes, aprendi isso com minha mãe. Ela me dizia para fazer duas coisas: nunca sair com estranhos nem comer fora de casa; agora percebo quão sábia ela foi. Assim como o rei Herodes estava ansioso para destruir crianças. Jesus diz: “Deixai vir a mim as criancinhas e não as impeçais, porque o reino de Deus é daqueles que se parecem com elas” (Lucas 18,16).
Transcrição: Willieny Isaías
Fotos: Natalino Ueda Fonte: cancaonova.com
MINISTÉRIO DE LIBERTAÇÃO
O Salmista no Salmo 142:7 se derrama em lágrimas perante Deus e fala de sua angústia, de como se sente abatido, cansado da perseguição do inimigo. A tristeza na sua alma era tamanha que ele olhava para os lados e não via ninguém em quem pudesse confiar. Naquela hora Davi implora a Deus para que tire a sua alma da prisão, porque ele se sentia impedido de se achegar a Deus. Ele se sentia impedido de louvar e adorar ao Senhor. Mas Davi, era segundo o coração de Deus, um servo fiel, um crente temeroso, amava a Deus tremendamente. Porque ele se sentia daquela maneira? Onde ele se sentia preso? Porque ele se sentia preso? O que faltava para que sua alma fosse liberta? A palavra LIBERTAÇÃO vem do grego “sotero“ e significa “livramento, salvação” . Em João 10:10, a palavra do Senhor diz que: “ O ladrão (diabo) veio para matar, roubar e destruir”, mas Jesus, o Rei dos Reis, o Senhor dos Senhores, o Alfa, o Omega, o Todo Poderoso, o Majestoso, o Cordeiro de Deus, o Príncipe da Paz, veio para SALVAR, LIBERTAR e RESTAURAR.
Como purificar uma casa de espíritos territoriais EM PRIMEIRO LUGAR: Precisamos entender que espíritos territoriais argumentam e resistem para ocupar determinados espaços geográficos, tendo como responsabilidade amaldiçoar tais localidades. Muitas residências tem sido atormentadas por demônios, mesmo sendo seus moradores pessoas sem aparente envolvimento com os mesmos. Isso acontece porque tais espíritos foram invocados por antigos moradores ou freqüentadores do local, e hoje exigem o direito de permanecerem no mesmo. ALGUMAS CONSEQÜÊNCIAS DA PRESENÇA DE TAIS ESPÍRITOS EM UM DETERMINADO AMBIENTE: - Enfermidades - Vícios - Problemas sentimentais - Problemas emocionais - Problemas familiares - Amarração financeira Entenda uma coisa. O diabo veio para matar, roubar e destruir. Onde tiver um demônio, existirá destruição. ALGUNS MOTIVOS QUE ATRAEM A PRESENÇA DE UM ESPÍRITO TERRITORIAL: - Idolatria - Feitiçaria - Macumbaria - Inveja - Simpatias - Pecados - Invocações e rituais - Objetos amaldiçoados - Objetos enterrados - Borra de vela de macumba nos jardins - Plantas “trabalhadas” As praticas ocultas deixa na casa onde foram feitas ou lanças profundos danos sejam elas materiais ou espirituais. Quando tais praticas acontecem abrimos brechas para que os espiritos imundos domine e tenha poder. VEJAMOS NA BÍBLIA LUGARES HABITADOS POR DEMÔNIOS: “...conheço o lugar em que habitas,onde está o trono de satanás, e que conservas o meu nome não negaste a minha fé, ainda nos dias de antipas, minha testemunha, meu fiel, o qual foi morto entre vós, onde satanás habita.” (apocalipse 2:13) “O dono da casa fará saber ao sacerdote [profeta de DEUS], dizendo: Parece-me que há como que praga em minha casa. O sacerdote ordenará que esvaziem casa, antes que venha para examinar a praga, para que não seja contaminado tudo o que está na casa; depois, virá o sacerdote, para examinar a casa.” (levítico 14:35,36) Muitas vezes, os espíritos demoníacos se apoderam de uma determinada casa, por causa de práticas ocultas feito para um antigo morador. O morador mudou-se, mas os efeitos do ocultismo permaneceram no lugar. É necessario, portanto clamar o sangue de Jesus para lavar toda realidade negativa e opressiva, clamar pela misericórdia do Senhor, pelos pecados de ocultismo, por tudo que ofendeu a Deus ou até mesmo aos nossos irmãos, pois muitas praticas ocultas são para destruir outra pessoa. Recorrer a Mãe Santíssima sempre é o melhor recurso, ela como mãe, sabe quais são as nossas necessidades, aquilo que mais estamos precisando, ela é nossa fiel intercessora, por isso a devoção ao terço é muito valida para dissipar e afujentar a presença maligna. A vivencia dos sacramentos da igreja é fundamental, quando comungamos Jesus Eucaristica, sua presença em nós não se limita a igreja, mas ele nos acompanha em todos os lugares, passamos a ser sacrários vivos do Senhor, a Confissão, também é cura e principalmente libertação, nela rompemos com o pecado e a nossa presença torna-se terror para os Espíritos imundos. Outra arma poderosa é orar pelos que fizeram os trabalhos ou invocações para que elas sejam abençoados por Deus, que o Senhor os liberte e nunca desejar que o mal retorne, mas sim que o mal se anule e que o bem o atinja. Portanto se desejamos ter nossa casa livre das presenças malignas, devemos nos preucupar não somente com o espaço físico, mas com nós em primeiro lugar e então o ambiente onde estivermos será atingido. Deve-se, claro, orar pelo ambiente, porém de nada adiantará pedir a expulsão dos espiritos se nós o trazemos de volta por nossas pecados e infidelidades. Demônios – nomes e significados BELIAL: Seu nome deriva do hebraico e significa Rebelde, Profano. O Desprezível e/ou Desobediente. Rege o mês de janeiro. Dentre suas características destaca-se a mania de mentir . Aparece sempre com uma beleza sobre humana, apesar da igreja e da tradição católica sempre representa-lo com as mais grotescas das formas. Este grande corruptor especializou-se em seduzir adolescentes, mas é verdade que paga os seus favores com uma devota proteção. O inferno nunca recebeu espírito mais dissoluto, mais bêbado, nem mais enamorado enquanto o céu nunca perdeu mais formoso habitante. Sabe-se que Belial foi um dos primeiros anjos a aderir a Rebelião de Lúcifer e que foi o que mais arrastou outros consigo, ele é um ícone de todos as rebeldes e inconformados sendo de natureza louca e de pouca profundidade filosófica, altamente destrutivo. LEVIATÃ: Do hebraico: "Serpente Tortuosa". Grande Almirante do Inferno e Senhor dos Mares, favorece os homens e as mulheres que gostam de correr o mundo, servindo-lhes para obter fama e honras. Também é chamado de "O Grande Embusteiro", pela facilidade com que triunfa em lances políticos, tratados comerciais e intrigas palacianas. Toma quando é visto aspectos multiformes estonteantes e vertiginosos. Especializa-se em possuir as mulheres famosas. Suas festividades são celebradas no mês de fevereiro é patrono da Melancolia e da Poesia. SATÃ (SATAN, SATANÁS): Seu nome, em hebreu significa "O Inimigo, o Adversário", ou seja ele representa o espírito vingativo, o não perdão e a justiça para quem a merece. Seu apogeu coincide com o mês de Março. Possui rudeza e agressividade em cada gesto e idéia. É o mais cruel dentre seus irmãos e representa o sentido da luta. É a ação em busca de seu objetivo, não importando as conseqüências e as metas, custe o que custar. É irmão siamês de Lúcifer. BELPHEGOR (BELFEGOR): Demônio dos inventores, dos descobrimentos e das soluções engenhosas. Um fato peculiar que pode ser estudado é a de que ele sempre se apresenta de boca aberta. Seus adoradores lhe rendem culto servindo-se de gretas e fendas, através das quais lançam as suas oferendas. Muitas vezes é visualizado como “uma aparência feminina de deslumbrante juventude e beleza”. Governa o mês de abril, no apogeu da Primavera. LÚCIFER: Príncipe dos demônios, seu nome significa "Estrela da Manhã", sem dúvida pelo esplendor de sua presença. É um dos mais belos dentre os anjos caídos, e sua formosura é especialmente melancólica, com uma sombra de dor que cobre continuamente a suavidade de seus traços. Costuma-se dizer que nesta característica reside a chave de sua sedução já que não a nada mais irresistível ao coração humano do que o sofrimento unido à beleza . Existe na filosofia muçulmana sob o nome de Iblis ou Eblis, exerce poder geográfico sobre todos os países da Europa e é governante do mês de maio. Sua personalidade é sempre tranqüila e segura de si. Um verdadeiro aristocrata e estrategista por natureza, mesmo quando irritado mostra-se calmo sendo assim bem diferente de Satã, seu irmão siamês por alma.BAALBERIT: E chamado de "O Arquivista". É advogado astucioso e possui uma prodigiosa memória. Os fenícios o tomavam como testemunha de seus juramentos. Entre os séculos XV e XVII, apareceu invocado com freqüência nos grimórios populares como campeão de causas perdidas. Preside o mês de junho.BELZEBU: Seu nome significa "O Senhor das Moscas". É lhe reconhecido o número dois na hierarquia infernal, imediatamente abaixo de Satanás. Alguns estudiosos afirmam que desde mil anos atrás é ele que domina o inferno. Talvez em razão a imensidade do seu poder e do pavor que seu prestigio provoca, sua iconografia é contraditória assim como os dados que possuímos a seu respeito. Como na maioria das escrituras sobre os demônios uma lenda negra foi escrita para Belzebu, mas sem contar estes conceitos cristãos impostos dizem que ele possui feições que refletem grande sabedoria e um ar ameaçador. Governa o mês de julho no centro exato do verão . ASTAROTH: Seu nome tem origem no hebraico, que significa "Multidão", "Assembléia", "Rebanho". Poderoso mas desventurado, afirmam ter sido condenado injustamente à sua situação. Patrono dos banqueiros e homens de negócios, representa a ganância e a confirmação da posse. Rege o mês de agosto, entre os insetos de verão. Sua natureza é extremamente cooperativa, de certo devido a sua personalidade comercial. Ele também governa as paixões por jogo a dinheiro, mesmo sendo de personalidade extremamente possessiva, ele nunca irá roubar, dando preferências a pactos e ao comércio. LILITH: Em grego-hécate; “A que fere de longe", no hebraico Lilith significa "A Noturna". Mulher bonita e silenciosa, com uma profunda solidão. A Serpente da Sedução, a Mãe da Luxúria. Setembro é o seu mês. Uma coisa importante sobre Lilith. É considerado o Portal de Lúcifer, uma vez que todos os caminhos dela realizam Lúcifer. Em Astrologia, sua influência foi cientificamente provada em 22/11/1897 por Waltemath. Neste ano, uma centena de anos depois, a força obscura da natureza humana feminina estará crescendo rápida pelo mundo. De qualquer modo, ela é um arquétipo muito antigo, perdido no tempo.BAAL: O comandante das Tropas do Inferno, ou seja uma das maiores potências militares dentre os demônios. Sabe-se também de sua natureza hermafrodita e que já foi adorados por caldeus , babilônios e israelitas. Governa o mês de Outubro e os ventos de outono . ASMODEU (ASMODEUS, CHASMODAY, SIDONAY): O Destruidor, é um dos mais antigos demônios, o pai dos jogos, do mistério e da perversidade .Ele não e de conversas ou diálogos, mas isso de modo algum representa modéstia. Seu mês é Novembro sua meta é a destruição aos que a merecem. MORLOCH (MOLOCH): O Senhor do País das Lágrimas, é intimamente relacionado com a fertilidade e é muitas vezes reconhecido com uma cabeça de boi. Governa dezembro, exatamente na chegada do inverno. MEFISTÓFELES: Em hebraico: “de Mephir” – Destruidor; de “Thophel”- Mentiroso Orações contra todos demônios Bom Sabermos que, Durante os exorcismos, o maligno foi forçado, pelo poder do Senhor e da Virgem Santíssima a dizer quais são os demônios mais poderosos e quais são as orações que eles não suportam, que os fazem perder o poder e que nos liberta das enfermidades e de suas mãos. Para comprovar os fatos verificou-se que os possuídos por tais demônios durante os exorcismos realizados, se enraiveciam durante a recitação de tais orações. Por isso, é muito bom, que as pessoas interessadas (e os seus familiares), combatam os espíritos malignos com a específica oração que os demônios não suportam e perdem as forças, como é proposto no esquema que segue abaixo: Oração a São Miguel São Miguel Arcanjo, defendei-nos no combate, sede o nosso refúgio contras as maldades e ciladas do demônio, ordene-lhe Deus, instantemente vos pedimos e vós príncipe da milícia celeste, pelo Divino Poder, precipitai no inferno a satanás e a todos os espíritos malignos que andam pelo mundo para perder as almas. Assim seja! Não suportam oração a São Miguel: ASMOD:demônio do ódio ALBATROS: demônio dos males da garganta e do tórax AROK: demônio que faz as pessoas se tornarem loucas ALZUS: demônio das doenças nas articulações AJROL: demônio das dores e problemas na nuca ELVAROTH: demônio das dores e problemas nos músculos ELAMDOR: demônio dos truques e enganos EMAUS: demônio das dores e problemas no tornozelo ILBAROL: demônio do nervo ciático LÚCIFER: chefe de todos os demônios TUBEROCH: demônio das dores nos ombros Oração a São José A vós recorremos, ó Bem-Aventurado São José, em nossas tribulações e depois de ter implorado o auxílio de vossa Santíssima Esposa, cheios de confiança, solicitamos também a vossa proteção. Por esse laço sagrado de caridade que vos uniu à Virgem Imaculada, Mãe de Deus e pelo amor paternal que tivestes para com o Menino Jesus, ardentemente suplicamos que lanceis um olhar benigno sobre a herança que Jesus Cristo conquistou com o seu sangue e nos assistais em nossas necessidades com o vosso auxílio e poder. Protegei, ó guarda providentíssimo da Sagrada Família, a raça eleita de Jesus Cristo. Afastai para longe de nós, ó Pai Amantíssimo, a peste do erro e do vício. Assistí-nos do alto do céu, ó nosso fortíssimo sustentáculo, na luta contra o poder das trevas e assim como outrora salvastes da morte a vida ameaçada do Menino Jesus, assim também defendei agora a Santa Igreja de Deus das ciladas dos seus inimigos e de toda a adversidade. Amparai a cada um de nós com o vosso constante patrocínio, afim de que, a vosso exemplo e sustentados com o vosso auxílio possamos viver virtuosamente, morrer piedosamente e obter no céu a eterna bem-aventurança. Amém! Não suportam a oração a São José: ASMODEO: demônio do sexo, da impureza, da AIDS e da sífilis AFRAGOL: demônio da discórdia entre marido e mulher ALDRESS: demônio da tireóide ALFAROTH: demônio das dores nas vísceras e nos intestinos ASTRAROM: demônio do sucesso e que faz se tornar rico AROTH: demônio das dores e males na coluna ALMINGO: demônio do fundo da coluna ALFAT: demônio dos problemas e dores no fígado ALMAR: demônio dos problemas e dores nos tendões ANATROS: demônio dos nervos dos pés EMOL: demônio dos problemas da garganta EMADOR: demônio da rótula ELCHEMER: demônio dos problemas da pele IMADOR: demônio dos problemas dos nervos do corpo MIVAR: demônio da tuberculose ULVAR: demônio dos problemas no útero com fibroma e da barriga UTERH: demônio dos problemas nos quadris ZAIS: demônio das infecções ZELCOL: demônio dos problemas no osso cervical Não suportam a Santa Missa: ALBAMAMMAN: demônio que não faz entrar nas Igrejas ALVAR: demônio do álcool e da embriagues ULBADOR: demônio dos problemas e dores nas coxas Não suportam a oração do Credo ALMARENGO: demônio das adivinhações AMATRON: demônio dos problemas nos brônquios ASTAROTH: demônio dos problemas e dores nos olhos BELZEBUL: demônio da discórdia Não suportam a reza do rosário ALFAGOR: demônio que causa problemas nos rins ALKAR: demônio dos problemas das dobraduras nos joelhos AMICOL: demônio da insônia ARAVAT: demônio que causa alergias AUAN: demônio da falência e de todas as espécies econômicas BENTLAN: demônio dos problemas no cérebro BULGAR: demônio que causa a hepatite Demônio do suicídio ELVAR: demônio que não faz estudar ELVADOS: demônio dos cistos no ovário ELVADOS: demônio dos problemas nas panturrilhas EVAUS: demônio das obsessões ILDROK: demônio das febres aos quais não se conhece a causa ILVASTOR: demônio da carne, da fornicação LULUS: demônio dos tics e dos distúrbios acompanhados com vulgaridades e blasfêmias MATRUS: demônio das doenças nos filamentos do cérebro NUBILAR: demônio do mal de ALZHEIMER OLMAR: demônio das doenças na caixa torácica PASSIONASS: demônio do exaurimento nervoso TENEBROS: demônio dos problemas na cabeça UBADAS: demônio do mal de PARKINSON ULDERIC: demônio das doenças nas ligaduras dos nervos ULDERIG: demônio do rancor UNER: demônio dos problemas no cabelo UNGIADOR: demônio da gastrite VANTUS: demônio da malária ZEUR: demônio dos problemas e dores nos dedos ZEUS: demônio da mente e problemas mentais Não suportam a oração da Salve Rainha: ARATOS: demônio que causa o desconforto ELVARIST: demônio dos problemas nas cordas vocais Não suportam o terço da misericórdia: ALAMAGAS: demônio das úlceras ANDRAPOS: demônio das doenças nos intestinos ENDIOR: demônio dos eczemas TARTANASS: demônio da homeopatia Não suportam a oração a Maria contra as invasões diabólicas: ALBADRAS: demônio das hérnias ALLAB: demônio que faz as pessoas se drogarem impedindo a sua libertação ALVADOR: (demônio da lepra), não suporta o rosário e a santa comunhão ANGRADAR: (demônio que não faz encontrar um emprego), não suporta a consagração a Maria Santíssima e a São José AULTALDAN: (demônio da depressão), não suporta o Magnificat (Lc1, 47-55) e a oração a Nossa Senhora roda dos montes GRADALAN: (demônio da esterilidade masculina e feminina), não suporta a Consagração a São José e a consagração a Maria. IDRATAN: (demônio que causa os acidentes nas estradas e ruas), não suporta a oração a São Cristovão IGGIAR: (demônio que coloca vozes na mente das pessoas, perturbando-as), não suporta o terço de Nossa Senhora das dores. CIMARASTAL: (demônio que induz ao lesbianismo), não suporta a oração das 12 estrelas de Maria e a oração a Medalha Milagrosa DRINDILLON: (demônio das hemorróidas), não suporta a oração das sete ofertas do preciosíssimo sangue de Jesus IMASTOLANGORLSH: (demônio que perturba o ciclo menstrual), não suporta a Consagração à Divina Vontade INDON: (demônio da epilepsia), não suporta a Oração ao Preciosíssimo Sangue e a oração a Santa Gemma Galgani JANADAR: (demônio do olhar das pessoas maldosas), não suporta a oração a São Raimundo Nonato e a oração a Santo Elpídio LAMAFAGAR: (demônio que faz as pessoas terem medo da água, dor rios, lagos e mares), não suporta a novena ao Espírito Santo MADAGASCALH: (demônio das córneas), não suportam a oração a Santa Luzia e o rosário de Santa Rita de Cássia MASSALANDANH: (demônio que causa a menopausa precoce), não suporta a oração a Nossa Senhora da Saúde, a novena a Santa Ana e a oração a Santa Amália MATTADATTAR: (demônio que é invocado nas missas negras para impedir a libertação das pessoas enfeitiçadas e possuídas), não suportam a oração das Pias súplicas a São José Oração para destruir e enfraquecer todo malefício e força diabólica Não suportam esta oração: AMACCRAK: demônio da telepatia AMAMMAR: demônio do incesto ALTTAR: demônio da escritura automática ANTICHOS: demônio da hipertensão da qual não se conhece a causa ANTROPOLINUS: demônio da doença dos anéis da coluna vertebral ARABAT: demônio do condicionamento BAUDAS: demônio dos problemas do paladar ELBAROTH: demônio dos ossos dos dedos ILMON: demônio dos brônquios e dos pulmões INDRUS: demônio da oligosperma INFASTAL: demônio da doença celíaca MAROBAL: demônio da mediunidade e dos médiuns NIPPLAN: demônio do Lúpus eritematoso ULVAVVAR: demônio da pranoterapia Oração de Libertação Ó Pai Celeste, te amo, te louvo e te adoro. Agradeço-te por ter-me enviado o teu Filho Jesus que venceu o pecado e a morte para a minha salvação. Agradeço-te por ter-me dado o Espírito Santo, que me dá força, que me guia e me conduz à plenitude da vida. Agradeço-te por Maria, minha Mãe Celeste, que intercede com os Anjos e os Santos por mim. Ó Senhor Jesus Cristo, eu me prostro aos pés da tua cruz e peço-te de cobrir-me com teu preciosíssimo sangue que jorrou do teu Sacratíssimo Coração e das tuas santíssimas chagas. Lava-me, ó meu Jesus, na água viva que brota do teu Coração. Senhor Jesus, peço-te de circundar-me com a tua santa luz. Pai Celeste, faz com que a água santa do meu batismo, reflua atrás no tempo, através das gerações maternas e paternas, afim de que toda a minha família seja purificada e libertada de satanás e do pecado. Prostrado diante de ti, ó Pai, peço-te perdão para mim mesmo, para os meus parentes, para os meus antepassados, por causa de cada invocação de poder que os colocaram contra ti ou que não tenha dado uma verdadeira honra ao nome santo de Jesus Cristo. No santo nome de Jesus, eu reclamo agora, qualquer que seja a minha propriedade física ou espiritual que foi colocada sobre a jurisdição de satanás, para colocá-la de volta sob o Senhorio de Jesus Cristo. Pelo poder do teu Espírito Santo, revela-me ó Pai, cada pessoa que eu tenho necessidade de perdoar e cada área de pecado não confessado. Revela-me, ó Pai, aquelas partes da minha vida que deram a satanás a possibilidade de introduzir-se na minha vida. Ó Pai, eu te dou toda falta de perdão. Eu te entrego todos os meus pecados. Entrego-te todos aqueles caminhos do qual satanás se apossou na minha vida. Obrigado pelo teu perdão e pelo teu amor. Senhor Jesus, no teu santo Nome, eu aprisiono todos os espíritos do ar, da água, da terra, os que estão debaixo da terra e os do mundo infernal. Aprisiono também, no nome de Jesus Cristo, todos os emissários do comando geral satânico e clamo o preciosíssimo sangue de Jesus sobre o ar, sobre a atmosfera, sobre a água, sobre a terra e sobre os seus frutos. Ordeno de andarem diretamente até Jesus, sem nenhum tipo de manifestação e sem causar danos nem a mim e nem nenhuma outra pessoa de modo que Jesus possa dispor de mim segundo a sua santa vontade. No nome santo de Jesus, eu rompo e desfaço toda maldição, mau-olhado, feitiçarias, encantamentos, armadilhas, mentiras, obstáculos, traições, desvios, influências espirituais, presságios e desejos diabólicos, segredos hereditários conhecidos e desconhecidos e qualquer que seja a disfunção e doença derivadas de qualquer origem, inclusive as minhas culpas e os meus pecados. No nome de Jesus, eu esmago as transmissões de todo voto satânico, vínculo, ligação espiritual e trabalho infernal. No nome de Jesus, eu esmago e desfaço todas as ligações e os seus efeitos com astrólogos, adivinhos, clarividentes, médiuns, curandeiros que operam com bola de cristal, leitura das mãos, pranoterapeutas, movimento da Nova Era, práticas de reiki e Sei Cho, operadores do oculto e de folhas de chá, cartas e tarôs, operadores psíquicos, cultos satânicos e espíritos guias, magos, bruxas e operadores vodus. No nome de Jesus, eu desfaço todos os efeitos de participação em encontros mediúnicos e espíritas, horóscopos , escritura automática, preparações ocultas de qualquer espécie e de qualquer forma de veneração que não oferece uma verdadeira honra e adoração a Jesus Cristo. “Eis o Deus que me salva, tenho confiança e nada temo, porque minha força e meu canto é o Senhor, e ele foi o meu salvador.” (Is 12,2). Amém, aleluia, amém! (Padre Robert De Grandis) Oração a Nossa Senhora libertadora dos flagelos Ó Nossa Senhora libertadora dos flagelos, nós nos lançamos aos vossos pés com o coração cheio de amargura e de confiança no vosso auxílio. Somos pecadores sim, mas filhos vossos. Após termos deixado a casa do Pai, fomos conduzidos pela soberba ilusão de construir um mundo feliz sem Deus e contra Deus. O maligno inspirou ao homem este ímpio propósito e o homem o levou adiante com blasfêmias constante. Mas agora, este mundo, distante de Deus e cheio pecados cai sobre nós e nos esmaga. Não temos a coragem de nos apresentarmos diante de Deus, que com nossas ingratidões o abandonamos e o seu amor desprezamos, rejeitando assim a sua misericórdia. Por isso, recorremos a vós, nossa Mãe terníssima, Advogada nossa, com a consciência de termos pecado contra o céu e contra a terra, e com firme propósito de nos afastarmos do mal, para encontrarmos na oração e na penitência o caminho da conversão que conduz a Deus. Liberta-nos, por isso, ó segura esperança dos Cristãos, liberta-nos de todo flagelo, afasta a cólera divina das nossas casas, da nossa Pátria, do mundo inteiro.Nós por todas as nossas necessidades nos entregamos ao vosso Coração Imaculado, no qual procuramos refúgio nas duras horas de expiação, força nas horas de tremenda purificação, certeza no triunfo do vosso Filho Divino, que na cruz temos a arma da nossa luta e da nossa vitória e a coroa da nossa felicidade. Amém! Ao Senhor Jesus Ó Jesus Salvador, meu Senhor e meu Deus, meu Deus e meu tudo, que com o sacrifício da cruz nos redimistes e destruístes o poder de satanás, eu vos peço de libertar-me de toda presença maléfica e de toda influência maligna. Eu vos peço no vosso nome, peço-vos pelas vossas santas chagas, peço-vos pela vossa santa cruz, peço-vos pela intercessão de Maria, a Imaculada Conceição e Virgem Dolorosa. O sangue e a água que jorraram do vosso lado, desçam sobre mim para purificar-me, libertar-me e curar-me. Amém! Liberta-me do mal Não suportam esta oração: AFFRADOR: demônio da telassemia ARMADOS: demônio da steatosi hepática ELIOS: demônio dos Ictus HURIELH: demônio de uma parte do intestino INDOOR: demônio da artrite reumática INGAGAS: demônio da úlcera gástrica ILDADON: demônio da sinusite MAUSTAFAT: demônio da obesidade MIASTON: demônio da colite ulcerosa e aspártica ODAR: demônio dos meniscos ÚDDADAS: demônio das verrugas UGLADAS: demônio do glaucoma USACH: demônio da diabete no sangue ABABAAS: demônio da iposomia Senhor Jesus, se algum mal foi feito sobre mim, sobre a minha alma, sobre o meu corpo, sobre o meu trabalho, sobre a minha família, com o teu poder, pela vossa misericórdia, pelo vosso divino querer, faz com que eu deste momento em diante, possa retornar em plena graça, em completa saúde e em perfeita união com o querer da Santíssima Trindade. Eu vos peço, ó Jesus, pelos vossos méritos, pelo vosso sangue precioso derramado sobre a cruz, pelas dores da Virgem Mãe e pela intercessão do Patriarca São José e para glória da Santíssima Trindade. Amém! Seqüência ao Espírito Santo Não suportam esta oração: EMADUS: demônio da ruína econômica LEGIONE e LEVAIER: demônio das feitiçarias, também não suportam o canto Vinde, Espírito de Deus Vinde, Santo Espírito, e mandai do céu um raio de Vossa luz. Vinde, Pai dos pobres, vinde, ó distribuidor dos bens, vinde, ó luz dos corações.Vinde,Consolador ótimo, doce Hóspede e suave alegria das almas. Vinde aliviar-lhes os trabalhos, temperar-lhes os ardores e enxugar-lhes as lágrimas. Oh! luz beatíssima, inflamai o íntimo dos corações dos Vossos fiéis. Sem a Vossa graça nada há no homem, nada que se possa dizer inocente. Lavai, pois, o que em nós é sórdido regai; o que é seco, sarai o que está ferido. Abrandai o que é duro, abrasai o que é seco e reconduzi o desviado. Concedei aos Vossos servos, que em Vós confiam, o centenário dos Vossos dons. Dai-lhes o mérito da virtude, o dom da graça final e o glorioso prêmio dos prazeres eternos.Amém. Aleluia. Coroa a Deus Pai Não suportam esta oração: AURAS: demônio da paralisia UTRALIL: demônio dos litígios judiciários Meu Pai, se é possível, afasta de mim este cálice! Todavia não se faça o que eu quero, mas sim o que tu queres. (MT 26,39) Pai Nosso, Ave Maria e Glória Aba!(Pai!)...tudo te é possível; afasta de mim este cálice!Contudo, não se faça o que eu quero, senão o que tu queres. (Mc 14,36) Pai Nosso, Ave Maria e Glória Pai, se queres, afasta de mim este cálice!Todavia não seja feita a minha, mas tua vontade. Pai Nosso, Ave Maria e Glória Não suportam as vésperas: CUMAR: demônio da taquicardia e do infarto ELCHIOR: demônio da amigdalite, tonsilite ILCOR: demônio do útero OLMAR: demônio das trompas RATAFAGLANS: demônio das enzimas do coração RUGATTH: demônio das nádegas Não suportam a oração de libertação a Jesus ELCUR: demônio da psoríase RENUS: demônio dos reumatismos ULCAR: demônio do melanoma ULFAS: demônio das ligaduras dos ovários Oração a Augusta Rainha dos Anjos Não suportam esta oração: QUAR: demônio da bulimia nervosa, que leva as pessoas a comer sempre RIPATAL: demônio dos cálculos na bexiga VIRTUL: demônio da surdez Augusta Rainha dos céus e Senhora dos Anjos, vós que desde o princípio, recebestes de Deus o poder e a missão de esmagar a cabeça de satanás, humildemente vos rogamos que envieis as legiões celestes, para que, às vossas ordens, persigam os infernais espíritos, combatendo-os por toda a parte, confundam a sua audácia e os precipitem no abismo. Ó Excelsa Mãe de Deus, enviai também São Miguel arcanjo, o invencível chefe dos exércitos do Senhor, na luta contra os emissários do inferno entre os homens. Destruindo os planos dos ímpios e humilhando todos aqueles que querem o mal. Obtenha para eles a graça do arrependimento e da conversão, afim de que dêem honra ao Deus vivo, Uno e Trino e a vós. Ó nossa Poderosa protetora, por meio dos resplandecentes espíritos celestes, protegei por toda a terra as Igrejas, os lugares sagrados, e especialmente, o Santíssimo Sacramento do Altar. Impedi toda profanação e toda destruição. Os anjos estão a cada instante na espera de vossas ordens e ardem de um desejo em escutá-las. Ó Mãe Celeste, protegei enfim também as nossas casas e os nossos lares das insidias do inimigo infernal. Fazei que os santos anjos habitem sempre nelas e nos tragam as bênçãos do Altíssimo. Quem como Deus? Quem como vós, ó Maria? Vós sois a Rainha dos Anjos e a vencedora de satanás. Ó boa e terna Mãe, vós sereis sempre o nosso amor e a nossa esperança!Ó Mãe de Deus, enviai os santos Anjos, para nos defender e repelir para longe de nós o cruel inimigo. Santos Anjos e Arcanjos defendei-nos e protegei-nos. Amém! Coroa a Santo Antônio Não suportam esta oração: RUATH: demônio dos músculos do pescoço e das costas TINOS: demônio do herpes Oh, escutai, o amado santo, Por amor de Deus Menino As minhas preces e o meu canto Que eu exponho a vós tão perto I Estrofe Salve, ó lírio imaculado Santo Antônio abençoado Eu me arrependo dos meus pecados Eu de vós a graça espero ( se repete 10 vezes) Glória ao Pai... Oh, escutai... II Estrofe Santo Antônio meu beato Pura gema de esplendor Do Menino Deus que está ao seu lado Obtenha-me o favor ( se repete 10 vezes) Glória ao Pai... Oh, escutai... III Estrofe De celestes graças cheias As vossas mãos vós nos mostrais Oh, suavizai as minhas penas Querido santo não tardeis! (se repete 10 vezes) Glória ao Pai... Oh, escutai... IV Estrofe Pelo Menino tão formoso Que vos sorri e vos acaricia Oh, mudai vós piedoso Os meus prantos em doçuras ( se repete 10 vezes) Glória ao Pai... Oh, escutai... V Estrofe Sois o pai dos órfãos À nossa prece estais atento Dais o pão aos mais pobres Acorreis aos meus lamentos ( se repete 10 vezes) Glória ao Pai... Oh, escutai... Conclusão Oh, rezai, ó Santo Antônio E obtenha-nos portanto Que sejamos dignos de obtermos Aquilo que com nossas orações Pedimos ao bom Jesus Daqui deste exílio Oremos O manso e clementíssimo Deus que com esplendor de contínuos milagres glorificastes Santo Antônio, vosso confessor, concedei-nos benignamente, que por sua intercessão obtenhamos sempre aquelas graças que agora vos pedimos pelos seus méritos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém! Oração à chaga do ombro de Nosso Senhor e a Virgem Imaculada VIACASTROL: demônio que leva os homens ao homossexualismo, não suporta estas orações e perde poder. Diletíssimo Senhor Jesus Cristo, manso Cordeiro de Deus, eu pobre pecador, adoro e venero a vossa Santíssima chaga que recebeste nos ombros ao carregar a pesada cruz rumo ao calvário, na qual ficaram descobertos três sacratíssimos ossos, causando neles uma imensa dor.Suplico-vos pelos méritos destas chagas de ter misericórdia de mim,concedendo-me o perdão de todos os meus pecados sejam mortais ou veniais e de assistir-me na hora da morte conduzindo-me ao vosso reino bendito. Amém Eterno e Divino Pai, nós vos adoramos profundamente e com todo coração vos agradecemos por aquele infinito poder com o qual preservaste Maria Santíssima, vossa diletíssima filha, do pecado original. Glória ao Pai Seja bendita a santa, puríssima e Imaculada conceição da Bem-Aventurada Virgem Maria, Mãe de Deus Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós! Eterno e Divino Filho, nós vos adoramos profundamente e com todo coração vos agradecemos por aquela infinita sabedoria com o qual preservaste Maria Santíssima, vossa dulcíssima Mãe, do pecado original. Glória ao Pai Seja bendita a santa, puríssima e Imaculada conceição da Bem-Aventurada Virgem Maria, Mãe de Deus Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós! Eterno e Divino Espírito Santo, nós vos adoramos profundamente e com todo coração vos agradecemos por aquele infinito amor com o qual preservaste Maria Santíssima, vossa diletíssima Esposa, do pecado original. Glória ao Pai Seja bendita a santa, puríssima e Imaculada conceição da Bem-Aventurada Virgem Maria, Mãe de Deus Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós! ABABAAS: demônio da iposomia, não suporta o rosário e a oração Liberta-me do mal. ABRADOL: demônio das feridas e chagas que não se consegue a cura. Não suporta a oração a São Lázaro. ABRAGAL: demônio da incerteza, não suporta a oração a Santo Estevão ADRATAN: demônio que faz esquecer as coisas, não suporta a oração a Santa Inês. AGADAR: demônio da rinite, não suporta a oração a São Mauro, abade AGRATTALAN: demônio da embolia, não suporta a Coroa ao Preciosíssimo Sangue de Jesus AGRIL: demônio que leva as moças para o caminho da perdição e do mal, não suporta a oração a Santa Reparata ALADIN: demônio do mutismo, não suporta a oração a São Biagio ALBAROTH: demônio do estômago, não suporta a oração a São José, a oração a São Miguel e o santo rosário ALFABROS: demônio do cansaço, não suporta a oração ao Espírito Santo. ALFAGATTAN: demônio que perturba as pessoas que foram consagradas por outras a satanás e que querem se libertar, não suporta a oração a São Nilo. ALFALANGHON: demônio que leva a cometer pedofilia, não suporta a Trezena de Santo Antônio e a oração ao Menino Jesus. ALLOS: demônio das deformações ósseas, não suporta a Consagração a Jesus Sacramentado. AULTALDAN: demônio da depressão, não suporta o magnífica e oração a Nossa Senhora da roda dos montes ASTRAFALGON: demônio da impaciência, não suporta a oração a São Leopoldo Mandic ALMAS CONDENADAS: não suportam a oração Dai-lhes Senhor o Eterno descanso. GIUGIUL: demônio da miopia, não suporta a oração Santo Anjo do Senhor IGOR: demônio que faz sempre ser deixado pelo noivo ou pela noiva, não suporta a oração da Salve Rainha, a Coroa das 12 estrelas de Maria e a Súplica a Maria. GIANCAR: demônio que faz ter um terrível medo da morte, não suporta a oração a São Martinho, a oração a São Jorge e a oração a São Carlos Borromeo. IGHOR: demônio do ódio dos filhos contra as mães,não suporta a Consagração aos Corações de Jesus e de Maria. HILGORGH: demônio do ódio das mães pelos filhos, não suporta o rosário e a oração de arrependimento. IARAN: demônio que leva as mulheres a cometerem atos impuros sozinhas, não suporta a oração a São Claudio, a oração a São Patrício mártir, e a oração a São Júlio mártir. BANGLOLANH: demônio da asfixia cerebral, não suporta o rosário e a coroa da Divina Ternura e a ladainha da Divina Ternura. ASQUAROT: demônio da falta de cálcio, não suporta a oração ao Sagrado Coração de Jesus ALTRADAR: demônio da hérnia de disco, não suporta a Invocação ao Divino Sangue de Jesus. ALMADOSS: demônio da incompreensão, não suporta a oração a Santa Clélia Barbieri. ANGRADAR: demônio que não faz encontrar trabalho, não suporta a Consagração a Maria e a São José ISTROL: demônio do enfisema pulmonar, não suporta a oração a Nossa Senhora de Lourdes MANNADAN: demônio do divórcio, não suporta a Consagração a Sagrada Família e o terço da Sagrada Família MALGRADASS: demônio dos pesadelos, não suporta a oração a Santa Adélia e a oração a São Silvestre MAURSTANGOLD: demônio do envelhecimento precoce, não suporta o rosário, a novena a Nossa Senhora Menina e a oração a Nossa Senhora Menina MIAVALLGASTANH: demônio que faz perder as defesas imunitárias, não suporta a oração a São Marcos Evangelista PALGON: demônio da solidão, não suporta a oração a São Bento e a oração a Santa Escolástica. NATRALAN: demônio que leva os jovens para a perdição, não suporta a oração a Dom Bosco NIAVAGAL: demônio dos órgãos genitais masculinos, invocados para seduzirem os homens, não suporta as seguintes orações: Oração a São Renato, oração a Santa Albina, oração a São Jerônimo e oração a São Rodolfo. NIDARAL: demônio que impede a pessoa de confessar-se, não suporta a oração a São Ciro e a oração a São Sebastião NISTALOK: demônio que leva a cometer atos impuros durante o sono ou nos sonhos, não suportam a oração a Nossa Senhora da Assunção, a oração a Nossa Senhora de La Salette, a oração a Santa Maria Madalena e a oração a São Juliano. NIVATTRASANH: demônio que impede os cônjuges separados de unir-se de novo, não suporta o rosário de São José RATATANDAN: demônio da seca e da falta de água, não suporta a oração a Dozulé. USAFAT: demônio que faz nascer os filhos doentes, não suporta a oração a São Geraldo UTRADIL: demônio que causa a meningite, não suporta a oração Santo Anjo do Senhor, a oração a São Gabriel Arcanjo e a oração a São Rafael Arcanjo VALSSOR: demônio que perturba as pessoas golpeadas com o mau-olhado, não suporta a oração a Santa Emília _________________________________________________________________ Traduzido do livro "Orações de libertação do Maligno - Don Pasqualino Fusco, sacerdote exorcista Doutrina da Igreja sobre o Diabo
Segundo a tradição bíblico-patrística, o diabo não é a personificação das paixões, mas uma pessoa, criada por Deus como anjo e, tendo perdido comunhão com Ele, converteu-se em espírito obscuro, o diabo. Como pessoa,o diabo tem livre arbítrio, isto é, tem liberdade e esta liberdade não é violada por Deus. O mistério do pecado atua na história porque o diabo continua gerando o mal e fazendo sua obra catastrófica como desde o início. A Tradição bíblica e patrística, fora de toda consideração teórica e ética do bem e do mal, fala sobre o rival astuto de Deus e do inimigo do homem. Este inimigo é o diabo que tem a intenção é destruir toda a autêntica vida, pois ele é um espírito de morte.Ele é uma personalidade concreta, um ser concreto. Introduz-se com a injúria, com a arrogância e o engano na história, com a pretensão de destruir a Deus e aos homens. O pecado, os sofrimentos, a morte são gerados por ele, pois espalha a ruína e o ódio, exercendo seu poder e domínio. O mal não é uma soma de ações puramente humanas; suas raízes se encontram na autoridade diabólica. É uma força que está fora do homem e de sua natureza, a quem, exercendo seu livre arbítrio, pode aceitar ou rechaçar. O diabo originou-se a partir da vontade e ação de Deus. Os demônios não foram criados maus, pois Deus não criou o mal; tudo o que Deus cria é bom. Foram criados sem maldade em sua essência, e, em sua natureza, livres, independentes e com o livre arbítrio, exatamente como aconteceu com os anjos. Após sua voluntária queda, de seres puros se converteram em seres sombrios, impuros e violentos. As legiões demoníacas são numerosas, distinguindo-se, umas das outras, por grupos ou classes. A multidão dos demônios e sua distinção em grupos ou classes é baseada em suas diferentes obras e nos diversos nomes que recebem. Sendo pois inúmeros e recebendo variados nomes, lutam continuamente para frustrar a obra redentora de Cristo. Incapazes de prejudicar diretamente a Deus, se dirigem aos homens para, com seus poderes maléficos, travarem uma luta com eles, confundindo suas vontades, criando tentações, nos envolvendo em paixões, nos deixando confusos e obstruindo nosso tempo de oração. Para tanto, usa de várias faces e máscaras, gerando toda espécie de conflitos. A tentação e a luta do diabo não estão acima das forças dos homens, não viola o livre arbítrio e não danifica a sua essência natural. A força do diabo não é imperativa dependendo sempre de nossa liberdade. Se sucumbirmos à tentação é porque nossa vontade assim o permitiu. Os Padres da Igreja ressaltam que o homem nunca fica só. Se a Graça de Deus deixa o homem, ele se torna um ser completamente vulnerável, permeável às influências do demônio. São Simeão, o Novo Teólogo, diz que "se não é Deus quem dirige os homens, o diabo é quem os manipula, com o consentimento e colaboração do próprio homem". Por isso, o homem fiel a Deus é chamado a estar sempre vigilante e em oração, pois Satanás não cessa de esconder-se e mascarar-se, com o intuito de enganar e corromper a alma humana. É mestre em perverter as palavras do Evangelho e a linguagem da Cruz, prometendo aos insensatos, facilidades e comodidades. Existe o perigo de que cheguemos à degradação total se nos entregarmos às tentações e seduções satânicas. Se o diabo tem a possibilidade de transformar-se em qualquer coisa, até mesmo em "anjo", podemos imaginar quão ardiloso ele é, usando de coisas inocentes e frágeis, para atrair os mais ingênuos. Tenta persuadir para destruir nos homens aquilo que lhe é mais caro: a liberdade. Muitos dizem "não existe nem Deus e nem tão pouco o diabo". A negação da existência dos demônios equivale a descartar a Economia Divina da Santíssima Trindade. Cristo humilhou e despojou as autoridades das trevas. A negação de sua existência facilita muito o trabalho e a ação destas forças do mal. Muitos homens modernos crêem que não existe satanás. Por causa disso, temos que nos preparar para assistirmos surpreendentes sinais dos prodígios do demônio. Pois tudo o que ele quer, é que creiamos que não exista para que, assim, possa agir mais livremente, nos corações desprevenidos. Temos que nos preparar para fazer frente a uma época de enganos e escuridão pela qual o mundo passará, inevitavelmente, se a maioria dos homens crerem na sua inexistência. Mas devemos confiar, sobretudo, na Onipotência Divina. A Onipotência de Deus, de acordo com sua santa Vontade, não suprime a liberdade dos seres racionais. Deste modo, permite que o diabo, usando de sua liberdade, persista na obra do mal, porque também ele é um ser livre. No entanto, limita seu agir destrutivo por sua amizade e grande amor pelos seres humanos. Quando o homem se arrepende, Deus o perdoa, e deste modo, fica limitado o reino do mal. O definitivo aniquilamento do poder do mal se dará no Juízo Final. A obra de demônio é destrutiva, porque odeia infinitamente o homem e a Criação. Está possuído por uma exagerada misantropia mortífera. Inspira pensamentos contra Deus e contra o próximo, influencia a vontade do homem, atua na natureza ontológica do ser humano. Os Padres afirmam que, não podendo o homem compreender a existência e a fúria do diabo, que se manifesta nos ataques contra a alma, Deus permite que ele possua o corpo do homem, para que sua força seja conhecida. Satanás conseguiu pelo engano e pela mentira submeter os homens às paixões e ao pecado. A causa que conduziu o homem ao pecado foi à inveja. O diabo teve inveja de Adão pois este habitava num lugar de delícias, o Paraíso, justamente de onde foi expulso. A intenção de arrastar o homem ao pecado e ao sofrimento, acontece de modo gradual. São Gregório Palamás afirma que Satanás, muitas vezes, não age de forma direta, mas pouco a pouco vai engendrando astutamente a cilada para que o homem caia. Mas a sua grande intenção é destruir a Igreja. Ao atingir o homem, na verdade, quer atingir a Igreja, Corpo Místico de Cristo. Tenta introduzir no pensamento do homem que "de fato ele é livre e não precisa da Igreja ditando normas e leis, dizendo a ele o que pode e o que não pode fazer. Não é necessário obedecer aos padres para permanecer na virtude, basta deixar-se conduzir por si próprio." Quando o diabo consegue tirar o homem da vida eclesial, expulsando a graça de Deus de sua vida, este mesmo homem torna-se escravo das paixões e dos ditames do diabo. Por que Deus permite que o diabo lute contra os homens? São Máximo, o Confessor, cita cinco razões: 1.Para que nós cheguemos a distinguir a virtude do mal, através desta luta; 2.Para que, mediante esta luta, mantenhamo-nos firmes na prática da virtude. 3.Para que saibamos que a virtude é um dom de Deus; 4.Para que odiemos firmemente o mal; 5.Para que, cientes de nossa fragilidade, nos agarremos à força de Deus nos momentos de perigo. Lamentavelmente, nossa educação e cultura ignoram esta realidade. Não só a combate como não permite que seja falado sobre o pecado e o demônio na sociedade. Por isso, com certeza, podemos dizer que o homem está cada vez mais vulnerável aos ataques demoníacos. E nós ortodoxos, esquecemo-nos que pertencemos à Igreja de Cristo e entramos nela não para cumprir um dever formal e obter, com isso, nossa justificativa face aos preceitos religiosos, mas para a nossa salvação. Porque a Igreja é o lugar da salvação, onde entramos para nos libertar de doenças espirituais através da Palavra, dos Sacramentos e da Oração. Os Sacramentos foram dadas à Igreja para a salvação do homem, para exorcizar o mal, combater e vencer a Satanás . Não podemos nos esquecer que ali onde está Cristo, não pode estar Satanás e, onde estão os demônios, tudo é corrupção e destruição, por isso Deus não pode estar lá. Se vivermos nesta verdade, nos libertaremos mais facilmente da prisão que o demônio nos arma, conseqüência dos pecados que cometemos sob seu domínio. Mas, não temamos! Existe Cristo, existe a Igreja, existe a oração, existe a Sagrada Liturgia, existe a Confissão e a Eucaristia e sobretudo existe o arrependimento. O demônio não quer o arrependimento do homem porque é ele que inicia a abertura das portas da prisão. Uma comunidade eclesial que se deixa vencer pelo demônio ou que teme sua presença, é porque não conhece a força de Deus e da sua Igreja. Somos chamados a dar testemunho através de nossa reta doutrina, reta consciência e reto agir, de que o senhor do Mundo é Jesus Cristo. E não há nenhum outro Senhor a não ser o nosso Deus! Se o demônio domina e estende este senhorio sobre alguns homens, nem por isso, ele é verdadeiramente senhor da humanidade. Certa ocasião, o Senhor respondeu a seguinte questão: "Tu és aquele que devias vir ou devemos esperar outro? E Jesus disse: "Ide e anunciai o que vistes e ouvistes: os cegos vêem, os aleijados andam, os leprosos são curados, os mortos ressuscitam e os pobres recebem a Boa Nova. Já está entre vós o Reino de Deus" Oxalá vivêssemos de fato esta verdade: o Reino de Deus já está em nosso meio e não o reino das trevas. Se realmente crêssemos nesta palavra o mundo seria melhor para as crianças, para os jovens e para os adultos. Os anciãos não temeriam a morte. Os filhos de Deus não temem o mal! Pe. Agathangelos K. CharamantidisTrad.: Pe. Pavlos, Hieromonge Poderes dos demônios Em sua condição original livre do pecado, os demônios tinham os mesmos atributos que os anjos do bem, mas em seu estado de maldade presente os demônios: São espíritos: Mateus 8.16; Lucas 10.17, 20. Podem aparecer visivelmente: Gênesis 3.1; Zacarias 3.1; Mateus 4.9-10. Podem falar: Marcos 5:9, 12; Lucas 8:28; Mateus 8:31. Crêem: Tiago 2.19. Exercitam sua vontade: Lucas 11.24; 8.32. Demonstram inteligência: Marcos 1.24. Têm emoções: Lucas 8.28; Tiago 2.19. Reconhecem: Atos 19.15. Possuem força sobrenatural: Daniel 9.21-23. São eternos: Mateus 25.41. Possuem sua própria doutrina: 1 Timóteo 4.1-3. São malignos: Mateus 10.1; Marcos 1.27; 3.11. Poderes dos anjos São espíritos: Hebreus 1.14. Não possuem sexo: Lucas 20.34-36. São imortais: Mateus 22.28-30. Possuem tanto formas visíveis como invisíveis: Números 22.22-. Aparecem com a semelhança da forma humana: Gênesis 19.1-22; 18.2, 4, 8. Possuem emoções: Lucas 15.1-10 (anjos se alegrando). Possuem apetite: Gênesis 18.8. São seres glorificados: Lucas 9.26. São inteligentes: 2 Samuel 14.20. São dóceis: Judas 9. São poderosos: Salmos 103.20; 2 Pedro 2.11. Não têm necessidade de descansar: Apocalipse 4.8. Viajam a velocidades incríveis: Apocalipse 8.13; 9.1. Falam em idiomas: 1 Coríntios 13.1. São inumeráveis: Lucas 2.13; Hebreus 12.22; Salmos 68.17; Marcos 1.13; Apocalipse 5.19. São imortais: Lucas 20.34-36. Não se casam e nem têm filhos: Lucas 20.34-26. São obedientes: Salmos 103.20. São santos: Apocalipse 14.10; Marcos 8.38. São reverentes: sua atividade mais importante é adorar a Deus: Neemias 9.6; Filipenses 2.9-11; Hebreus 1.6. São Cipriano de Cartago 1 - Vigiai, o inimigo vem disfarçado (1) "Vós sois o sal da terra" (Mt 5,3), diz o Senhor, e ainda nos recomenda que sejamos simples pela inocência e prudentes na simplicidade [Mt 10,16]. Nada pois é mais importante para nós, irmãos diletíssimos, quanto vigiar com todo o cuidado para descobrir logo e, ao mesmo tempo, compreender e evitar as ciladas do inimigo traiçoeiro. Sem isso, embora sejamos revestidos de Cristo [Rom 13,14; Gál 3,27], que é a Sabedoria de Deus Pai [1Cor 1,24], nos mostraríamos menos sábios na defesa da salvação. (2) De fato, não devemos temer só a perseguição e os vários ataques que se desencadeiam abertamente para arruinar e abater os servos de Deus. Quando o perigo é manifesto, a cautela é mais fácil. O nosso espírito está mais pronto para lutar contra um adversário abertamente declarado. É mais necessário ter medo e guardar-nos do inimigo que penetra às escondidas, e se vai insinuando oculta e tortuosamente com falsas imagens de paz. Bem lhe convém o nome de serpente! Essa foi sempre a sua astúcia, esse foi sempre o tenebroso e pérfido engano com que tenta seduzir o homem. (3) Já no começo do mundo mentiu e enganou as almas crédulas e ingênuas (dos nossos primeiros pais), acariciando-as com palavras falazes [Gên 3,1ss] . Igualmente ousou tentar a Cristo, nosso Senhor, e se aproximou dele insinuando, disfarçando, mentindo. Foi contudo desmascarado e repelido. Desta vez, foi derrotado porque foi reconhecido e descoberto [Mt 4,1ss]. |
Frei Elias Vella explica as cinco fases dos ataques demoníacos Entre as obras mais conhecidas dele está "Cura do mal e libertação do maligno", publicado pela Editora Canção Nova. Neste livro, ele explica que há cinco fases de ataques demoníacos "O diabo usa cinco formas para atacar o homem. Tentarei explicar, resumidamente, estes cinco modos, que são: Tentação: a tentação verifica-se quando o diabo tenta você a fazer o que não tem que ser feito, ou que você não faça o que tem que fazer. É sempre uma questão de obediência a Deus. Uma coisa a se manter bem em mente é que nem toda a tentação vem do diabo. A nossa própria natureza ferida pelo pecado nos sugere que façamos o mal, pelo qual somos atraídos. Opressão: Significa que o diabo, como bom lutador, achando o ponto fraco da minha personalidade dirige o seu ataque nessa direção: poderia ser o poder, a ambição, o ciúme, o ser apegado ao dinheiro, ao sexo, à sensualidade, etc... Cada um de nós tem um ou mais pontos fracos na sua natureza. É bom lembrar de tudo isto especialmente quando procuramos amparo no Sacramento da Reconciliação, se queremos que este seja frutífero ao máximo. A graça deste sacramento, de fato, não consiste somente no perdão do pecado, mas também na cura e libertação. Vexação: Acontece quando o inimigo ataca pessoas superiores. Temos o caso de Padre Pio, por exemplo, quando o diabo tremia a cama dele e fazia todo aquele teatro. A vexação existe realmente, basta ler a vida dos santos, e veremos quando ela é realidade. Infestação: Acontece quando o diabo tenta incomodar não a pessoa, mas seus objetos e locais onde ela vive. Também neste caso precisamos ser prudentes e cautelosos na análise desses fenômenos, não excluindo a possibilidade de serem verdadeiros. Possessão: Acontece quando o diabo toma, como sua morada, o corpo de uma pessoa, domina sua mente, domina sua psique, sua vontade. O domínio da alma pelo diabo só se dá pelo pecado. Na possessão, o maligno somente consegue chegar à pisque, à vontade, ao intelecto, não podendo chegar à alma. Ele não pode obrigá-lo a cometer o pecado, mas somente a fazer a ação do pecado. Esses são os três modos de possessão: - Quando se abre todas as portas para se entregar ao inimigo; - Quando se abre as janelas, através da prática do ocultismo; - Quando, com a permissão de Deus, o diabo pega alguém como refém". Trecho tirado do livro: Cura do mal e libertação do maligno |
me mostre a oração do preciocissimo sangue e a oração de santa gemma galgani para afastar a epilepsia para sempre de mim
ResponderExcluirme mostre a oração do preciocissimo sangue e a oração de santa gemma galgani para afastar a epilepsia para sempre de mim
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